Iniciativa reunirá informações e contribuirá para o planejamento de políticas públicas voltadas para a cultura e para a economia da criatividade

GOV. MG

Um grande banco de dados com informações sobre as bibliotecas públicas e comunitárias do estado, os museus, equipamentos e espaços culturais, além de profissionais e empresas da cultura. Assim pode ser definida a plataforma Minas Criativa, lançada pelo Governo de Minas e que está disponível para acesso no site da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).
O objetivo é realizar um amplo cadastro, organizar e compartilhar informações e indicadores estratégicos, que permitam análises detalhadas, as quais contribuem para o planejamento de políticas públicas. No caso dos profissionais, por exemplo, será levado em conta o segmento em que atua, a função, etnia, faixa etária e gênero, dentre outros aspectos. O mapeamento e monitoramento de espaços e equipamentos culturais também será georreferenciado, ou seja, permitindo a sua localização precisa nos municípios do estado.
Outro ponto acrescentado pelo diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim, é o fato de a plataforma Minas Criativa trazer uma otimização do trabalho desenvolvido pelas diretorias da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade.
“Por meio do nosso Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, o maior do país, inclusive, realizamos um cadastramento periódico de cerca de 800 instituições e esse processo era todo feito no papel. As bibliotecas mandavam os documentos e, em seguida, nós fazíamos essa atualização. Agora o processo será muito mais prático, rápido e autônomo, as bibliotecas poderão fazer esse cadastro por meio da plataforma e manter os dados sempre atualizados e georreferenciados”, explica Amorim.
A vantagem da construção desse banco de dados é a possibilidade de integração ao Sistema Nacional de Cultura, gerenciado pelo Ministério da Cultura. Isso facilitará a construção de diagnósticos relacionados aos setores culturais, o que é essencial para a elaboração de ações mais direcionadas e efetivas.
“A partir disso, nós podemos pensar, por exemplo, em editais específicos para as bibliotecas a partir dos diagnósticos, que levaram em conta as principais necessidades e desafios enfrentados pelos equipamentos”, acrescenta Amorim.
Módulos
A plataforma Minas Criativa foi lançada com dois primeiros módulos: um é o das Bibliotecas Públicas e Comunitárias, que permitirá o cadastro desses equipamentos, sendo essa uma ação prevista dentro do programa Minas Literária, lançado em 2023. Esse cadastro será também uma ferramenta de gestão de informações eficiente, que contribua para a melhoria da administração das bibliotecas públicas e comunitárias do estado.
Por meio da plataforma Minas Criativa será possível centralizar e padronizar os dados cadastrais dessas bibliotecas, facilitando o acesso, a atualização e a manutenção dessas informações, bem como promover a cooperação entre as instituições envolvidas e os diferentes níveis de governo.
Para as bibliotecas públicas e comunitárias haverá maior visibilidade e alcance, tornando-as mais acessíveis para o público e para os órgãos públicos. Isso pode contribuir para atrair um maior número de visitantes e leitores, fortalecendo o papel das bibliotecas como centros culturais e educacionais em suas comunidades.
O outro módulo é o Banco de Profissionais da Economia Criativa. Esta será uma oportunidade para artistas ou técnicos integrarem o cadastro oficial do Sistema de Informações e Indicadores Culturais, que faz parte do Sistema Estadual de Cultura de Minas Gerais, e terem maior visibilidade para possíveis contratantes dos seus serviços. O propósito é exercer o potencial de articulação do Estado, contribuindo com as cadeias produtivas da cultura e da arte para além dos mecanismos de fomento e financiamento.
“A plataforma vai abarcar dados de todos esses profissionais e vai compor o Sistema Estadual de Informação e Indicadores Culturais, que é tão necessário. É muito importante essa iniciativa, porque ela também permite uma comunicação entre as regiões, entre os diversos setores da cultura, tudo isso dentro da mesma plataforma”, completa a vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural, Aryanne Ribeiro, que também é titular da cadeira de audiovisual e novas mídias.
A plataforma Minas Criativa também atende à ação prevista no Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais, a qual prevê a criação de bancos de dados consistentes sobre os profissionais da cultura, com cerca de 900 funções ligadas aos setores criativos. A iniciativa consolida, portanto, um percurso de dez anos de preparação, tendo início em 2014.
“Esse trabalho faz parte do que está proposto no Plano Estadual de Cultura, o qual foi elaborado junto com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec). Então, agora nós reforçamos o pedido para que todos os artistas, técnicos, agentes públicos de bibliotecas e museus façam os registros necessários, para que possamos construir um cadastro confiável e potente das nossas políticas públicas”, completa a subsecretária de Cultura, Nathalia Larsen.