Gustavo Hoffay – Agente Social – Uberlândia-M

Qualquer candidato(a) de oposição aos atuais governos municipais nas próximas eleições, aproveita ao máximo o pouco tempo de Propaganda Eleitoral Gratuita, no rádio e na TV, para dizer que tudo na sua cidade está muito mal administrado e que as obras inauguradas no mandato que finda são, todas elas, perdulárias e sem qualquer sentido prático para a grande maioria da população. Por outro lado, claro, aqueles que estão passando o cetro insistem em enaltecer até mesmo os seus mínimos feitos e anunciam que a vida em seu município não irá zerar, mas continuar firme e forte qual a uma rocha, caso os seus apadrinhados sejam eleitos. Francamente…! É chegada a oportunidade de, mais uma vez, o(a) eleitor(a) procurar aderir à razão e manter o mais longe possível a emoção, não deixar-se levar pelo “ouvi dizer” e por tentativas desatinadas que tentam impulsionar campanhas eleitorais, ao ponto de algumas delas fugirem de parâmetros razoáveis e até estapafúrdias, enganosas; em resumo, em duas palavras: desespero e despreparo na busca de cargos que exigem ponderação, conhecimento intelectual, maturidade cívica, entusiasmo e habilidade entre outros predicados que devem enaltecer o caráter e a personalidade de uma autoridade pública! Menos mal que algum e outro candidato ao cargo de prefeito ou vereador, felizmente, têm consciência de que aumenta o numero de eleitores sensatos, responsáveis e que não deixam-se vender ou “sujigar” por declarações desarrazoadas, estramboticamente fantasiosas e não poucas vezes fora das obrigações do cargo a que almejam conquistar, até mesmo inconstitucionais e como já testemunhamos em eleições passadas. Bom seria que as declarações de alguns candidatos à Câmara Municipal não fossem impalpáveis e devessem estar adaptadas a uma realidade que exige ponderações, bom senso e “pé no chão”. Candidatos deveriam, sim, entender que não governariam sozinhos e que, portanto, os cargos em disputa não devem ser usados para iludir eleitores. Nada de esbanjar esperança e promessas sabidamente inalcançáveis ou até mesmo inconstitucionais. Parece que foi dia desses que, em nossa cidade, alguns dos nossos representantes no poder legislativo municipal foram conduzidos à prisão, por não moderarem o seu apetite com relação aos subsídios que recebiam religiosamente em dia; deixaram-se “distrair” quanto a dedicar ao menos um pouco de si, profunda e desinteressadamente, ao honroso cargo que ocupavam e ao qual, no pomposo momento de instalação da legislatura, prometeram honrar e tão logo assinaram o Termo de Posse; falharam, vergonhosamente! Agora e mais uma vez é chegada a oportunidade de não deixarmo-nos iludir, mas de agirmos racionalmente frente à urna de votação; não é momento para apostas e sim de investimento em candidatos que realmente mostrem condições de tocar em frente, com determinação e grandeza de caráter, os próximos quatro anos de vida política do segundo maior município do nosso estado. Não à emoção e sim à razão!