Ivan Santos – Jornalista

O isolamento que nos foi imposto pelas autoridades sanitárias para evitar a superlotação dos hospitais durante a crise do Coronavírus, nos impediu de avaliar diretamente a intenção das pessoas próximas a nós sobre votos em candidatos a presidente da República.
A mídia nacional cometeu um erro histórico ao divulgar intensamente narrativas de oportunistas irresponsáveis que classificaram políticos como corruptos, malfeitores e incompetentes. A verdade é que em toda comunidade humana há pessoas honestas e desonestas. Não se pode jogar todos num círculo igualitário porque nem todos são honestos ou desonestos.
As acusações de improbidade lançadas coletivamente aos políticos fizeram com que a massa popular que nada lê e hoje se informa por fakes (informações falsas) veiculadas pela internet, fizeram com que grande parte da sociedade brasileira deixasse de procurar um candidato experiente, bem preparado para governar, confiável e honesto. Grande parte dos eleitores hoje acredita que todos os políticos são desonestos. Resultado: a massa vota em qualquer um porque não confia em nenhum dos candidatos.
As pesquisas de intenções de votos a 11 meses da eleição servem para que os partidos negociem apoio a este ou aquele candidato e não representam o comportamento futuro dos eleitores. O ato de votar no futuro é incerto. Muitos eleitores serão influenciados por boatos e mentiras espalhados pelas redes sociais e por fatos que ocorrem durante a campanha. Até agora não há candidatos, mas simplesmente algumas pessoas que manifestaram a intenção de governar o Brasil. Até a hora de definir candidaturas muita água vai rolar por baixo da ponte. A saída racional é esperar com paciência até o dia da eleição no primeiro domingo de outubro do ano que vem.