Marília Alves Cunha*
Estamos em plena pandemia, infelizmente. Mortes, desemprego, angústia – tudo isto faz parte de um cenário que estava sendo desenhado desde fevereiro de 2020. Faz parte do cenário, também, o mau uso do dinheiro público por muitos governadores e prefeitos, dinheiro que o governo federal tem distribuído sem parcimônia, no combate à peste chinesa.
Diante de tão grave quadro pelo qual passa o país, os políticos em geral se mostraram insensíveis e não tiveram alterado seu apetite voraz pelo vil metal e pelas mordomias e privilégios pelos quais sempre têm trabalhado arduamente. O que fez o ilustre Congresso Nacional para dar sua contribuição eficaz, nestes tormentosos dias? Que eu saiba ou tivesse notícia, nada! A vida de seu membros não se alterou ou, se alterou, foi para melhor.
Um exemplo disto foi o reajuste de 171% no reembolso dos gastos com a saúde, para os deputados. O aumento de R$50.000,00 para R$ 135.000,00 quem vai pagar sou eu, você, é o povo brasileiro. Dinheiro não cai do céu nos cofres públicos. O reajuste vale também para dependentes e ex-deputados, que têm direito a atendimento no departamento médico da Câmara. Isto tudo sem aval da mesa Diretora da casa, por juízo exclusivo do Sr. Arthur Lira.
O Brasil mantém certos privilégios e mordomias que criam um poço de desigualdades vergonhoso e não são absolutamente condizentes com o que recebe a grande maioria dos brasileiros, pagadores de impostos escorchantes e destinatários de mínima contraprestação. Enquanto sofremos com falta de leitos, medicamentos e preocupação constante com a economia em baixa, outros se regalam…
SOMOS UM POVO RIDICULAMENTE BONZINHO!
*Educadora e escritora