O dinheiro para pagamentos vai acabar no Brasil e no mundo

Ivan Santos – Jornalista

O dinheiro como instrumento para pagamentos diversos pode acabar em cinco anos. Nesse período de pandemia, as pessoas em todo o mundo e no Brasil começaram a aprender a pagar comprar e compromissos com cartões e transferências digitais através de bancos ou do PIX. No Brasil os cartões de crédito e de débito tornam-se muito populares de um dia para o outro. É o dinheiro de prático nas mãos das pessoas ricas ou pobres.
A tendência indica que em menos de cinco anos à frente, a maioria dos brasileiros estará usando meios digitais para efetuar pagamentos nas lojas, nas comprar pela internet, nas prestações de serviços como transpor4tes coletivos, nos consultórios médicos dentárias, nas locadoras de carros ou de imóveis, enfim, em todas as prestadoras de serviços. Assim, o uso do dinheiro como instrumento de pagamentos ficará cada vez mais escasso até desaparecer em futuro breve.
Essa mudança que já começou vai ocorrer em todo o mundo. Primeiro na Ásia, segundo um estudo divulgado nos Estados Unidos. Depois na Europa, na Oceania, nas Américas e na África.
No Brasil as mudanças nos meios e modos de pagamentos ocorreram intensamente neste tempo de pandemias. Cresceram muito os pagamentos digitais, principalmente depois do aparecimento do PIX. As pessoas por aqui aprendem rápido que não é preciso carregar dinheiro no bolso para pagar contas nem mesmo ao motorista de um taxi. Em cinco anos ou pouco mais o dinheiro em moedas ou em cédulas de papel só será visto num museu.

Indústrias têxteis mineiras recebem certificados do Proalminas

Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão fomenta toda a cadeia produtiva no estado
O Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) reconheceu 45 indústrias têxteis mineiras, com a entrega simbólica de 56 certificados de participação – algumas com certificação para matriz e filiais.
A cerimônia, realizada em formato virtual, permanece disponível no YouTube da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) neste link. Os documentos são referentes às atividades desempenhadas entre abril de 2020 e março de 2021.
O Proalminas, que completou 18 anos em agosto, é uma importante ferramenta de incentivo a toda a cadeia produtiva de algodão e tecidos no estado. Por um lado, garante benefício fiscal às indústrias que compram o algodão mineiro, reduzindo a carga tributária incidente sobre o produto industrializado. Para o produtor rural, viabiliza incremento da renda, escoamento da produção e avanço tecnológico.
Durante o evento on-line, a secretária Ana Valentini destacou o bom desempenho do Proalminas durante esses anos e a importância de todo o complexo agroindustrial mineiro trabalhar em conjunto. “Nós temos um grande potencial no estado para o crescimento da nossa agroindústria, temos uma agricultura muito diversificada, são mais de 50 itens cultivados com grande expressão econômica que podem, com certeza, ser cada vez mais fortalecidos”, ressalta.
Resultados
Segundo o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Bovo, a política pública é comprovadamente eficaz, trazendo ganhos econômicos, sociais e ambientais. “É um programa completo e mostra que foi acertada a decisão do governo, há quase duas décadas, em investir e acreditar no setor, porque os benefícios que a gente colhe agora são a pujança na produção de algodão e também de tecidos e outros derivados em Minas Gerais”, explica.
Esses resultados foram atestados por estudo da Fundação João Pinheiro (FJP), realizado em 2020 e apresentado à sociedade em março deste ano. De acordo com a análise, a desoneração fiscal, entre 2004 e 2018, teve retorno de R$ 1,42 para cada real aplicado pelo estado (sendo R$ 0,92 na agricultura e R$ 0,50 na indústria, calculados conforme os valores de 2019). Além disso, a produtividade das lavouras cresceu 89% no mesmo período.
Proalminas
A iniciativa é coordenada pela Seapa e pelas instituições do Sistema Agricultura (Emater-MG, Epamig e IMA), em parceria com Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).
O Proalminas conta, ainda, com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura no Estado de Minas Gerais (Algominas), destinados à realização de ações e à instalação de estruturas que impulsionam a competitividade da agroindústria mineira, como a Biofábrica da Amipa, que produz agentes de controle biológico, no Norte de Minas.
Outro exemplo de aplicação do Fundo Algominas é a Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), laboratório da Amipa, localizado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A infraestrutura é referência mundial em precisão da análise do produto, com tecnologia comparável a dois concorrentes gigantes do mercado têxtil internacional: China e EUA.
Durante o evento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e vice-presidente da Amipa, Flávio Roscoe, agradeceu os esforços do Governo de Minas pela continuidade do programa. “Com certeza este é um dos programas de incentivo fiscal e de desenvolvimento à produção agrícola mais eficiente que nós temos no estado”, afirmou

CAUSOS DOS CARDOSO

Antônio Pereira*

A família Cardoso (pais, filhos, irmãos, parentes, alguns amigos) saiu de Pium-i e veio bater em Uberabinha lá por 1881. Se estabeleceram nas regiões de Dourados, Onça e Macacos, lá no Pontal. Espalharam-se pelo município. Como toda gente antiga, têm seus causos para contar:

