Ivan Santos – Jornalista

“Não existe almoço grátis”. Esta declaração há décadas foi atribuída ao professor da Universidade de Chicago (EUA), Milton Friedman, ganhador de um Prêmio Nobel de Economia. Observação verdadeira. Se alguém entrar num restaurante, comer e sair sem pagar, outra pessoa pagará por ele o custo da refeição. Esta é uma realidade incontestável.

O presidente Capitão Mito Bolsonaro já manifestou a intenção de aprovar um novo Bolsa Família turbinado para encantar os pobres no ano que vem e conquistar-lhes os votos para a reeleição. Bolsa Família com outro nome, possivelmente “Renda Brasil” com a marca registrada do Mito da Direita.

A bondade acenada pelo Mito Liberal tem a cara e a marca do Bolsa do PT que foi copiada da Bolsa Escola lançada pelo presidente Fernando Henrique. Nada além de uma transferência de renda. Com a mesma finalidade o governo sinaliza que vai reduzir o imposto de renda pago por empresas. Como não há sinais de que haverá uma reforma administrativa para reduzir despesa, o dinheiro para as benesses deverá sair de algum lugar. Alguém vai ter que pagar a conta do almoço.

Os principais jornais desta sena informaram que há estudos no Ministério da Economia para cortar R$ 30 bilhões da carga tributária. Bondades para as empresas. Nada mais jutos, mas sem reforma administrativa o governo precisa buscar compensação em outros setores. Uma das hipóteses é acabar com o “Vale Refeição”. Se for verdade, os trabalhadores pagarão diretamente a conta e ainda serão penalizados pela inflação, pelo desemprego e pela redução e congelamento dos salários. Um raio potente poder cair sobre o telhado das casas dos pobres trabalhadores da Terra de Santa Cruz.