Ivan Santos*
O presidente é um marqueteiro intensivo que não perde oportunidade de se promover popularmente. Na semana passada ele passou o tempo no litoral paulista onde aproveitou para se aproximar de populares e receber aplausos dos que o admiram. Promoveu shows na Praia Grande onde se misturou com banhistas, todos sem máscara e não obedeceu às recomendações das autoridades sanitárias para evitar contágio com o Coronavírus.
O presidente não age sem pensar. Ele faz gestos e pratica ações que as pessoas do povo gostariam de fazer e assim ganha aplausos. O presidente está em permanente campanha eleitoral porque o principal projeto dele neste momento é ganhar apoio popular para se reeleger em 2022. Não tem projetos para a economia nem para combater a criminalidade organizada. Na verdade, o presidente hoje apoia um deputado do Centrão para presidente da Câmara que possa facilitar a tramitação de projetos de costumes como querem seus admiradores.
Os principais projetos defendidos pelo presidente são: facilitar o porte de armas, aprovar a Escola sem Partidos, proibir o aborto em qualquer situação, perdoar dívidas de igrejas, pastores e ministros religiosos; suavizar o código de trânsito e facilitar ações de policiais com leis mais brandas para arbitrariedades no exercício de policiamento. Nada de economia e de leis para a proteger trabalhadores petistas ou comunistas. Educação e Cultura, zero. Com uma pauta populista o Mito mantém um público fiel de 40% de pessoas que aprovam o que ele faz e poderão voltar em 2022 para que ele continue a brilhar como chefe de Estado no Brasil por mais quatro anos.
Um velho ditado que circula entre os brasileiros há mais de um século ensina que “o povo tem o governo que escolhe”. Se a maioria dos eleitores do Brasil escolher o Mito para mandar e desmandar no Brasil até 2026, assim será. O povo merece o governo que escolhe. Numa democracia a vontade de povo é a lei maior. Assim está escrito na Constituição do Brasil. Assim será.
*Jornalista