Equipes de apoio ajudam a assegurar a qualidade do atendimento prestado ao cidadão
Nesta sexta-feira, 2 de julho, é comemorado o Dia do Hospital. E quando pensamos em uma unidade de saúde, é quase inevitável lembramos primeiro dos profissionais da área assistencial. Mas a estrutura de uma unidade hospitalar vai muito além, abrangendo setores que a maioria das pessoas desconhece e que são essenciais para garantir um serviço de qualidade aos usuários.

Foto: Fhemig / Divulgação

Os profissionais que cuidam da limpeza, da alimentação, da desinfecção, da compra e distribuição de materiais, do funcionamento dos equipamentos; aqueles que realizam os processos seletivos e ajudam a gerir as equipes, que fazem os exames de imagem e laboratoriais, que recebem os pacientes e suas famílias, entre muitos outros, são igualmente importantes quanto quem está na linha de frente do at,endimento.
A presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Renata Dias, pontua que um hospital é reconhecido pela qualidade do atendimento que oferece e pelos resultados da recuperação de seus pacientes. “Ao longo desses 43 anos, os servidores da Fhemig têm construído uma história pautada pela excelência e comprometimento com o trabalho realizado em prol de um atendimento digno e de qualidade para os cidadãos mineiros”, parabeniza.

Nutrição
Aline Martins Fernandes é nutricionista e coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética (SND) do Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, onde está há oito anos, e conhece bem a rotina corrida desse setor dentro de um hospital. “Somos duas nutricionistas no SND e nosso trabalho, juntamente com toda a nossa equipe – composta por servidores Fhemig e colaboradores de uma empresa terceirizada –, consiste em garantir o fornecimento de refeições nutricionalmente completas e seguras para todos os pacientes, acompanhantes, servidores e também para as crianças da creche, onde ficam os filhos de quem trabalha aqui”, explica.
Quem está ali no hospital, seja paciente ou servidor, muitas vezes nem imagina o quanto a rotina de um setor como este é dinâmica e todo o cuidado e planejamento que está envolvido; afinal, todos os dias são servidas uma média de 900 refeições. “Precisamos planejar os cardápios com antecedência para que haja tempo hábil para a compra dos alimentos. Depois, temos a fase de recebimento e armazenamento adequado para garantir a sua qualidade e durabilidade. Além disso, realizamos, diariamente, o pré-preparo, separando os ingredientes, higienizando, sanitizando, descascando e picando para encaminhar à preparação final”, detalha a coordenadora do SND.
Ainda segundo a nutricionista, após o preparo das refeições, é iniciada a fase de montagem e identificação dos pratos, conforme o mapa de dietas elaborado pela enfermagem. “É preciso muita atenção nessa fase, já que temos diferentes cardápios em razão das diversas patologias (dieta livre, branda, hipossódica, hipolipídica, diabética, hiperprotéica, pastosa, sopa, líquida completa, líquida restrita, entre outras). Além disso, é preciso padronizar a quantidade de comida nas embalagens e acondicioná-las em carrinhos térmicos para serem distribuídos nos setores de internação pelos copeiros, na hora programada e na temperatura ideal”, explica.E completa: “Somos responsáveis por garantir, além da nutrição, a satisfação e o bem-estar de todos. É um esforço que vale a pena, já que a alimentação é essencial para manutenção da vida, e toda a equipe da cozinha, como costumam se referir ao SND, juntamente com o Láctario e a Terapia Nutricional, tem um papel de fundamental importância no funcionamento de um hospital”.

