Ivan Santos – Jornalista
Aproxima-se o Natal e o Fim do Ano. É tempo de as pessoas desejarem felicidade umas às outras. Tempo de festas, de comilanças, de troca de presentes. Nos últimos anos no Brasil houve tristeza, especialmente nos anos da Pandemia da Coivid quando muitas pessoas perderam a vida e outras ficaram tristes.
Continua a boa intenção coletiva em busca da felicidade.
Muitos sonham com a Megasena da virada que sinaliza um prêmio de R$ 600 milhões. Dinheiro para financiar vários porres homéricos recheados com churrasco de boa qualidade.
Com tanta euforia para comemorar o Natal, muitas pessoas nem percebem que nem todos comemoram a data natalina e ficam isolados de festas. Para essas pessoas o clima de Natal intensifica-se com uma sensação de vazio existencial que não pode ser camuflada por presentes, decorações nem canções tradicionais de fundo religioso.
Quem não tem boa saúde, quem perdeu a companhia de pessoas amadas, quem está desempregado ou vive com baixos salários, as festas de fim de ano aumentam a melancolia. O mundo inteiro não vai comemorar o Natal. Muitos passarão deste ano para o outro sem alegria. Os
Muitos seguem sem esperança. É preciso não se esquecer desta dura realidade. O Brasil é um bom país para se viver, mas aqui a vida não é feita de flores para todos. Uns nadam de braças e outros atravessam o rio a pé ou numa ponte rudimentar por onde caminham descalços.
Não há mal que sempre dure bem que nuca acabe. A vida tem mil caras e mil aparências. Quem estiver vivo poderá comemorar a passagem de ano com muito barulho. O brasileiro é um ser humano que sempre acreditou na felicidade. Então Feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos os homens e mulheres de boa vontade. Vamos seguir em frente com a cabeça erguida. Amanhã será outro dia. Depois será outro ano. Quem viver verá as mudanças que sacudirão o mundo.
Difícil encontrar alguém que suporte a ideia de uma criança materialmente carente esperando pelo bom velhinho, o Papai Noel; uma criança que espera um “Papai Noel” que não vem ao seu encontro, mas deixa valiosos presentes na casa do vizinho.
Acho totalmente injusto algumas famílias numa farta ceia de natal e outras tantas sem ter o que comer.
É a época do pico da demagogia; de fingir que se é “bonzinho” e que gosta de todo mundo, de comprar presente até pra quem nem se afeiçoa muito…
De desejar um “Feliz Natal” até pra um desconhecido e achar que com este ato, as muitas falhas que cometeu durante todo o ano serão “compensadas”. Mas concordo com o jornalista acima, quando registra que a esperança falta a não poucas pessoas e então pergunto: é possível viver sem esperança? Não, pois ela é o combustível que nos faz mover em busca daquilo que desejamos, materialmente ou não. Quem não tem esperança, não realiza, não vive plenamente.