Maria “Banana” tinha esse apelido porque seu marido, Ananias Gomes Machado, tinha um belo bananal. Certa ocasião, deu tanta banana que ele encheu um carroção e veio vender em Uberabinha. Naquele tempo, não se vendia fruta, muito menos banana. Muita gente fez pouco do Ananias, mas ele vendeu tudo. Foi o primeiro produtor a vender bananas nas ruas de Uberabinha. Quando morreu, a viúva continuou o negócio e ganhou o belo apelido que teve. Certa ocasião, seu neto, Durval, que ia para o eito, conta que a visitou na passagem. Ela lhe disse: “Meu neto, hoje ou vou m’embora. Os pombos estão voando. É o Divino Pai Eterno que veio me buscar.” Durval ficou impressionado, mas foi para o eito. De tarde, chega o José Carrijo, correndo, informando que a Maria Banana tinha falecido.

Sempre que visitava parentes, o Angelino jantava antes. Certa feita, foi visitar a irmã Luíza, casada com o Thomaz, já tarde, e sem comer nada. Sentaram e prosearam até colocar as conversas em dia. Já anoitecia, o Thomaz lembrou: Angelino, vem lavar os pés que nós já vamos deitar. Muito tímido, sem graça, com fome, Angelino comentou: “Compadre Thomaz, será que não faz mal lavar os pés com a barriga vazia?”

Naquela manhã, como era de costume, Josino, carregou o carroção de produtos hortifrúti pra vender em Uberabinha, onde compraria algumas coisas. Era cedinho. Naquela noite tinha sonhado que acharia, no Balanço (onde hoje está a Cargill), uma nota de cinquenta mil reis. Era uma fortuna. Antes de sair, comentou com a esposa, Zeca de Jesus, o auspicioso sonho. Ela riu e desdenhou: “É… vamos ver.” Ao cruzar a linha da Mogiana, no Balanço, olha a nota novinha, no chão, esperando o sonhador.

Quando o Juca de Carvalho faleceu, sua viúva, Hidraulina ficou sozinha com quatro crianças e pouco recurso financeiro. Seu pai, Zé Júlio, foi visita-la e ofereceu-lhe uma casinha perto da sua, na fazenda Córrego dos Caetanos, que lhe oferecia melhor conforto e segurança. Ela não quis, agradeceu e disse: “Meu pai, aqui, debaixo de Deus, tenho uma companhia que não me abandona nunca é o chapéu do meu finado Juca.” Contristado o velho nunca mais falou nisso. Certa noite, ela foi tomada de súbita e intensa tristeza e começou a chorar. O falecido Juca foi aparecendo devagar na porta do quarto e disse-lhe: “Não chore por mim, minha velha. Siga sua vida. Eu estou bem.” Em seguida, desapareceu. A partir daí a vida de Hidraulina mudou. Ficou alegre, ficou feliz e acabou casando-se em segunda núpcias com João Silva.

Lamartine foi sorteado e se apresentou para servir. Deram-lhe farda. Quando foi vesti-la não foi possível fechar o colarinho. Alguém que examinava os recrutas disse-lhe: “Você está dispensado.” Lamartine emocionado e feliz da vida gritou: “Graças a Deus e a você papinho!” E bateu carinhosamente no papo. O oficial examinador escutou e derrubou a alegria do menino: “Você vai é trabalhar no rancho!” Quando viu o tanto que o Lamartine derrubou a tromba, o oficial sorriu: “Pode ir embora, eu estava brincando. Papudo não serve.”
Fonte: “Entre parentes”, Waltecyr José Cardoso

*Jornalista e escritor – Uberlândia – MG

Palavras bonitas na abertura da Cúpula do Clima

Ivan Santos – jornalista

Na abertura da Cúpula de Líderes sobre o Clima, aberta hoje em evento organizado pelo governo dos EUA, o presidente Joe Biden, coordenador da reunião, prometeu reduzir as emissões de gases do efeito estufa dos EUA em 50%, em relação aos níveis de 2005, até 2030.
O presidente do Brasil, Capitão Jair Bolsonaro, prometeu que o País terá neutralidade climática e declarou: “Determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050. Entre as medidas necessárias para tanto, destaco o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030”.
O presidente da China, Xi Jinping, disse que o país que ele governa vai trabalhar em conjunto com os Estados Unidos para diminuir as emissões de carbono e que até 2060 a China vai comemorar carbono zero. Explicou Xi Jinping que “a China está ansiosa para trabalhar com os Estados Unidos a fim de melhorar a governança global. Nós lutamos por uma sociedade mais equilibrada e priorizamos o meio-ambiente porque queremos atingir nossas metas climáticas antes de 2030 e a neutralidade na emissão de carbono antes de 2060”. Os EUA e a China são os maiores poluidores mundiais.
Palavras bonitas, solenemente pronunciadas. Nós da planícies devemos confiar desconfiando sempre.