Ivan Santos*
Está montada a CPI da Covid 19 no Senado que vai investigar atos, eventuais omissões do Governo Federal e a distribuição de recursos federais a estados e municípios para combater a Pandemia do Coronavírus. Os membros titulares e suplentes até agora conhecidos são: Eduardo Braga (MDB-AM) – (Independente); Renan Calheiros (MDB-AL) (Independente); Otto Alencar (PSD-BA) (Independente); Omar Aziz (PSD-AM) (Independente); Tasso Jereissati (PSDB-CE) (Independente); Humberto Costa (PT-PE) (Oposição); Randolfe Rodrigues (Rede – AP) (Oposição); Ciro Nogueira (PP-PI) (Governista); Eduardo Girão (Podemos – CE) (Governista); Marcos Rogério (DEM-RO) (Governista); Jorginho Mello (PL-SC) (Governista). SUPLENTES: Jader Barbalho (MDB-PA) (Independente); Ângelo Coronel (PSD-BA)-(Independente); Alessandro Vieira (Cidadania – SE) (Oposição); Rogério Carvalho (PT-SE) (Oposição); Marcos do Val (Pode – ES) (Governista); Zequinha Marinho (PSC-PA) (Governista); Indefinido (MDB-PP-Republicanos). Qualquer nome poderá ser mudado em até 10 dias.
A composição do comando da Comissão não é pacífica. O Palácio do Planalto quer influir na indicação do presidente ou do relator. Esta situação vai exigir uma sintonia política fina por parte dos aliados do Trono. Estes vão tentar conter a pressão favorável ao início rápido das investigações.
Para os estados e municípios a CPI não mudará nada. O Senado não tem autonomia para convocar governadores e terá que buscar as informações que precisa no Tribunal de Contas da União, órgão auxiliar do Poder Legislativo que fiscaliza a aplicação de verbas federais por Estados e Municípios. As irregularidades eventualmente encontradas deverão ser remetidas ao Ministério Público e às Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais para as devidas providências.
Para experientes analistas políticos, a CPI da Covid é um empreendimento político que poderá produzir imprevisíveis
repercussões e criar desgastes para o Palácio do Planalto ou para a Oposição nas eleições de 2022.
A abertura da CPI já é um ato de desgaste para o governo liberal do Capitão Mito. Se a CPI começar a funcionar ainda neste mês as consequências políticas que ela poderá produzir são imprevisíveis. Uma CPI todos sabem como começa, mas ninguém sabe como terminará.
*Jornalista