Cesar Vanucci *
“A imaginação é mais importante que o conhecimento.”
(Albert Einstein)
Alguém pediu a Albert Einstein que explicasse, de forma didática, acessível à patuleia ignara, a Teoria da Relatividade. O fabuloso cientista foi autor de ditos e feitos salpicados de refinado humor. Seu estilo literário de dar voz às ideias, outra faceta de sua incomparável capacidade intelectual, situava-o no patamar de alguns mestres consagrados do ofício do humor, como Chaplin, Woody Allen, Mark Twain, Bernard Shaw, Millôr Fernandes. A definição achada para a Teoria da Relatividade, baseada em metáfora saborosíssima, revela faculdade assombrosa na lida da palavra: “Se você permanecer, por duas horas seguidas, ao lado de uma linda garota, parecerá que se passaram apenas dois minutos. Se você encostar o bumbum numa chaleira quente por dois minutos parecerá que se passaram duas horas. Isso é a Relatividade.”
E não é que me chega às mãos, neste justo momento, pela Internet, uma coletânea preciosa de frases, extraídas de livros, discursos, entrevistas, deste fascinante personagem da história! A leitura de cada uma dessas frases constitui lucro certo para o espírito. Donde a incontrolável tentação de aqui reproduzi-las.
Sobre o fato de ser alemão e judeu: “Se minha teoria da relatividade resultar exitosa, a Alemanha me reclamará como alemão, e a França declarará que sou um cidadão do mundo. Se minha teoria resultar equivocada, a França dirá que sou alemão, e a Alemanha declarará que sou judeu.”
Ensinamentos: “Quando recebemos um ensinamento devemos receber como um valioso presente e não como uma dura tarefa. Eis aqui a diferença que transcende.”
“A educação é aquilo que permanece quando alguém esquece tudo o que aprendeu no colégio.”
Deus e o mistério da vida: “Ante Deus somos todos igualmente sábios, igualmente tontos.”
“A coisa mais perfeita que podemos experimentar é o misterioso. É a fonte de toda arte e de toda ciência verdadeira.”
Matemática: “Uma razão pela qual a matemática goza de especial estima sobre todas as demais ciências, é que suas leis são absolutamente certas e indiscutíveis, enquanto que as das outras são, até certo ponto, debatíveis e com o perigo constante de ser derrotadas por fatos recém descobertos.”
Sentido das coisas: “É possível que tudo possa ser descrito cientificamente, mas não teria sentido. É como se uma sinfonia de Beethoven fosse descrita como uma variação nas pressões de onda. Como seria descrita a sensação de um beijo ou o “te amo” de uma criança?”
Coisas infinitas: “Só há duas coisas infinitas: o Universo e a Estupidez Humana, mas não estou muito seguro da primeira. Da segunda pode-se observar como nos destruímos só para demonstrar quem pode mais.”
Estupidez das guerras: “Não sei com que armamento se combaterá a Terceira Guerra Mundial, mas a Quarta Guerra Mundial será combatida com paus e pedras.”
Preconceito: “É mais fácil destruir um átomo do que um preconceito.”
Conveniência de se manter a boca fechada: “Se A é igual ao êxito, então a fórmula é A=X+Y+Z, onde: X é trabalho, Y é julgar e Z é manter a boca fechada.”
Sonhos: “O segredo da criatividade está em dormir bem e abrir a mente às possibilidades infinitas. O que é um homem sem sonhos?”
Inteligência e mediocridade: “Os grandes espíritos sempre encontrarão violenta oposição por parte dos medíocres. Estes últimos não podem entender quando um homem não sucumbe impensadamente a prejuízos hereditários senão quando, honestamente e com coragem, usa sua inteligência.”
Descrição da verdade: “Se vais sair à frente para descrever a verdade, deixa a elegância para o alfaiate.”
Segredos da Terra: “Cada um de nós visita a Terra involuntariamente sem ser convidado. Para mim é suficiente perguntar-me por seus segredos.”
Ciência e religião: “A ciência sem religião, é aleijada: a religião sem ciência é cega.”
* Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)