Ivan Santos*

Uma comitiva de cientistas brasileiros foi a Israel na semana passada negociar a venda de vacinas do Brasil para aquele país e tentar comprar um spray nasal para combater coronavírus. A Comitiva saiu do Brasil sem máscara de proteção, mas foi obrigada a usá-las após desembarcar em Israel.

Integram a Comissão Científica, Marcelo Moraes, secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia; Hélio Angotti Neto, Secretário de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde; Fábio Wajngarten, Secretário Especial de Comunicação Social; Felipe Martins, Assessor de Assuntos Internacional do Planalto; Kenneth Felix, embaixador; Max Guilherme Machado, assessor da Presidência; Pedro Paranhos, do Ministério das Relações Exteriores; o deputado federal carioca e primeiro amigo do presidente da República, Hélio Negão e Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo. Todos com conhecimentos científicos para discutirem com Israel a transferência da tecnologia de spray nasal para combater Covid 19 no Brasil e vender vacinas nacionais para aquele país.

Oficialmente o governo informou que a Comitiva tem o objetivo de viabilizar protocolos de cooperação científica quanto a tecnologia de drogas e vacinas e um acordo que permita testes com a população brasileira, do spray EXO-CD24. O medicamento de aplicação nasal que ainda está em fase inicial de estudos só foi testado até agora em 30 pacientes israelenses. Só 30 pacientes. Brasil poderá ser testado amplamente na população se os cientistas brasileiros fecharem o negócio com os israelenses.

O spray, em fase de ensaio clínico, é desenvolvido para casos graves de covid-19. Outro medicamento que será conhecido pela Comitiva Brasileira é o Allocetra que está sendo testado pelo Centro Médico Hadassah como tratamento contra o Coronavírus.

Ainda segundo o governo, a equipe também visitará o Instituto Weizmann, que tem 65 linhas de pesquisa sobre a Covid-19. A previsão de retorno do grupo é na quarta-feira (10/03). Em Israel os cientistas brasileiros deverão participar de um encontro com representantes do Centro de Pesquisa em Tel Aviv e com o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

*Jornalista