Empresas do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro responderam por quase 40% de todo o crédito liberado pelo banco na última Safra

O Governo de Minas, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), apresentou as linhas de financiamentos disponíveis para os empreendedores do agronegócio mineiro, nesta quinta-feira (26/9), em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Na safra 2024/2025, o banco oferta R$ 1,4 bilhão em crédito para todo o estado, um volume de recursos 15% superior ao total liberado pelo BDMG na última safra.

GOV. MG

Os financiamentos chegarão às cooperativas, produtores e empresas, incentivando o agronegócio no estado, que representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro, segundo a Fundação João Pinheiro (FJP). O Alto Paranaíba e o Triângulo Mineiro têm participação expressiva neste setor. Quase 40% de todo o crédito liberado pelo BDMG na safra 2023/2024 foi para empresas localizadas nessas regiões.

“Essa parceria com o BDMG vai trazer muitos benefícios para empreendedores mineiros. O agro em Minas, ano a ano, tem ampliado a participação na economia e tem ajudado na balança de pagamento do estado. O agro no meu governo é respeitado, admirado e valorizado, e não criminalizado”, disse o governador Romeu Zema.

Os financiamentos contratados pelos empreendedores do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro somaram R$ 456,6 milhões e foram destinados para diversas iniciativas, como compra de máquinas e insumos, comercialização de café, armazenagem, entre outros projetos.

O presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, ressaltou que o BDMG garante o suporte aos produtores mineiros. “Cada crédito se converte em mais desenvolvimento regional, emprego e renda na ponta, o que repercute em todas as regiões do estado. O banco oferece financiamento a projetos de sustentabilidade no agro, o que é fundamental neste cenário atual”, afirmou.

Novo contrato

Durante o evento, o Grupo Baú assinou contrato de captação de R$ 6 milhões em financiamentos com o BDMG. A empresa, com sede em Patos de Minas, é especializada na produção e comercialização de cafés de alta qualidade, e exporta 85% da sua produção.

O crédito será aplicado na expansão e modernização das instalações de processamento de café, com foco na ampliação da capacidade de armazenagem de 30 mil para 959 mil sacas. Com o investimento, será possível reduzir o custo do frete e ampliar o faturamento do negócio, que produz também café sustentável.

Fortalecimento do agro

O BDMG oferece linhas de crédito para armazenagem de grãos; incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; incentivo à agricultura sustentável, modernização da agricultura, entre outras iniciativas, e utiliza recursos do Plano Safra, Funcafé, LCA, além de capital próprio.

“Mantemos esse apoio por meio das linhas de crédito agrícola do BDMG para quem busca inovação na agricultura, na sustentabilidade, investimento em infraestrutura”, destacou o secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez.

O setor do agro representa cerca de 40% de todos os financiamentos realizados pelo banco na última Safra, o que reforça a contribuição da instituição para o fomento do setor. Somente por meio do Plano Safra, o BDMG vai disponibilizar R$ 228 milhões em financiamentos em nove linhas de crédito destinadas a empresas e cooperativas.

Café em alta

Para apoiar a produção de café, produto em que Minas é líder nacional, o BDMG oferece três tipos de crédito: Comercialização, que permite financiar cooperativas em valor equivalente à quantidade de produto armazenado para venda futura em melhores condições de mercado; FAC, para a compra do café diretamente dos produtores rurais; e Capital de Giro.

Ao todo, serão R$ 231,7 milhões na nova safra via Funcafé. Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao banco e, nos últimos dez anos, já são R$ 2,2 bilhões liberados nesta linha.