Ivan Santos – Jornalista
O presidente Bolsonaro elegeu-se como candidato liberal disposto e produzir drástica reforma no processo de produção econômica nacional com a desestatização de empresas, abertura do comércio e reformas estruturais entre as quais a da Previdência, Administrativa e Tributária. Esta para reduzir s burocracia, impostos, taxas e contribuições. Só uma reforma parcial da Previdência foi aprovada com apoio do Poder Legislativo e sem interesse do Executivo.
O Capitão Mito Bolsonaro, antes de vencer a eleição anunciou seu “Posto Ipiranga”, o economista Paulo Guedes, com sólida formação acadêmica em Chicago, com uma mensagem liberal que encantou milhões de eleitores. Guedes prometeu começar com a desestatização de empresas controladas pelo Governo.
Passados quase dois anos e meio, o programa de desestatização está empacado e o chefe do Governo não demonstra interesse por ele. Está hoje no Congresso um projeto de desestatização da Eletrobrás, uma estatal que precisa de recursos para investir na geração e distribuição de energia elétrica para atender a um mercado que pode começar a crescer depois da pandemia. Este assunto está travado no Legislativo com pouco empenho do Poder Executivo para privatizar a Eletrobrás.
Hoje, o principal projeto do presidente Mito é a reeleição. Cheio de dificuldades e com uma equipe marcada por ideologia política direitista, o comandante da Nova Política precisa governar com visão de futuro. Com o aquecimento da produção econômica que gere empregos e renda, o discurso político contra adversários reais ou imaginados é insuficiente para disputar uma reeleição.