Autor: Rafael Moia Filho*

A CPI da Saúde pode, assim como tantas outras, terminar em pizza, porém há muito tempo não se via uma CPI causar tantos estragos num governo como está proporcionando. E os motivos são simples:
1º: Este governo não trabalha, não produz, é terra improdutiva, não tem projetos sendo realizados, exceto o sonho da reeleição e do enriquecimento familiar, neste sentido o Senador Flávio Bolsonaro é um grande exemplo, após adquirir uma mansão de seis milhões de reais sem ter lastro financeiro para tal investimento.
2º: A CPI está conseguindo produzir uma mutação comportamental no governo federal. Fora da CPI, na frente das câmeras, microfones ou dos seguidores do presidente são verdadeiros leões bravios, valentes e com pose de seres temíveis. Porém, na CPI se transformam em cordeiros, com fala mansa e cara de pavor diante do fato de que não possuem argumentos para sobreviverem aquele momento.
A missão de blindar o chefe Jair é incompatível com o detalhe de não poder mentir na CPI. Essa situação anda junto com o governo, o Jair e o bolsonarismo – A mentira. Entretanto, ela não pode ser usada na frente dos membros da comissão e dos holofotes de todo país através da mídia que eles dizem odiar.
No decorrer da CPI até este momento todos os membros do governo convocados mentiram muito, passaram vergonha perante a família e o país ao contradizer aquilo que antes afirmavam aos quatro cantos.
Além do mais, tem o pequeno agravante do tamanho do Himalaia de que nestes dois anos e quatro meses do governo Bolsonaro não houve avanço em nenhuma área, pois não há trabalho sendo realizado em nenhum ministério do governo.
Tudo caminha a passos de tartaruga manca, exceto é claro as mortes pela Covid-19, o desmatamento para desvio de madeiras e o roubo das terras indígenas por latifundiários sob as bênçãos de Ricardo Salles e Bolsonaro.
Desde sua posse, Jair imaginou não ter em 2022 adversários a altura da sua campanha. Pensou errado, pois não contava com a volta de Lula e o fortalecimento de outros políticos em razão da fraqueza de sua gestão pífia. Passou dois anos de meio ofendendo a tudo e a todos, inclusive a sociedade brasileira, optou por não comprar vacinas para imunizar o povo brasileiro, algo que nenhum outro presidente fez nesta pandemia.
Nas eleições de 2022, sem facada, sem ter como fugir de debates terá dificuldade hercúlea em convencer o eleitorado sem ter como provar que fez algo nos quatro anos anteriores para conter a pandemia, o desemprego a economia pífia e a educação alquebrada e sem rumo, assim com o meio ambiente, segurança e habitação popular.

*Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.