Autor: Rafael Moia Filho*

Desde que tomou posse em janeiro de 2019, Bolsonaro não tentou ao menos governar, não realizou nada e nem promoveu nenhuma alteração no campo político administrativo que justificasse a importância do seu cargo. Embora tenha condições plenas e favoráveis em relação as instituições democráticas que funcionam normalmente no país, Jair é uma nulidade completa.
Um dos motivos é a sua reconhecida incapacidade já demonstrada anteriormente quando foi deputado federal por longos vinte e oito anos consecutivos. Daquele tempo prevaleceu a sua instabilidade emocional aliada à sua incapacidade técnica de gestor.
Neste longo período preferiu adotar a pior postura que alguém poderia utilizar estando à frente dos destinos da Nação: agiu como se estivesse no palanque eleitoral para a próxima eleição em 2022. Ao invés de buscar realizações, impor uma marca administrativa, optou pelo caminho da beligerância, atacando adversários como se eles estivessem no mesmo palanque.
Perde tempo precioso e o nosso com carreatas, motociatas e manifestações com a finalidade de atacar STF, Congresso Nacional, pedindo o fechamento de ambos e clamando por Intervenção Militar, mas como ele no poder, deixando claro sua intenção golpista, algo comum em ditadores de republiquetas.
Teve a gigante oportunidade de se destacar no combate a pandemia, porém, mais uma vez trilhou o caminho do obscurantismo, do negacionismo, pregando contra tudo que foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde e adotado por todos os presidentes do planeta. Foi contrário ao isolamento social, ao uso de máscaras, e o pior de tudo, foi contrário à compra de vacinas em 2020, preferindo disseminar o uso de medicamento inócuos como a hidroxicloroquina.
Sua gestão em dois anos e meio chega ao número espantoso de meio milhão de mortos pela covid. A maior parte poderia ter sido evitada se as vacinas tivessem sido compradas em 2020.
Bolsonaro tem um comportamento de político psicopata, que prefere agredir quem ousa criticá-lo ou contraria-lo, mesmo que estes tenham razão. Age de forma intempestiva, usando um linguajar chulo, incoerente e rasteiro para se dirigir a jornalistas (mulheres em especial), governadores, e qualquer pessoa que não aceita como normal a sua idiotia.
Os culpados pela sua ascensão ao poder são as elites financeiras, a classe média alta e a ignorância de um povo que não busca na leitura as informações necessárias, preferindo acreditar nas mensagens de fake news plantadas no whatsapp e redes sociais.
Nenhum eleitor pode alegar desconhecimento da falta de capacidade ética, moral e profissional de Jair Bolsonaro. Ele não cometeu estelionato eleitoral, ele apenas foi o que sempre disse que era enquanto estava na Câmara Federal. Estamos assistindo nosso país caminhar para trás, as cegas, entrando num buraco cada vez maior e sem volta.
Neste período ele não realizou nada pelo povo brasileiro, mas se alinhou com milicianos, ex-militares expulsos das corporações militares do Estados, alguns com passagens pela justiça, soldados de baixa patente do exército e graduados da reserva para em caso de uma derrota em 2022, usá-los contra a democracia, assim como tentou Donald Trump nos EUA.
O desmonte do IBAMA, INPE e IBGE demonstram sua aversão as leis existentes, sua necessidade de liberar terras e recursos para aliados do agro negócio e especuladores imobiliários, garimpeiros e madeireiros ilegais na Amazônia é criminosa.
Enfim, Bolsonaro é desprovido de capacidade e humanidade, não tem equilíbrio emocional e leva o país para uma situação de caos, conflito e possível golpe militar.
Nunca desde a instauração da república tivemos um presidente tão fraco e omisso, nunca alguém mentiu tanto no poder como Jair. Suas mentiras são propositais, visam sempre deturpar e contradizer a verdade estampada na mídia.
Esse ódio que nutre pela Globo, CNN, Folha de S. Paulo e que leva seus seguidores a fazer o mesmo tem uma só razão: as investigações que estes órgãos da mídia realizam e divulgam em relação ao presidente, seu governo e seus familiares, muitos deles envolvidos em ilícitos.
Se a nossa democracia conseguir chegar inteira e viva em outubro de 2022, podemos comemorar, depois é só esperar pelo golpe quando a derrota de Bolsonaro vier nas urnas. Vai alegar fraude no mesmo sistema que o elegeu durante 28 anos como deputado e em 2018 como presidente sem que nunca tivesse tido qualquer problem Escritor, Blogger,

*Analista Político e Graduado em Gestão Pública.