Depois de quase quatro anos aproxima-se o momento do eleitorado uberlandense, novamente, manifestar-se soberanamente a respeito de quem deseja assistir propondo, organizando e estabelecendo leis e diretrizes que deverão nortear o caminho desta que é, indiscutivelmente, uma das metrópoles mais fecundas e grande geradora de oportunidades em todo o Brasil, mesmo que a sua atual administração ainda apresente falhas até certo ponto naturais porém relativamente compreensíveis e dado, imagino, a um perseguido, vertiginoso e constante progresso. E será que considerável parcela de votantes está, de fato, apta a assumir tamanha responsabilidade para consigo mesma? O amadurecimento e um conseqüente conhecimento político em sentido mais amplo, já estaria formado na consciência da maioria dos eleitores ou, ao contrário, muitos deles ainda deixariam-se tornar alvos fáceis porém valiosíssimos da abundante força midiática que cria, deslumbra e impulsiona imagens e textos que encobrem todo o vazio que alguns dos futuros candidatos possam trazer em seu cérebro, em termos progamáticos e ideológicos? Teriam também ciência do grande poder econômico que, subliminar e indefectivelmente, estará impulsionando a campanha de candidatos comumente superiores em termos eleitorais por essas plagas do portal da savana tupiniquim e o que, por outro lado, faria sombra em campanhas de candidatos economicamente menos favorecidos? Caso a resposta a essas indagações sejam negativas, então que rufem os tambores diante da grande ameaça de perdermos a oportunidade deste pujante município continuar em sua gloriosa marcha, de maneira a mantê-lo no patamar que conquistou com a força do seu povo e das suas naturais potencialidades. Teremos eleitores míopes e/ou sujeitos a serem facilmente manipulados por quem anseia conquistar o poder sem, ao menos, saber o endereço da Câmara Municipal desta metrópole e onde milhares de seus cidadãos se orgulhariam de estar oficial e garbosamente acomodados? Nossos futuros vereadores não precisarão copiar modelos administrativos de outros municípios ou de administrações passadas; basta que estejam imbuídos de uma profunda confiança em assumir seus futuros encargos e, obviamente, capacitados a darem continuidade a uma política desenvolvimentista austera, que privilegie todo e qualquer cidadão e enxote todos aqueles que queiram apenas especular em cima daquilo que este município e o seu povo vêm conquistando ao longo de décadas. Paternalismo governamental já não cabe ser cultivado por nossos políticos, mesmo porque tornou-se em algo démodé diante dos enormes desafios de qualquer administração municipal e que não visa privilegiar alguns poucos em detrimento da grande maioria. Bom seria que o paternalismo patrocinador de cargos em comissão, por exemplo, seja substituído por ações de relevada importância nas áreas da Saúde, Educação e Segurança….! E para que isso ocorra faz-se mister que os eleitores se conscientizem e escolham, com responsabilidade e sabedoria, os nossos futuros vereadores. Só assim esse nosso privilegiado município irá resgatar o suor e a dedicação de tantos outros vereadores que, no passado, souberam trabalhar por seu pujante desenvolvimento.

Gustavo Hoffay
Agente Social
Uberlandia(MG)