Gustavo Hoffay – Agente Social – Uberlândia – MG

Quando se diz a um sujeito para que ele se torne homem, de imediato esse ser compreende (ou deveria compreender) que trata-se de assumir as suas responsabilidades e passe a enfrentar desafios e problemas com honradez e denodo até às ultimas conseqüências. A sua lealdade, o seu brio, o seu caráter enfim são então interpelados e o que o levam a reagir com atitudes de pronto. E aquele que não responde ao apelo “seja homem”, refugiando-se na sua insensatez, na sua covardia, na sua pequenez e semi-atitudes, em traiçoeiros e ambíguos arranjos e em discursos recheados de mentiras e bravatas, então merece ser tratado como a um “banana”, a um “maria-vai-com-as-outras” ….e nunca como a um ser confiável, de natureza distinta, verdadeiro e do bem! E tudo isso me ajuda a constatar uma profunda realidade: existe uma atitude que caracteriza o homem pela base; é o ir até o fim, a coerência que não o permite ter medo de assumir-se como a um homem de fato, com sincero amor à verdade e à pátria pois que – essas honrosas características – exigem renúncia, o horror à indefinições covardes! Todo e qualquer cidadão brasileiro, ciente da sua responsabilidade em sociedade e necessitado de um líder que o conduza ao progresso em meio a adversidades diversas, sempre é capaz de se dobrar para servir aos ideais e objetivos sinceros, democráticos e conscienciosos de quem foi eleito para dirigi-lo mas deveria, também, ter horror, verdadeira ojeriza ao sentir-se vergonhosa e freqüentemente manipulado por aquele a quem um dia confiou o seu voto e que, claramente, tende a abusar da confiança que lhe foi conferida para tentar fazer-se centro do universo. Se tal sujeito, tal líder, levado ao trono do poder pela confiança nele depositada não corresponder às expectativas de quem o elegeu, então se torna um ser de pouca ou nenhuma valia, pois falta-lhe uma consciência sincera, reta e aberta para a verdade. E nós, brasileiros de qualquer região desta nossa imensa, linda, invejada e rica nação sabemos, ou deveríamos saber, que a maior desgraça de todo governante é a de se achar o dono exclusivo da verdade, o centro para onde devem convergir os aplausos e holofotes a partir de quem deixa-se dobrar e sorrir pelas suas insanas e superadas ideologias; um governante amorfo e sem compromisso outro senão o de evitar que seja destituído do confortável trono de um suntuoso palácio cercado ( e mesmo também habitado) por seres a ele ideologicamente submissos. É na base destas reflexões que, creio, todo patriota convicto da sua importância na honrosa qualidade de cidadão não deve deixar-se seduzir e reduzir por um governante absolutamente inapto para o cargo; pelo contrário, deve deixar revelar as suas mais sinceras e virtuosas aspirações para, enfim, tomar posse definitiva do seu amor por este país, quanto mais em momentos claramente reveladores de que estamos, todos, sendo incutidos por idéias e ações que suscitam severas e patrícias reflexões. O patriotismo, em seu estado consumado, não é senão a posse de tudo aquilo que precisamos para continuar saciando e gozando de uma democracia plena e fazendo arder, o quanto mais, o nosso amor por este país enquanto contrapondo-nos a hostis insinuações de quem se auto intitula “pai dos pobres” e conhecedor do que é o melhor para nós, autênticos patriotas e traídos em nossa confiança (até) por instituições que, antes, julgávamos defensoras da nossa reconquistada democracia.