Ivan Santos – Jornalista
Quando Romeu Zema assumiu o Governo de Minas no primeiro mandato, a dívida do Estado para a União era de R$ 60 bilhõs. Zema elegeu como prioridade pagar salários em dia para os servidores e pagar as dívidas às empresas privadas credora. Recebeu uma moratória por causa da Pandemia da Covid e se esqueceu da divida à União.
Zema assumiu o poder no Estado com um segundo mandato e não foi renegociar a dívida com a União. A dívida cresceu e hoje está em R$ 120 bilhões. Nesta semana, em Brasília, Zema aceitou uma proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir juros da dívida em troca de investimentos do Estado para fortalecer ensino técnico em Minas.
A redução foi um alívio, mas a enorme dívida está em aberto. Há uma proposta para o Estado entregar a Cemig ao Governo Federal para abater a dívida. A Cemig é uma empresa valiosa. No final do ano passado o valor da estatal no mercado era R$ 19 bilhões. Não resolve muito para abater uma dívida de R$ 120 bilhões.
Essa questão da dívida dos Estados é muito complexa e grandes unidades da Federação então enroscadas com um problema maiúsculo de difícil solução. Quanto mais o tempo passar mais o volume dos juros a pagar crescerá sem controle. Este é um problema que só pode ser resolvido com uma ação política.
A dívida dos estados precisa ser resolvida com uma ação política forte. Minas poderá dar a Cemig e outros bens de valor. Imóveis por exemplo, para reduzir a perto de zero a dívida. Os outros Estados também poderão fazer o mesmo. Como está não pode continuar porque o peso da divida está sendo carregado pela população. Até quando?!
Zema não paga, ganha redução dos juros e ainda mantêm uma boa política com os servidores. Não é a toa que é um empresário muito bem sucedido. O autêntico “comiquieto”.