Ivan Santos – Jornalista
O Capitão Mito Bolsonaro tem ainda longo tempo até 31 de dezembro de 2002 pra pintar e bordar. Até o dia 31 de dezembro deste ano ele poderá promover motociatas, dirigir aviões a jato da FAB, pilotar submarinos da Frota de Guerra Naval comandada pelo Marinha, navegar em barcos esportivos ou experimentar tanques em ações de combate em qualquer Estado da República. Pode causar ainda muitos danos e rombos no Tesouro da Viúva antes que acabe o reinado no último dia deste ano. Não está afastada a hipótese de o Mito viajar para o exterior nesse dia para não passar a Faixa Presidencial para o adversário vencedor, seja ele quem for. A passagem do Mito pela presidência da República servirá como um momento de aprendizado democrático. O povo deve ter aprendido uma boa lição. A democracia, no mundo todo, consolida-se é com erros e acertos, contrastes e confrontos.
Quem quiser analisar o atual governo com sobriedade logo concluirá que o Mito nunca assumiu função de responsabilidade nos 28 anos que passou como deputado federal nem nos três anos que já cumpriu como presidente da República. A crise gerada pela Pandemia de Covid é apenas uma desculpa usada para justificar a falta de projetos para governar em benefício de todos. O que satisfaz ao Mito é demonstrar o poder de mando que ele tem. O Mito apresenta-se como um grande Manda-Chuva ou comandante supremo que guia o Barco-Brasil para onde quiser sem medir consequências. O poder encanta.
O Mito está tão embriagado com o poder temporal que tem que acha que tem que finge não perceber ao lado dele centenas de picaretas que no jogo do poder preparam o baralho mágico e dão as cartas vencedoras a seus parceiros para que juntos possam ganhar todas as partidas. Nesse jogo não há ingênuos. Todos só pensam em se locupletar e se empanturrar com força. Deus está vendo. Jesus também.