Ivan Santos*
A surpreendente crise sanitária provocada pela epidemia do Covid 19 no Brasil já matou mais de 250 mil pessoas. Esta é a maior tragédia da história deste País. E ainda não há uma solução definitiva à vista. A única esperança que todos temos de voltar à normalidade é a vacinação em massa até obter, pelo menos, 80% da população vacinada. E este é o índice de “imunização de rebanho” descrito por especialistas para que recomece entre nós uma vida normal com livre circulação de pessoas, principalmente para trabalhar e girar a economia.
Neste momento o vírus continua a circular por todo o País. Há informações, segundo as quais, novas cepas do vírus, mais contagiosas, circulam pelo mundo. Em cidades antes bem assistidas por eficientes serviços de saúde pública como Uberlândia, os hospitais entraram em colapso. Na capital do Estado mais rico do Brasil – São Paulo – o número de leitos nos hospitais está no limite. Em Uberlândia, uma das cidades mais independentes do Brasil, também. Aqui o prefeito, desapropriou um hospital privado que estava fechado, o anexou aos Sistema Municipal de Assistência à Saúde Pública e está a montar um hospital de campanha para atender à demanda.
A crise continua crescente e preocupante. A região onde vivemos está a passar da quarentena para o confinamento. Em Uberlândia vigora hoje até limitações para a circulação de pessoas e para o funcionamento de atividades econômicas. Medidas para evitar aglomeração e aumento de contaminação. O colapso dos serviços de saúde é uma preocupação maiúscula para as autoridades e para toda a população.
Não é hora de comentar política nem politicagem. É hora de união de todas as forças vivas da sociedade para enfrentar um inimigo comum: o Coronavírus. Essa crise vai se prologar por muto tempo se não houver união de todos com os agentes da ciência. Não há lugar para ilusões. A realidade é crua e está nua.
*Jornalista