*por José Amaral Neto*
Alguém que queira professar a fé. Alguém que queira profetizar o nome do Criador. Alguém que traga a força da palavra sagrada forjada em dois mil anos de história. Alguém que consiga ver para além dos profetas de ocasião que manifestam o caos como ordem. Alguém que seja profeta carregado da energia do Arquiteto do Universo para além das maquinações dos que detém o poder. Alguém sublime em orações versadas em palavras de ação pela vida das pessoas todas deste planeta vivente. Alguém tradutor do silêncio revelador das questões atemporais. Pensar gera pessoas criticas. Entender e permitir-se aprender fortalece pessoas realizadoras. Ver-se em uma liderança com a força da oração é alcançar o Criador em sua plenitude de bençãos e milagres, e isso, conforta o que eliminaria muito do estresse, consumismo, distúrbios sociais e depressão.
Onde está quem? Ou quem é, pode estar em você que lê aqui e agora? As pessoas se perderam em si mesmas na urgência de verem concretizados seus anseios. O imediatismo afastou as pessoas da religião porque as lideranças das igrejas em todas as suas denominações perderam o poder de profetizar embevecidos pelo medo que sempre combateram em favor do dizimo, este agora economicamente pouco provável.
A tua palavra é lâmpada
que ilumina os meus passos
e luz que clareia o meu caminho.
Salmos 119:105
A vacina tão ansiada é obra necessária. E deve ser vista como um caminho que leva à vida. Que os homens entendam que este momento demonstra que nada é maior que o Altíssimo. A ausência de um plano B para esta crise e, as perdas imprudentes de vidas que poderiam ser salvas vão deixando mãos com sangue que não poderão ser lavados se não perante o Criador.
Não é simplesmente religião, é religare. Ato de reaproximar; de voltar às origens.
“Não basta fazer coisas boas é preciso fazê-las bem.”
Essas palavras de Santo Agostinho ilustram muito bem o que o momento atual exige.
11 meses já se passaram e ainda faltam UTI´s; 11 meses se passaram e a incompetência a espera de uma próxima onda; 11 meses se passaram e nada de uma bem articulada estratégia para distribuição das vacinas. 11 meses se passaram e medidas que se provaram incertas continuam a ser opção, gerando desemprego, desespero e fome. 11 meses se passaram e a Ciência sem Deus quer se tornar a nova ordem. Mesmo que na hora do desespero frente ao caos da saúde no mundo, ou no desalento de uma experiência que não avança cientistas apelem ao clamor natural no silêncio de suas máscaras: “Deus se apiede de nós”, ou “Oh! Deus dos céus, peço sua ajuda!”.
Todas as categorias merecem atenção especial em suas funções. No entanto, é sabido de antemão qual tarefa é sua responsabilidade. E enfrentá-la é salvar vidas. As salas de aulas são o mesmo que o corredor de um ambulatório médico: gente com urgências e emergências. Não dá pra dar ouro para tantos e quirela para outrem e não haver prejuízos para o todo.
Como a religião perdeu o alcance de sua voz as pessoas se sentem abandonadas e descrentes de suas responsabilidades. O óbvio tomou lugar da crença na vida. O óbito assumiu o destaque e, ele é apenas o fim inevitável. Não dá pra trazer as pessoas à razão da gravidade da situação atual, se as manchetes e reportagens são sobre o fim.
Não dá pra se conseguir os aliados necessários, se as mensagens que se destacam mostram os de sempre desviando dinheiro público e não sendo responsabilizados. Não tem como obter o melhor das pessoas quando políticos se proclamam donos da vida e produzem mortes sem que deles lhes seja tirado o poder nefasto de que fazem uso.
#VamosConversando
, Turismólogo, Jornalista, Presidente do MAIPO-Movimento de Articulação e Integração Propositiva Organizacional