Ivan Santos*

Ontem, no dia que o Consórcio de Empresas de Comunicações registrou a morte de 3.251 pessoas por Covid 19, o Capitão Mito Bolsonaro que preside a República do Brasil, pressionado pelo recorde de mortes em um só dia, convocou uma cadeia nacional de rádio e TV e disse que “o ano de 2021 é o Ano da Vacinação (contra a Covid 19 no Brasil”.
Alto e bom som o presidente disse: “Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus”. Ninguém tenha dúvida. Estas palavras foram ditas pelo Capitão Mito na Rede de Rádio e TV ontem, as 20h30. O presidente que disse que a Covid era uma gripezinha e chamou de maricas quem não saia para as ruas como ele, sem máscara e sem nenhuma proteção, mudou de repente e impressionantemente.
Na realidade política, o Capitão, cujo projeto principal e a própria reeleição em 2022, parece que sentiu a concorrência eleitoral iniciada pelo ex-presidente Lula que recém ganhou o direito de ser, novamente, candidato a presidente da República. A fala do Capitão foi uma readequação do discurso dele em direção do público eleitor.
Se o Capitão não mudar a intenção ontem declarada, será positivo para que o novo ministro da Saúde conte com apoio do presidente para coordenar nacionalmente a Campanha de Combate a Covid e apresse a distribuição de vacinas para imunizar, pelo menos, 80% da população brasileira até o fim deste ano.

*Jornalista