Ivan Santos*
O presidente Capitão Mito Bolsonaro mostrou que tem autoridade para demitir o ministro da Defesa e os Comandantes das três Forças Armadas. Foi uma demonstração de autoridade e de soberania do chefe do Governo. Uma façanha desnecessária que só criou insegurança e insatisfação num momento de crise na saúde, na sociedade e na economia.
O Capitão está diante de um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento. Para efeito político o Chefe continua a discordar dos cientistas da Saúde que recomendam isolamento social para evitar contaminação galopante pelo coronavírus e assim evitar maior congestionamento dos hospitais do país. O Mito mantém um discurso contrário para satisfazer uma massa de simpatizantes que o aplaude. O governo está numa encruzilhada sem saber para onde deve seguir.
Por falta de atuação política do Poder Executivo o Mito está com um Orçamento deficitário aprovado no Congresso por políticos oportunistas que privilegiaram Emendas para se fortalecerem visando a reeleição em 2022. Na sociedade o clima não é bom com 14 milhões de desempregados e 25 milhões de informais sem renda.
A arrecadação de impostos cai e algumas grandes empresas como Mercedes Benz e Sony ameaçam seguir o exemplo da Ford e deixar o País.
A indústria nacional, com equipamentos de 20 e 30 anos está sucateada e não há um projeto para lhes garantir uma renovação. O BNDES está a ser intencionalmente desmontado pelo atual governo. Muitos empresários e banqueiros que apoiaram a eleição do Mito já caminham desnorteados e estão perto de perderem a paciência.
O Mito tem pouco tempo para empreender uma Campanha de Vacinação em massa e cuidar de reaquecer a produção econômica para que a população volte a trabalhar. Discurso político nada resolve neste momento de crise.
*Jornalista