José C. Martelli*

Já escrevi, mais de uma vez, que todos os dias deveriam ser “Dia das Mães,” tal a importância que elas têm na vida de cada um de nós.

Mas, de toda forma, entendo que há de haver uma data para que sejam lembradas e homenageadas.

Na esteira desse raciocínio vou fazer uma homenagem à minha mãe e estendê-la também às mães de meu circulo de parentesco e às nomeadas neste texto, com as quais, de uma ou outra forma, por um ou outro motivo, guardo atualmente algum tipo de relação, seja profissional ou de amizade.

Em assim fazendo estarei estendendo a homenagem às, dentre elas:

– que por circunstâncias várias, tornaram-se pais e mães de seus filhos e filhas;

– que gestaram seus filhos e filhas, não na barriga, mas no coração;

– a alguns pais que se tornaram mães de seus filhos e filhas, sem nomeá-los, obviamente;

– a algumas duplamente mães, porque são também mães dos seus netos. A elas uma homenagem dupla;

E, finalmente:

– a algumas que, em não tendo filhos ou filhas, dedicam-se como mães a outras criaturas tão importantes quanto.

Por último quero pedir desculpas se me olvidei de uma ou outra, mas podem ter certeza que estendo a homenagem, igualmente, a todas as mães.

Começo por orações à alma de minha falecida esposa Suely, mãe de meus filhos Maria de Fátima, Paulo Vicente, Waldomiro Neto e José Eduardo, que foi mãe amantíssima e sempre dedicada a seus filhos.

Depois uma homenagem à minha filha Fátima, exemplo pronto e acabado de dedicação e amor a um filho.

Na sequência às minhas irmãs Ana Teresinha e Maria Alice (esta recentemente falecida, deixando um vácuo impreenchível em nossas vidas).

Depois às minhas noras Denise e Fernanda (exemplos de mães dedicadas e sempre presentes).

Por fim às minha sobrinhas Ana Paula, Lelê, Fabiana, Paula e Guta.

Fora do circulo familiar, mas não menos partícipes da minha vida, embora em circunstâncias díspares, quero carinhosamente, homenagear também:

Adélia Maria

Adriana

Alciele

Amália (Babaia)

Ana

Ana Maria

Ana Ruth

Ana Tereza

Analice

Anamaria Pasoti

Anna Trento

Andréa

Cimina

Cineia

Clarice

Célia Cristina

Cristina

Cynthia

Daniela

Dora

Edna

Ellen

Fernanda Massuda

Florinha

Franciele

Francisca

Geni

Gisele

Hilsiene

Ilda do Leandro

Ilda do Isomar

Iracema

Irene

Josiane

Karina

Karine

Kelly

Leandra

Letícia

Margareth

Maria

Maria Célia

Maria Odete

Marilena

Marisa

Marli

Miriam

Priscila

Rita

Rosa

Rosana

Sandra

Sheyla Beatriz

Shirley

Silvania

A homenagem é simples e singela, como foi minha mãe durante toda sua vida.

Principio por dizer o seu nome. Paula, mas ninguém a conhecia assim. Era Fiíca, diminutivo de filha ou substitutivo de filhinha.

Era pequena. Mas o que tinha de pequena tinha de grandeza e amor ao próximo.

Hoje, tantos anos passados, relembro que nunca a vira perder a calma. Era a mansidão em pessoa.

Pois é. Revirando meus papéis, nestes dias de solidão, pude revê-la maravilhosamente retratada em alguns poucos versos, compostos por um (então) jovem, que privava de sua amizade. É a reprodução desse retrato coloco no final, em homenagem não somente a ela, mas também a todas até aqui mencionadas, às quais o dedico do fundo de meu coração.

Comigo, de minha mãe, fica a saudade imorredoura.

Das demais, fica o meu grande abraço. Fiquem todas com Deus.

Eis os versos que retratam com fidelidade o que minha querida mãe sempre foi:

Fiíca

Vó Fiíca não vai, fica:

nos enroladinhos de mamão,
na caridade aos mendigos.

Vó Fiíca não vai, fica:

na religiosidade praticada,
na esperança sempre ensinada.

Vó Fiíca não vai, fica:

nas histórias à baixa voz,
dos tempos em que não vivemos.

Vó Fiíca não vai, fica:

no cuidado com a espera,
na esperança da chegada.

Vó Fiíca não vai, fica:

com Deus, como sempre esteve,
conosco que sempre a amamos.

Espírito Santo do Pinhal , 8 de agosto de 1985
Ezequiel da Silva (irmão do genro Chocolate)

*Advogado e professor – Espírito Santo do Pinhal – SP