Foto: Aline Veloso

Os impactos provocados pela construção de rodovias estão entre os principais fatores responsáveis pela perda da biodiversidade. Atropelamentos de animais silvestres e domésticos se tornam diários nas rodovias brasileiras. Para evitar mortes de animais por atropelamentos, discentes do curso de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram um projeto com ações educativas.
A rodovia escolhida pelo grupo foi a BR-050, sendo que o projeto vai ser executado em um trecho entre Uberlândia e Uberaba. Como forma de conscientização, serão elaborados materiais educativos (banners, cartilhas e adesivos) e abordagem aos usuários da rodovia. Outra medida do projeto é a construção de uma exposição fotográfica itinerante, na qual serão confeccionadas fotos alusivas ao assunto com o objetivo de sensibilizar o público visitante.
A campanha “Fomos nós quem atravessamos o caminho deles”, que é orientada pela professora Ana Elizabeth Iannini Custódio, do Instituto de Biologia e pesquisadora da área de Ecologia de Estradas, vai ocorrer no dia 10 de dezembro em pontos estratégicos, como postos de abastecimento, balanças para pesagens de caminhões e posto policial para a abordagem dos usuários da rodovia. Já a exposição fotográfica temática vai ser realizada pela bióloga Aline Carneiro Veloso e estará circulando nos espaços internos da UFU até o final deste ano.
Nos anos anteriores, o projeto contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (Foto: Aline Veloso)
Outras ações foram realizadas pelo grupo em anos anteriores por meio de parcerias. Em 2014 e 2016, os estudantes, juntamente com a professora Ana Elizabeth, utilizaram o Sistema Urubu, um aplicativo criado pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), que é vinculado à Universidade Federal de Lavras (UFLA). Esse programa lançado em abril de 2014 se tornou a maior rede de conservação de biodiversidade do Brasil.
Após obter o aplicativo, basta realizar um cadastro e, cada vez que o usuário encontra um animal atropelado, ele tira uma foto usando o app e envia para o CBEE. As fotos vão acompanhadas das coordenadas geográficas e são identificadas por especialistas, sendo então utilizadas para informar aos órgãos competentes e às concessionárias de rodovias. O objetivo é informar as pessoas sobre a perda da biodiversidade em função dos atropelamentos.
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