Esterilização
Também de fundamental importância, o Centro de Material e Esterilização (CME) é considerado a espinha dorsal do hospital. “É aqui que são lavados, preparados, esterilizados e colocados à disposição para uso itens como instrumentais, materiais de oxigenioterapia e roupas cirúrgicas”, conta a enfermeira Luciane Aparecida Sandi, que trabalha no CME do Hospital Regional de Barbacena José Américo (HRB-JA) desde 2011 .
O local, além de contar com uma estrutura física adequada às normatizações, possui equipamentos que são usados para testes de validação de processos, auxiliando muito no trabalho diário dos profissionais de saúde. “Há testes de validação de limpeza de instrumentais, canulados, testes de validação de processos automatizados, entre outros. Com eles, certificamos os processos de trabalho, trazendo maior confiança e segurança para o seu uso no dia a dia”, conta.
Segundo ela, trabalhar no CME é apaixonante e desafiador. “É um setor que busca sempre inovações nos processos de trabalho, garantindo a qualidade e a segurança nos materiais processados. É impossível não haver a presença do CME em uma instituição de saúde”, afirma.
Manutenção
Também seria impossível manter um hospital com todos os equipamentos e toda a sua estrutura elétrica funcionando sem o setor de Manutenção. O técnico em eletrotécnica Jalmir José de Paula está na Maternidade Odete Valadares (MOV) há 13 anos e conta um pouco da rotina, muitas vezes agitada, do setor.
“Nossas demandas vão das mais triviais às mais complexas. São problemas na parte de eletricidade, eletrônica, nos geradores, nos suprimentos de gases. Estamos aqui sempre prontos para colaborar com tudo que está diretamente ligado à assistência do paciente”, afirma Jalmir, que já foi responsável por vários projetos na unidade, como o desenvolvimento de um circuito de bombas geradoras de vácuo clínico. “Aqui na MOV, elas são utilizadas pelos fisioterapeutas na sucção de secreção nasal dos bebês e pelos cirurgiões para sugar todo o tipo de líquido gerado no momento da cirurgia. É uma bomba sempre monitorando a outra, porque se uma falhar o procedimento não será comprometido”, explica.
Exames
Maria Auxiliadora Martins de Mello Vianna é coordenadora do Laboratório de Patologia Clínica do Complexo Hospitalar de Urgência (Hospital João XXIII, Hospital Infantil João Paulo II e Hospital Maria Amélia Lins) da Fhemig, onde são realizados cerca de 100 mil exames por mês, durante 24 horas. “Em todas as etapas, temos requisitos que precisam ser cumpridos para garantirmos um resultado seguro no menor tempo possível. Contamos com as melhores tecnologias analíticas, que garantem agilidade e precisão nos resultados”, afirma.
Segundo ela, o Laboratório ainda participa da residência multidisciplinar e promove meios para o desenvolvimento da assistência, do ensino e da pesquisa no campo da Patologia Clínica, além de realizar ou sugerir procedimentos mais apropriados, de acordo com a interpretação dos resultados.
“Nos dedicamos para entregar o que há de melhor. Nosso compromisso com a qualidade é constante e nos sentimos gratos por saber que fazemos a diferença para oferecer uma assistência de qualidade no Complexo Hospitalar de Urgência e nas demais unidades da Rede Fhemig”, afirma a coordenadora.
Abastecendo as unidades
Carla Denise Alves da Conceição também é coordenadora, porém do setor de Suprimentos e Bens Patrimoniais central, onde são controlados os estoques de segurança para os itens de consumo de toda a Rede Fhemig.
“Estocamos materiais de consumo utilizados nos hospitais e nas áreas administrativas, garantindo o bom funcionamento das unidades da Fundação. Por meio da Gestão de Estoque, temos conhecimento das quantidades dos itens a serem repostos, abastecendo continuamente toda a Rede. Esse processo inclui planejamento, aquisição de materiais, emissão das autorizações de fornecimento, recebimento dos itens, incluindo os medicamentos, identificação, armazenamento e distribuição”, explica a coordenadora.
Limpeza
Vera Lúcia Moreira Maia de Siqueira também destaca a importância do serviço prestado pelo seu setor. Ela é servente de limpeza na Casa de Saúde Padre Damião (CSPD) há 17 anos e trabalha no hospital da unidade. “Não há funcionamento de um hospital sem o profissional da limpeza. Meu serviço é realizado em conjunto com a equipe médica e de enfermagem. Trabalhamos lado a lado, um dependendo do outro”, afirma Vera Lúcia, orgulhosa do trabalho que presta na CSPD. “É uma honra e um enorme prazer poder trabalhar no lugar onde eu nasci e cresci”.
Gestão de pessoas
Selecionar os profissionais que vão trabalhar no hospital é parte do serviço de um dos setores que estão sob responsabilidade da coordenadora de Gestão de Pessoas da Casa de Saúde Santa Izabel (CSSI), Thamyres Fernnanda Brei Gil Barros. “A Gestão de Pessoas é composta por três setores: Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP), Recursos Humanos (RH) e Saúde e Segurança do Trabalhador (SST). Nosso trabalho é realizado nos bastidores da assistência hospitalar, e é por meio do serviço que ofertamos que os profissionais recebem treinamento e são capacitados, recebem cuidados e orientações necessários para a manutenção da sua própria saúde e segurança”, exemplifica a coordenadora.
Assim como eles, outros profissionais de diversos setores que apoiam o funcionamento dos hospitais contribuem efetivamente para que os serviços sejam possíveis e oferecidos com a melhor qualidade aos usuários.