Ivan Santos – Jornalista

Demorou, mas a alta dos produtos alimentares começou a preocupar os atores que atuam no Palácio do Planalto. A situação é tão preocupante que foi tema da uma manifestação do presidente Lula na última segunda-feira. O presidente disse que vai se esforçar para garantir comida barata na mesa do trabalhador. A massa de trabalhadores no Brasil hoje recebe pouco mais do salário mínimo e não pode comprar todos os alimentos que garantem uma alimentação adequada de acordo com a avaliação de médicos que aturam na área do trabalho.
A escalada dos preços dos alimentos começou em meados do ano passado e não foi comentada no Palácio do Planalto. O governo sempre esteva preocupado com os dados macroeconômicos para anular as preocupações do mercado. Agora, que o debate sucessório no ano que vem já começou, o presidente disse que está preocupado com a alimentação dos trabalhadores.
O novo ministro das Comunicações, Sidônio Palmeiras, alertou o presidente que os trabalhadores não estavam interessados em índices do desempenho econômico do Governo mas sim com o preços dos alimentos que estavam acima do que todos esperavam.
Na semana passada o IBGE revelou que a alta geral dos preços relativa a 2024 foi de 4,83%. Esse índice, contudo, não refletiu a realidade do cotidiano dos consumidores que se espantaram com o que viram nas gondolas dos supermercados. Só para ilustrar este texto, o cafezinho que deve estar todas as manhãs na mesa de cada trabalhador, aumentou 39,6% e o leite longa vida subiu 18,8% seguido pela manteiga que subiu 6,13%. Esta é a inflação real conhecida pelos trabalhadores, não a do IBGE.