Ivan Santos – Jornalista
Uma verdade na economia brasileira que não pode ser negada é que a Agricultura tem tido nos últimos 10 anos um desempenho fundamental para o País.
Recentemente o Núcleo de Estudos da Economia Agropecuária (NEZAGRO) do IPEA lançou um livro intitulado “Agropecuária Brasileira: Evolução, Resiliência e Oportunidades” . Este livro reúne estudos técnicos e operacionais profundos sobre diversos aspectos da Agropecuária Brasileira.
Seguindo abalizados observadores do marcado, a agropecuária brasileira tem crescido positivamente na última década. Neste desempenho o destaque é para a Agricultura, principalmente a cultura de soja. O Agronegócio representa cerca de um quarto da produção rural nacional. Em 2022 o setor alcançou uma safra recorde de grãos de 317 milhões de toneladas. Naquele ano o comercio internacional foi positivo com um saldo de US$ 142 bilhões.
A sustentabilidade ambiental é uma preocupação no setor agropecuário brasileiro. O país preserva dois terços do seu território com matas nativas, e dentro das propriedades agropecuárias, são preservados 25,6% do território nacional. Desde a década de 1970, os ganhos de produtividade têm contribuído para a preservação de uma área equivalente a doze vezes o tamanho da França, evitando o desmatamento.
A produtividade total dos fatores na produção agropecuária tem crescido a uma taxa média de 3,1% ao ano, enquanto as emissões de gases poluentes aumentaram em torno de 1,4%. Isso indica que o setor agropecuário tem uma capacidade significativa de restaurar o meio ambiente.
Apesar da evolução, o agro, assim como vários setores da economia brasileira, tem seus desafios a serem enfrentados. O documento explicita quais são as dificuldades do agronegócio e como elas podem ser superadas.
O sistema de infraestrutura logística brasileiro ainda apresenta sérias deficiências, o que dificulta o escoamento da produção agrícola para os mercados internacionais.
A necessidade de estabelecer um conjunto alternativo de infraestruturas de escoamento é cada vez mais relevante, especialmente à medida que novas áreas de cultivo se distanciam dos tradicionais terminais portuários.
A agropecuária brasileira é vulnerável às mudanças do clima, o que pode afetar a qualidade da forragem, a disponibilidade de água, a produção animal e leiteira, entre outros aspectos.
A variação climática e o aumento da frequência de eventos extremos representam desafios para o setor, exigindo a adoção de medidas de adaptação e ampliação da resiliência.
As plantações de grãos para a colheita deste ano estão, até agora beneficiadas por chuvas suficientes. Os agricultores ainda não podem comemorar uma boa colheita porque dependem de São Padro para regular a quantidade de sol necessária para o crescimento dos grãos e para uma colheita sem aguaceiro. A Agricultura continua a ser um pilar forte da economia do Brasil-Central. Vamos contnuar a marchar com fé em boas colheitas em 2025.