Ivan Santos*
Quem acredita que a reunião do Capitão Mito Bolsonaro que preside a República do Brasil, com alguns empresários, na quarta-feira passada em São Paulo, foi para tratar de uma ação determinada em favor da reativação da produção econômica pós Pandemia, está enganado.
Em verdade, a reunião com poucos empresários e banqueiros foi articulada pelo Palácio do Planalto para mostrar ao Brasil que o Mito Presidente da República tem apoio do empresariado nacional para governar o Brasil.
Os empresários que estiveram na reunião são discretos e tidos como apoiadores de todos os chefes de governo que já passaram pelo Palácio do Planalto. Assim são apoiadores do Capitão Liberal. Na reunião aplaudiram o presidente e, discretamente pediram a ele para fazer reformas estruturais. O discurso de sempre. Também pediram aceleração na vacinação, mas não criticaram os posicionamentos políticos do chefe do governo. Ninguém se colocou contra o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde e por cientistas nacionais.
Os empresários que compareceram ao jantar na mansão de um deles em São Paulo, não se comprometeram com a recente Carta Aberta de respeitadas pessoas que cobraram do Governo medidas efetivas de combate à pandemia do Coronavírus.
O presidente Mito, diante do seleto grupo que o recepcionou não moderou o discurso contra os comunistas, contra os petistas, e contra o isolamento social. O tema das reformas estruturais foi tocado, mas não progrediu. O interesse dos estrategistas do Planalto foi simplesmente mostrar ao Brasil que o comandante-em-chefe tem o apoio de grandes empresários no momento em que a popularidade dele esfria ou decresce, segundo as últimas pesquisas. O jantar foi uma jogada de marketing promocional.
*Jornalista