Gustavo Hoffay*

Depois de assistirmos a polêmica gerada a partir de situações que envolvem o filho do presidente-eleito, cinco estados declararem calamidade financeira, o agora ex-presidente Temer ver-se enroscado em acusações de escândalos financeiros no caso BRF ( da dupla goiana Joesley e WesleY) e Lula ser preso e condenado a pouco mais de doze anos de cadeias ( e privilégios correlatos), agora foi a vez de testemunharmos uma outra esculhambação político-tupiniquim: Fernando Collor, lembram-se? Teve a cara-de-pau de lançar o seu nome para concorrer à presidência do Senado, mesmo que denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa. Tem base? O moralismo político enfaticamente prometido por Bolsonaro em sua campanha rumo ao Planalto, felizmente já começou a desaguar no pântano da descrença e do espanto antes mesmo de alcançar águas profundas e sentir os efeitos de tempestades diversas, que em breve futuro poderão fazer-se presentes entre raios, relâmpagos e trovões…! E o povo, claro, já cansado de tanta desordem e canalhice brotadas desde aquele imponente edifício que abriga as duas mais importantes casas legislativas tupiniquins, agora firma a sua atenção para um outro prédio do lado oposto ao Palácio do Planalto e também na Praça dos Três Poderes, onde boa parte da população brasileira ainda desconfia dos motivos de algumas decisões dos ministros do Superior Tribunal Federal e que parecem chocar-se com a lógica jurídica. São fatos ,esses, que mais uma vez comprovam o quanto estava certo o ex-presidente Figueiredo, ao dizer que o Brasil não estava preparado para viver sob um regime democrático. Bolsonaro teve queimada a sua largada e por isso terá de retornar ao box para sofrer alguns ajustes e reparos no seu diferencial para não derrapar em curvas perigosas, além de fazer um necessário realinhamento na direção. Sim, afinal é incompreensível que poucas porém fundamentais peças do seu esquema de dirigibilidade de governo já estejam dando sinais de desgaste ou apresentando defeitos originados de uso impróprio e o que, nesse caso, não tem nenhuma garantia e ainda ameaça a segurança de todos os envolvidos. Sem querer ir a fundo e por desconhecer a quase totalidade dos fatos que marcaram negativamente o governo do ex-retirante Lula, farei a leitura do livro “O Chefe”, de Ivo Patara, liberado gratuitamente na internet. Segundo disseram-me, ali, tim-tim por tim-tim, está uma narração do que atesta-se ser a verdadeira história da corrupção dos governos Lula, evidenciando o quanto fomos roubados e tratados como a idiotas úteis por uma engrenagem mafiosa travestida de políticos. São nada menos que 455 páginas em PDF (3,1 mb) e as quais desnudam toda uma parafernália armada para “empoderar” e enriquecer quem, antes das eleições, dizia estar ao lado do povo, dos pobres, dos menos favorecidos. Após a referida leitura espero, então, poder encarar as críticas da oposição ao governo Bolsonaro de maneira bem mais suave e considerando-se o que Lula e a sua equipe tramaram e levaram à frente em um país que, desde então, começou a caminhar para trás.

Agente Social – Uberlândia-MG