Ivan Santos*
O Brasil continua a patinar num imenso areal há muito tempo. Depois de mais de uma década perdida nos governos de Lula e Dilma, a economia do País segue estagnada e castigada por uma pandemia longa e cruel.
No primeiro tempo do mandato do atual presidente governo da República adiou as reformas Administrativa e Tributária para montar um Ministério conservador. No segundo tempo o adiamento das reformas continua por falta de apoio político no Congresso e por causa da Pandemia que continua. O líder liberal está neste momento enredado com um processo de vacinação coletiva contra o Corona e se esforça para emplacar aliados no comando do Senado e da Câmara.
A verdade é que, dois anos depois da posse do governo liberal, só vingou a Reforma da Previdência por esforços do Congresso. Hoje, ninguém fora do Governo, sabe qual será a política para a economia. Extraoficialmente circulam boatos que apontam para discussões no Congresso sobre propostas para a redução do Custo Brasil e modernização tributária que permitam às empresas nacionais a capacidade de competir no Brasil e no exterior. Por enquanto só especulações. Ainda não há propostas concretas sobre este assunto.
O Ministro da Economia trabalha neste momento em silêncio e o Presidente, mesmo diante de uma crise sanitária sem precedentes, tem um projeto prioritário em mente: a reeleição em 2022.
Não há proposta real sobre Reforma Administrativa ou Tributária. Depois de encerrado o Auxílio Emergencial ninguém ainda sabe como viverão milhões de famílias sem renda alguma no Brasil. O governo precisa fazer alguma coisa e o Congresso, que se reunirá a partir de fevereiro, precisa dar uma resposta à população. Neste ano não deve haver Carnaval, mas o Governo precisa se preparar para enfrentar um Vendaval com vários sambas do crioulo doido.
*Jornalista