Ovitrampas, como são chamadas, são fundamentais para o controle do mosquito, principalmente no período chuvoso
Secom/PMU
Mesmo com o período de chuvas mais frequentes, os números de reprodução do Aedes aegypti registrados através do monitoramento feito nas ovitrampas apontam um pequeno aumento. Esse é um dos trabalhos desenvolvidos pelo Programa de Controle da Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde. A instalação das armadilhas em todas as regiões da cidade é uma forma de fazer o monitoramento em tempo real do comportamento do Aedes aegypti, além de tornar as ações de combate mais efetivas e, assim, alcançar o controle da proliferação das doenças causadas pelo vetor.
Nas últimas três semanas, o aumento no número de ovos encontrados nas armadilhas foi de apenas 13,6%, sendo que da última semana para a atual, esse aumento foi de apenas 0,14%. “Esse é um instrumento que mostra a presença do mosquito, principalmente onde estão as fêmeas, já que é um acompanhamento feito pela quantidade de ovos. É um monitoramento minucioso, com data marcada, e de forma permanente. Queremos saber onde o mosquito surge, onde está a maior infestação. A ovitrampa nos traz essas informações para direcionarmos de forma mais precisa as ações”, explicou o coordenador do Programa de Controle da Dengue, José Humberto Arruda.
A armadilha é constituída por um vaso de planta preto, preenchido com água em que foi adicionada uma substância atrativa para o mosquito, que fica posicionado em um local e simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto. Dentro do recipiente, há uma palheta de madeira que facilita que a fêmea bote os ovos. A partir disso, a equipe do Centro do Controle de Zoonoses começa a realizar a coleta do material semanalmente para a contagem dos ovos, definindo assim a população do mosquito num raio de nove quarteirões.
No início da ação, eram 960 armadilhas instaladas. Atualmente, já são 1.093. Com o aumento das chuvas nesta época do ano, os trabalhados com a ovitrampa são intensificados pois as armadilhas permitem um monitoramento mais próximo e detalhado do comportamento do mosquito. E mesmo com o aumento pequeno, é preciso continuar alerta e intensificar as ações de combate à proliferação do mosquito.
“As três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são graves, por isso é importante que todos fiquem alerta a possíveis focos. Todo cuidado é pouco quando a nossa saúde está em risco. Uberlândia tem apresentado bons números, resultado das ações assertivas estabelecidas pela Prefeitura de Uberlândia. Com o empenho da população fechando bem os tonéis, caixas e barris de água, guardando pneus em locais cobertos, limpando as calhas e não deixando água acumulada sobre qualquer superfície, a cidade terá cada vez menos casos”, destacou o coordenador do Programa de Controle da Dengue do CCZ, José Humberto Arruda.
Cuidados em casa
Evitar manter recipientes que acumulem água sob vasos de plantas ou mesmo enchê-los de areia até a borda é uma das orientações para manter o mosquito longe das casas. O quintal deve ser vistoriado frequentemente para que não haja sacos plásticos e qualquer outro material – mesmo os pequenos, como tampinhas de garrafa – que possam represar a água. Quem tem piscina precisa se comprometer a mantê-la sempre com água limpa e tratada com cloro. Em situações que a casa esteja desocupada, ou fique sem monitoramento por um longo período, o proprietário deve informar ao CCZ para que a piscina receba o peixe lebiste, que é um predador natural da larva do mosquito.
As lixeiras e sacos devem ser bem vedados e mantidos fora do alcance de animais. Garrafas de vidro e latinhas precisam ser esvaziadas e armazenadas de boca para baixo. Dentro de casa, orienta-se tampar os ralos de pia e banheiro.
‘Udi Sem Dengue’
Lançado no fim do ano passado, o aplicativo “Udi sem Dengue” segue disponível para download nas lojas da Google Play e Apple Store. A ferramenta é mais um aliado da população no combate ao Aedes Aegypti, pois permite uma interação direta com a equipe do Programa de Controle da Dengue. Por meio do aplicativo, a população pode enviar fotos, vídeos e mensagens de texto ou voz alertando as equipes sobre possíveis criadouros do mosquito.
Além do canal direto com a população, o “Udi sem Dengue” ainda funciona como um gerenciador das ações, auxiliando os agentes no monitoramento em tempo real das ovitrampas (armadilhas que permitem o rastreamento do mosquito) distribuídas pela cidade, bem como as piscinas e reservatórios cadastrados para a inserção do peixe lebiste.
Contatos CCZ
Telefone: 3213-1470
Aplicativo: “Udi Sem Dengue”, disponível para Android e iOS