Ivan Santos*

anos no Ministério da Saúde. O presidente da República jamais poderia ter deixado que o enfrentamento à pandemia fosse politizado. No entanto, a politização não começou por ações da oposição. Quem politizou a pandemia foi o chefe do governo que rejeitou recomendações da Organização Mundial de Saúde e recomendou tratamento precoce não recomendado por especialistas.
Há no Brasil um bem organizado e eficiente serviço de vacinação que é visto no mundo como exemplar, mas esse serviço ficou paralisado por causa de intervenções politiqueiras no Ministério da Saúde. Bastaria uma decisão administrativa do Governo para enfrentar a crise com recomendações científicas.
A gestão da saúde pública no Brasil desde que começou a pandemia do Corona foi caótica e fustigada por agentes politiqueiros na União, nos Estados e nos Municípios. Cada agente da Situação ou da Oposição achou por bem tirar proveito do momento e ganhar apoio popular com teses eleitoreiras fora de tempo. Incrivelmente, quando deveria ter havido união dos brasileiros para combater um inimigo comum invisível, porém mortal, houve divisão e disputas politiqueiras revestidas de politicagem.
A crise sanitária no Brasil, causada pela pandemia do Covid 19 é, sem dúvida, um dos maiores desafios sanitários já vividos pelo povo brasileiro. Desafio em escala mundial, um dos maiores dos últimos 100 anos. Já morreram mais de 250 mil viventes humanos no Brasil desde o começo do ano passado. Ninguém sabe quantos ainda morrerão até que o mal seja dominado.
O presidente da República tem dito que é preciso reativar a produção econômica para gerar empregos e renda. Correto o presidente. Os cientistas já indicaram o caminha quando disseram que a produção só recomeçará quando, pelo menos, 80% da população estiver vacinada. Então a prioridade agora não é disputa política. É vacinação. Vacinação!

*Jornalista