Ivan Santos*

O projeto de Ensino em Casa defendido por evangélicos e aceito pelo presidente Bolsonaro e já é projeto de lei que está no Congresso. Este projeto não andou nos primeiros dois anos do mandado do Capitão Mito, mas agora os defensores da ideia esperam que a proposição chegue ao plenário e seja votada até o fim deste semestre para que, se for aprovada, ser regulamentada para entrar em vigor no ano que vem.

A iniciativa visa criar regras para quem quiser educar os filhos em casa o faça. Muitos pais já disseram que não desejam que os filhos, no começo da vida, sejam influenciados por professores esquerdistas, comunistas ou anarquistas anticristãos. Muitos evangélicos veem com bons olhos a iniciativa para que possam educar os filhos em ambientes cristãos. O governo apoia o projeto porque vê na iniciativa a oportunidade de gastar menos com parte da educação fundamental que será privatizada.

Desde que assumiu o mandato o Capitão Mito já trocou dois ministros da Educação. O atual, um pastor evangélico, é um homem culto, discreto e silencioso. Desde que assumiu o Ministério tem-se portado calado. Não apresentou ainda um plano de trabalho. Presume-se que ele está no Governo para executar programas ditados pelo comandante em chefe. Não tem projeto da própria lavra, do Partido nem de uma corrente evangélica. O presidente, sim: tem projetos para as escolas. A educação fundamental em casa e o combate a ideologia de gênero são dois programas prioritários.

O Capitão Mito já assinou um decreto que institui a Política Nacional de Alfabetização e estabelece diretrizes para as futuras ações e programas educativos. Projeto parado no Congresso.

A educação domiciliar, que está no Projeto, é uma modalidade de ensino em que pais ou tutores assumem o processo de aprendizagem das crianças, ensinando-lhes os conteúdos ou contratando professores particulares. O projeto educacional fundamental do governo do Capitão Mito promete ser uma boita revolução no Brasil.

*Jornalista