Ivan Santos – Jornalista
Sou do tempo que adversários políticos conversavam socialmente uns com os outros, se visitavam socialmente e viviam numa relação amistosa. Um era eleitor da UDN – União Democrática Nacional, partido conservador da direita e outro era do PSD, Partido Social Democrático, conservador, no qual se abrigavam os fazendeiros. Os trabalhadores e os pobres eram do PTB – Partido Trabalhista Brasileiro fundado pelo presidente Getúlio Vargas. Viviam todos em hamonia, cada um no seu canto. Nas eleições os pobres votavam no PTB, a classe média alta votava na UDN e os ruralistas votavam no PSD. Passadas as eleições todos voltavam a viver em harmonia e respeitava o resultado das eleições.
Fico triste quando percebo que os atores políticos hoje são inimigos. Um ator da direita, que não sabe o que é um político de esquerda, trata o adversário como inimigo. Nas redes sociais muitos cultivam discursos de ódio contra os adversários. Gente que se intitula “de direita” sem saber o que isto, realmente, quer dizer, considera o adversário como comunista sem saber o que representa a ideologia comunista no processo político.
É triste sabe que ventenas de pessoas estão presas porque não reconheceram o resultado da última eleição e foram a Brasília destruir móveis e obras de artes em repartições públicas esperando que as Forças Armadas entrassem em cena para impedir o governo que foi eleito pelo povo; Foi uma palhaçada até agora inexplicada pela razão.
Estamos vendo crescer um engajamento político pelo ódio aos adversários sem saber onde isso vai terminar. O ódio no relacionamento político com adversários é uma anomalia social anda não explicado pela razão. É um fenômeno motivado por estupidez e ignoraria da diversidade política que há numa sociedade civilizada e livre. Este atento para ver no que vai resultar o ódio na política. Esta é uma novidade ainda sem explicação no sociedade moderna.