Ivan Santos*
O candidato a presidente, Capitão Mito Jair Bolsonaro encantou mais de 57 milhões de eleitores brasileiros em 2018 que lhe deram o voto para ele combatesse a corrupção que sempre houve em governos passados e apareceu com vigor nos governos de Lula e Dilma.
O Capitão assumiu o governo em 2019 com a intenção de não negociar apoio com políticos tradicionais. Queria que cada parlamentar no Congresso cumprisse o mandato dado pelo povo somente com as vantagens do cargo e sem mimos dados pelo Governo. Independente, o Mito iria governar para o povo e melhorar a vida de todos. O governo liberal garantiria a moralização dos costumes e combateria o comunismo que, segundo o Mito, ameaçava os cristãos.
Sem experiência executiva, o Capitão encontrou dificuldades no início do governo para reduzir o Ministério de 39 para 15 pastas como prometera na campanha eleitoral. Transformou alguns ministérios em secretarias, transferiu toda a estrutura deles para outros ministérios e deixou a máquina administrativa inchada como era, porém, com 22 ministérios. Reduziu a nomenclatura, não as despesas. Como governantes anteriores, o Mito assinou a demissão de servidores de cargos de confiança e nomeou outros da sua base política, vários deles militares reformados. Fez como fizeram os antecessores.
Após dois anos no governo, com a necessidade de ter apoio no Congresso, o Mito recriou o fisiológico Centrão que serviu a todos os governos depois dos generais e aliou-se a políticos fisiológicos no Congresso. O Centrão hoje tem os líderes que representam o Trono no Senado e no Congresso e ministérios no Governo. Neste momento o líder liberal vai ser investigado por uma CPI que vai lhe perguntar se ele cometeu erros no enfrentamento à Covid 19.
A CPI terá como presidente o senador Omar Aziz (PSD-AM) e como relator o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Ambos respondem por suspeita de desvio de verbas públicas, segundo o jornal “Folha de São Paulo”. O mundo político no Brasil dá muitas voltas, algumas de 360 graus e continua no mesmo lugar e com os hábitos do passado.
*Jornalista