Ivan Santos – Jornalista
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu por unanimidade, nesta semana, que a Taxa Básica de Juros vai continuar como era: 10,5% ao ano.
No dia anterior o Presidente da República, Lula da Silva, ao falar sobre o assunto, disse que os juros não baixavam porque o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto não queria e assim ele prejudicava os brasileiros. Pura jogada política para iludir os seguidores do credo petista.
Os quatro diretores do Banco Central, nomeador pelo Presidente Lula, votaram pela manutenção da Taxa em 10,5. Lula apenas jogou para a plateia que espera por milagres.
Política é encenação. A realidade é uma coisa. O que quer o Presidente passar para manter animada a massa popular é outra coisa. Quando desancou o presidente do Banco Central, Lula já sabia que os quatro representantes do Governo no Banco Central votariam pela manutenção da Taxa Selic como estava.
A Taxa Alta de juros beneficia os bancos que emprestam muito dinheiro ao governo. Só há uma saída a longo prazo para o governo reduzir a taxa de juros. Gastar menos e contabilizar superávit todos os meses para reduzir o endividamento. Esta é uma história que se arrasta no Brasil desde a proclamação da República.
A dívida pública do Brasil está hoje em mais de 6,7 trilhões. O Governo pagou em 2022, com Juro Básico de 13,3%, a quantia de R$ 586 bilhões de juros. Esse dinheiro poderia melhorar a saúde, a educação e a segurança.
Nos dias atuais, o Governo do Presidente Lula continua a gastar mais do que arrecada. Assim, a Dívida Pública continua a crescer e a vida dos brasileiros endividados continua a piorar. Só para manter os partidos políticos o Governo retira do Orçamento da República mais de R$ 5 bilhões. É uma farra irresponsável!
Parabéns, Ivan, pelo seu artigo. É preciso entender de economia política e explicar tão bem e com tanta clareza como você o fez, para que a gente reconheça que os governos não podem fazer as coisas ao seu bel prazer. Há regras na economia e estas regras determinam o que se pode e não o que se quer…