José C. Martelli – Advogado e professor- Espírito Santo do Pinhal p SP

Nota – É uma pena que por uns tempos e motivos particulares deixarei de frequentar a Academia.
Antes de iniciar esta digressão gostaria de descrever o ambiente e condições pré almoço em que me encontro.
Estou sorvendo uma cervejinha bem gelada, acompanhada de deliciosos acepipes e ao som de belíssimas músicas, o que me instiga e inspira em escrever esta crônica.
Dito isto, vamos lá:
dentre as minhas várias atividades uma delas, a de professor, trouxe-me grande, se não a maior, satisfação.
Lecionei no ensino médio e em faculdades de Administração e Engenharia Agronômica, Língua Portuguesa e Direito Agrário. Ao todo, convivi, num período de 35 anos com, aproximadamente, 12.000 alunos.
E por que estou escrevendo isto? Porque tem tudo a ver com a crônica que ora estou tentando digitar, como minhas queridas leitoras e queridos leitores vão perceber, se me derem a hora de sua leitura.
Há tempos, uma querida amiga, Rita Cavinatti e sua filha Sandryni, minhas vizinhas, vêm insistindo para que eu entre em uma Academia a fim de fazer musculação. Diziam elas que isso ajudaria muito no controle da diabetes tipo II, um mal do qual sofro, que é incurável, mas pode ser controlado.
Como sou um homem de idade provecta, mas saudável, resolvi antes, sob a supervisão de meu cardiologista, fazer um checkup geral.
Para minha surpresa, ele não só referendou o que as minhas amigas diziam como, mais que isso, pelo resultado dos exames, recomendou que entrasse para a tal Academia o mais rápido possível.
Explicou-me que a musculação diminuí a gordura do fígado, que tenho um pouquinho, o que facilitaria o trabalho do pâncreas na produção da insulina. Não entendi muito bem, mas quando procuro um profissional, não me cabe discutir e sim acreditar.
Então entrei para uma Academia de Ginástica, fui e estou, diariamente, fazendo meus exercícios.
Quem sabe até perco um pouco de minha protuberância abdominal.
Não gosto de barriga, nem em falar, quanto mais em escrever.
Pois bem. Iniciara esta crônica falando de minhas atividades com professor. E umas das coisas que mais sinto falta, por ter deixado de lecionar, foi a convivência com jovens.
QUANTO EU APRENDIA COM ELES, PRINCIPALMENTE DE COMO É SER JOVEM.
Pois bem. A Academia não está apenas fazendo-me bem fisicamente.
Ela está me devolvendo a convivência com jovens.
A música ambiente, a vivacidade dos participantes, a seriedade nos exercícios, tudo me mostra que a vida é para ser vivida, aqui e agora.
É bem verdade que há algumas ou alguns um pouco mais velhos, talvez na casa dos 30/40 anos, mas todos imbuídos de juventude e da vontade de viver.
E não se imagine que são cabeças ocas que só pensam em tatuagens ou exercícios físicos.
Tenho conversado com algumas ou alguns que têm muito a ensinar, como meus antigos e queridos alunos, inclusive no plano intelectual.
Algumas ou alguns são formados ou em formação em várias carreiras de ensino superior.
Parabéns a eles e meus agradecimentos por estar, mesmo que anonimamente, no seu meio, sugando sua seiva de juventude.
Pena que tenha que perder alguns dias por mês, em razão de trabalho em outros municípios, essas atividades tão importantes.
Ao encerrar, dedico esta crônica à minha filha e aos meus filhos, Maria de Fátima, Paulo Vicente, Waldomiro Neto e José Eduardo, todos na casa dos 50/60 anos, para que saibam que têm ainda muita coisa para fazer, neste mundo de Deus.