Ivan Santos – Jornalista
Juntar os cacos deixados por uma crise social não é tarefa fácil nem trabalho que possa ser confiado a políticos bem-intencionados. Que o digam os seguidores do Mito Bolsonaro. É preciso ter paciência, competência e muita determinação para resolver problemas gerados por políticas equivocadas. Primeiro é preciso sepultar os mortos, socorrer os sobreviventes e construir o futuro com segurança. Desde o começo da ação restauradora é preciso garantir a ordem geral no ambiente destruído. Depois do Mito será indispensável uma operação de salvamento.
Se realmente, a reforma política vingar e não for só um jogo de baratear o custo de campanhas eleitorais para garantir a reeleição dos atuais atores da ópera bufa, os partidos políticos precisam mudar para que possam sobreviver. Lugar de político infiel é no ostracismo.
Se for mantida a cláusula de barreira da votação, só vingarão no Brasil, no máximo, 12 partidos. As legendas de alguns desaparecerão e com elas o “mensalão” poderá diminuir. Particularmente entendemos que moralização do processo eleitoral no Brasil hoje, não passa de um sonho. O sonho é livre e faz bem demais. O ex-presidente Bolsonaro continua calado e espera ser o líder da direita política nacional. O Mito continua a espera de condições favoráveis para ser, de novo, candidato a presidente da República em 2026. A Bolsonaro, como a maioria dos políticos do Brasil, só têm projeto pessoal de poder ou mando. Não têm projetos para melhorar a sociedade em nenhuma circunstância. O desejo de Bolsonaro em ser novamente Presidente da República é pessoal. Até agora só as intenções dele são pessoais. As primeiras articulações políticas do Mito para se posicionar como líder da direita no Brasil mais se pareceram com um samba de crioulo doido.