Ivan Santos*
Depois de intervir na Petrobrás e demitir o presidente da estatal porque ele autorizou mais um aumento para os derivados de petróleo, o presidente Capitão Mito Bolsonaro não gostou de ver contestações em todo o Brasil à sua política neoliberal. O Capitão apressou-se e levou pessoalmente ao Senado um projeto de privatização da Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica (geradora e distribuidora) do País.
Para muitos observadores o gesto do Capitão foi apenas uma iniciativa para tranquilizar o mercado, mas o Governo não deverá dar um passo concreto para que o projeto seja aproado. A Eletrobras é um reduto onde os políticos dispõem de muitos cargos bem remunerados para empregar apaniguados, principalmente nos #Estados. Se depender só da iniciativa de senadores e deputados, a privatização da Eletrobrás no futuro distante. É uma solene encenação pra índio ver e aplaudir.
A exemplo de Dilma Rousseff e, de olho na reeleição em 2022 o Governo, depois de intervir na Petrobras para controlar os preços dos combustíveis, poderá cuidar de controlar também os reajustes de preços no mercado de energia elétrica como Dilma Rousseff. Com esta intenção eleitoreira, o presidente deixou as duas grandes estatais – Petrobras e Eletrobras – como empresas de alto rico para investidores.
Hoje, o chefe do Governo pensa prioritariamente na reeleição. Por isto ele, de manhã, manda um recado para os liberais e, à tarde, fala para a plateia de apoiadores, gente fundamentalista que sonha com um mundo só de pessoas da extrema direita. Assim o Brasil segue pendurado numa corda bamba em direção a um futuro incerto e não sabido.
*Jornalista