Município conta com infraestruturas e políticas públicas que otimizam a captação e distribuição de água com qualidade e eficiência, além de estimular o uso racional da água por parte da população
Divulgação/Dmae
A gestão responsável no setor de saneamento básico conduzida pela Prefeitura de Uberlândia, por meio do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), tem trazido maior segurança hídrica à população. Mesmo após cinco meses de estiagem, período em que o Governo de Minas chegou a decretar mais de 130 municípios mineiros em situação emergencial, Uberlândia seguiu garantindo captação e tratamento de água de qualidade suficiente para atender toda cidade, sem risco de desabastecimento, com apoio de diversos investimentos estratégicos realizados nos últimos. Neles estão inclusas obras estruturais, empregos de tecnologia, políticas de preservação e conscientização ambiental para redução do risco de vazamentos, otimização da captação e distribuição, recuperação de mananciais e orientação quanto ao uso racional da água e combate ao desperdício desse recurso.
Para se ter ideia, no período que foi apontado como uma das piores secas da história do País, a média do consumo de água tratada pela população uberlandense chegou a atingir picos, em várias ocasiões, de mais de 300 litros por pessoa – quase o triplo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é 110 litros/dia. Ainda assim, por meio de manobras hídricas aliadas aos novos sistemas de distribuição entregues nos últimos dois anos, os níveis dos reservatórios da cidade se mantiveram satisfatórios, garantindo atendimento contínuo à população.
Três estações
Com 3 anos de operação, a estação de tratamento de água (ETA) Capim Branco reforça, desde agosto de 2021, o abastecimento municipal ao lado das ETAs Sucupira e Bom Jardim. Os sistemas captam e produzem até 5 mil litros de água tratada por segundo, enquanto o consumo, nesses meses de seca, alcançou 3,5 mil litros por segundo. A ampliação foi planejada pela gestão Odelmo Leão com base em estudos que consideraram a evolução do consumo e o crescimento populacional, permitindo que se opere com maior estabilidade diante de diferentes cenários, incluindo o de estiagem.
O diretor-geral do Dmae, Renato Rezende, explica que, com o sistema Capim Branco, que capta a nível estático, o Dmae consegue suprir os demais quando necessário. “Hoje a captação e distribuição de água em Uberlândia tem capacidade para abastecer toda população até mesmo em cenários de escassez. Isso é uma grande conquista para a cidade”, comenta.
Rezende reforça que, mesmo com capacidade de produção muito superior à demanda, o consumo exagerado por parte da população pode prejudicar a distribuição para alguns setores específicos da cidade. “É importante em períodos secos e quentes que a água seja utilizada para fins prioritários, evitando usos desnecessários, como efetuar troca da água de piscina ao invés de tratá-la ou lavar calçadas”.
Investindo em segurança hídrica
Para garantir a segurança hídrica no Município, o Dmae vem investindo na captação, tratamento e distribuição de água para todas as regiões da cidade. Desde 2017, o aporte supera os R$ 351 milhões.
Além da entrega das obras da ETA Capim Branco, o Dmae já realizou a construção de mais de 200 km de novas redes de água e a instalação de 17 km de novas adutoras. Para mais, a ampliação do Centro de Reservação São Jorge, que está com as obras avançadas e deverá entrar em operação em breve, aumentando a capacidade de reservar e fornecer 6 mil litros de água tratada para os bairros do entorno do São Jorge e Glória e melhorias estruturais nas ETAs Sucupira e Bom Jardim.
Para a obtenção de dados em tempo real desses consumidores, incluindo vazamentos ou desperdício de água e o consumo de água por usuários, o Dmae utiliza um sistema de telemetria com IoT (sigla para internet das coisas em tradução livre), tecnologia que permite otimizar os processos e oferecer uma eficiência aprimorada. Desse modo, o Dmae utiliza medidores inteligentes para monitorar o consumo de água por usuário e isso permite que o departamento identifique quem está consumindo água em excesso e ajude a reduzir esse consumo.
“Para manter todo o sistema em funcionamento, estamos investindo cada vez mais em sua automação e na ampliação dos nossos centros de reservação, como a construção do CR Alvorada, que levará a água de Capim Branco para os moradores do Morumbi, e a ampliação do CR São Jorge, que vai garantir o abastecimento em uma das regiões com maior crescimento demográfico da cidade, além da adutora do Santo Inácio”, lembrou Renato.
Educação e sustentabilidade
Em outra frente de trabalho em prol do saneamento básico, o Dmae realizou, com o Programa Escola Água Cidadã (Peac), um total de 3.733 atividades de educação ambiental, atendendo um total de 249.002 pessoas de 2017 até agosto de 2024. Além disso, o programa Buriti, criado em 2008 com o objetivo de proteger, recuperar nascentes e fazer o plantio de matas ciliares, já executou o plantio de 548 mil mudas nativas, cercando aproximadamente 688 mil metros lineares. Com estas ações, aproximadamente 7,5 mil hectares de Área de Preservação Permanente (APP) foram preservados.
Por outro lado, a autarquia também investe em sustentabilidade e destinação correta dos resíduos recicláveis, por meio da Coleta Seletiva. O programa, de janeiro a julho deste ano, retirou mais de 4 mil toneladas de materiais do aterro sanitário. Somente de papel e papelão, foram quase 2 mil toneladas recicladas, o equivalente a 58,3 mil árvores que deixaram de ser derrubadas.
TTTT
Em valores reais, a Coleta Seletiva gerou uma economia de R$ 541 mil para a autarquia e rendeu R$ 1,6 milhão para as associações e cooperativas com a comercialização dos materiais recicláveis, gerando trabalho e renda para mais de 120 catadores.