Ivan Santos – Jornalistqa
O governo já prepara a reforma ministerial antes de chegar o fim do ano. Uma fonte do Palácio do Planalto informou no começo desta semana que a reforma não terá caráter político; será administrativa. É preciso ver, para crer. Nos meios políticos há muita agitação. Os caciques dos Partidos que querem se aproximar do Governo querem mais cargos e meias bondades e benesses. Como dantes. Nada mudou em Pindorama.
Não é diferente a orientação no PMDB e no PSDB de estão calados.
Se dependesse do pessoal do PFL e dos tucanos, o PMDB seria defenestrado do governo para que eles conquistassem mais cargos. A realidade indica que o que vai ocorrer será uma simples troca de nomes porque o governo não tem projeto novo para mudar os rumos da administração. Se tem, ainda nada anunciou para o conhecimento público. Só se houver planos secretos que serão tornados públicos após a reforma. Na verdade, vai haver apenas acomodações no Planalto. Por exemplo, partidos que perderam importância na base de apoio, como o PTB poderão ficar na praia do Paranoá, a ver barcas navegar. Há, entretanto, a possibilidade de o PPB continuar no Barco.
Não há nomes cotados em Brasília. Todos dependem de Lula e Lula espera por todos
As especulações são muitas. Não há nome entre os novos que sirva pra nada. O governo não está satisfeito com o desempenho do Ministério. Para complicar o jogo no meio de campo, o todo poderoso vice-presidente está no Ministério da Indústria e Comércio e parece não preferir deixar o cargo. O presidente Lula está acostumado com marchas e contra marchas. Na prática a reforma ministerial tão falada não vai passar de uma simples troca de nomes, para tudo continuar como sempre foi, sem nada tirar ou por.
Somente acredita que a reforma terá cunho apenas”administrativo”, o brasileiro que está nas fraldas ou que pouco ou nada entende dos intrincados labirintos da política tupiniquim ou, ainda, totalmente submisso a tudo o que é originado do Congresso Nacional e, portanto, sem qualquer espírito crítico sobre o que é oficialmente apresentado pelos ocupantes das honrosas cadeiras ali dispostas. Mais uma reforma política está a caminho e sob o véu de uma dita reforma administrativa, em um jogo cujas cartas são apresentadas pelo chefe Silva enquanto comodamente assentado na poltrona da soberana sala governista.