Ivan Santos – Jornalista

O debate sobre a importação de arroz pelo Governo para evitar especulação com o preço do produto por causa da enchente no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do Brasil, continua alta, principalmente entidades representativas de agricultores.
No fim da semana passada, preocupado com as especulações políticas sobre o assunto, o ministro da agricultura, Carlos Fávaro, disse que “em nenhum momento, o Governo pretende afrontar os produtores de arroz”. O ministro disse que a preocupação do Governo é com uma especulação vigorosa no mercado.
O ministro lembrou que 70% da produção nacional de arroz está concentrada no Rio Grande do Sul, estado que foi inundado por uma enchente resultante de chuvas intensas e este fato lave a especulações com o produto, principalmente porque os danos ocorridos nas estradas dificulta o escoamento da produção salva. Só este fator já causou um aumento de 30% no preço do arroz. Com a importação de arroz e governo pretende evitar que a especulação se acelere e prejudique os consumidores pobres para quem o arroz é alimento básico.
O governo decidiu importar inicialmente um milhão de toneladas de arroz e vende-lo diretamente em supermercados e redes de atacadistas em pacotes padronizados de dois quilos com preço máximo de R$ 8 e um rótulo com a inscrição: “Arroz importado pelo Governo Federal”. O ministro disse que esta iniciativa não é intervenção no mercado, mas simplesmente uma providência emergencial para evitar especulação com o preço de um alimento básico para toda a população brasileira.
O ministro da Agricultura explicou que o Governo está preparado para financiar a próxima safra de arroz e ajudar os agricultores que sofreram perdas enormes com a enchentes no Sul. A ordem do presidente da República é ajudar os produtores a saírem das dificuldades e voltarem a produzir na próxima safre.