Entre as diversas até medonhas táticas usadas por tarimbados políticos que, já nas próximas eleições, tentarão alcançar um novo mandato, percebo o emprego de uma linguagem um tanto obscura, sinistra e portanto apta a fazer crer que os eleitores são totalmente ignorantes em relação a eles. Há quase cinquenta anos acompanhando ao menos um pouco sobre o que ocorre na vida política tupiniquim e impulsionado que sou pela candidatura do meu pai a deputado estadual e à nomeação do seu irmão para um cargo a nível ministerial, em Brasília, a muito venho aprendendo a decifrar a política e a partir daquilo que é apregoado por alguns dos seus mais influentes representantes; um passatempo comichoso e, confesso, entorpecente! Depois de passar quase duas décadas sob doutrinação socialista, considerável parcela do povo brasileiro parece ter sido persuadida de que a demência de alguns dos mais notáveis medalhões da política nacional era algo muito natural e que as suas atividades jamais comportariam atos ilícitos, a partir do desvio de milhões de reais dos cofres públicos; errou, portanto, aquela banda da nossa população. As táticas persuasivas de maquiavélicos políticos na capital federal, surgem cada vez mais dissimuladas e o aparato verbal daquela turma vem servindo, inclusive, para manifestar perante a imprensa e a própria Justiça que existe um enfoque demasiado complexo sobre algumas das principais ações cometidas no Congresso Nacional. Fico imaginando que representantes da lei e uma comissão parlamentar de inquérito não precisariam aprofundar-se muito em algumas questões, visto que alguns daqueles já estariam sentindo-se intimidados pela força maior deste país: o seu povo. Ora! Numa tentativa de apaziguar o ânimo popular, usam uma linguagem difícil e o que nem sempre é sinal de erudição e profundidade, mas viria a ser algumas vezes a capa sob a qual dissimulam aquilo que realmente pretendem e o que, certamente, não é do anseio popular. Não deixar subjugar-se pela aparência e erudição daqueles que por dever de oficio usam de um discurso difícil, eivado de neologismos e construções pomposas, já seria um bom começo para muitos de nós que, em breve, seremos novamente alvos de campanhas eleitorais e, mais uma vez, tratados por inocentes ( ou idiotas) úteis a favor de alguns daqueles poderosos e reconhecidos políticos. O terrível monstro que age a favor da classe política dominante precisa ser enfrentado e aniquilado pela inteligência dos eleitores. É preciso desacreditar políticos que usam de táticas que possam encobrir verdades e dissimular ações que poderiam ser prejudiciais a eles em uma campanha eleitoral. A infeliz influência de alguns daqueles “representantes” do povo no cenário político tupiniquim é acachapante e diabólica, o que gera muito daquilo que estamos acompanhando pela imprensa e que tantas náuseas têm causado na maioria de nós, brasileiros.
*Eleitor – Uberlândia-MG