O grande faz de conta com o assistencialismo

Ivan Santos – Jornalista

Há anos o governo adotou uma política econômica baseada no manejo de ferramentas monetárias para controlar a inflação. Esta política acentuou-se nos dois mandatos do Presidente FHC. Um dos pilares dessa política, ainda hoje seguida pelo governo da República Brasileira, é o superávit primário nas contas públicas para garantir o pagamento da dívida da União. Ao mesmo tempo o governo aplica outra política de juros altos para controlar a inflação. Juros altos fazem crescer a dívida pública. Superávit primário de 4,5% do PIB mais juros básicos de 13,75% ao ano e câmbio flutuante com real valorizado e disponibilidade limitada de crédito mais uma carga tributária de 35% do PIB, representam um cenário desfavorável e pouco animador para novos investimentos produtivos.
Em um cenário como este as atividades econômicas ficam expostas aos caprichos conjunturais internos e externos. O governo comemora o superávit primário e o aumento da arrecadação de tributos a cada mês. O Estado de Minas está atrelado à dívida pública nacional, mas comemora o equilíbrio das contas públicas à custa do aumento da arrecadação e do bom desempenho de alguns setores como a siderurgia, mineração e agronegócio que foram beneficiados nos últimos anos com o aumento da demanda externa. Esta situação é circunstancial, não duradoura. A gula por arrecadação cresce em todos os sentidos. Quando a arrecadação de tributos cresce, fica menos dinheiro no mercado para aquecer a economia. O governo festeja todo aumento da arrecadação de receitas e, cinicamente, esconde o crescimento das despesas públicas alimentadas por juros elevador. A equivocada política de transferência de renda a título de pagar a dívida social custa muito ao público trabalhador. Os especialistas sabem que se combate a pobreza é com desenvolvimento econômico, não com “Cestas Básicas”. No Brasil o governo quer combater a pobreza com o “Bolsa Família”. Esta ilusão pode acabar mal, muito mal na Terra de Santa Cruz.

É tempo de cair na real e acordar

Ivan Santos – Jornalista

Não é de hoje que me preocupo com o desinteresse da juventude com as às questões sociais e problemas sociais visíveis. Por exemplo, aqui vivem milhares de estudantes universitários e não se vê manifestações ou movimentos de um só diretório acadêmico sobre a reforma do ensino, sempre em debate na sociedade. Se há debate no meio acadêmico sobre este assunto, em Uberlândia, ocorre secretamente ou só para os raros. A sociedade local segue indiferente a este assunto, embora o tema seja de magna importância para o sucesso do Brasil no futuro. A primeira grande reforma do ensino nacional ocorreu no governo do marechal Castelo Branco. Naquela época o Governo introduziu a Educação Moral e Cívica nos cursos fundamental e médio acrescida de noções de formação funcionalista nas escolas superiores. Foi um golpe na cultura geral a começar pela dispensa do ensino de filosofia nos cursos colegiais. A ideologia era simples: “a massa precisa aprender a fazer, não a pensar”. O desastre foi enorme. Hoje a maioria dos jovens não tem interesse na crítica social ou cultural. Isto representa um perigo para o futuro de qualquer país. O resultado aparece claro, vivo, evidente no comportamento da sociedade: os livros produzidos por escritores nacionais são ignorados pela massa; a música popular brasileira nos dias atuais ou é cópia de péssima música estrangeira ou simplesmente tem sonoridade, desagradável ou com mensagens medíocres; há muito tempo não aparecem no Brasil, novos pintores, cujas obras mereçam discussões intelectuais ou atenção. A dramaturgia expressiva está concentrada nas novelas de TV e nos programas de auditório das emissoras de televisão. Estamos como que, mergulhados numa escuridão medieval na qual os valores culturais são irrelevantes. As principais livrarias nacionais já fecharam. As novas obras literárias nacionais são raras. Algumas manifestações culturais de representantes da massa social são ingênuas demais e, por isto, irrelevantes. É tempo de renascimento, tigrada. É hora de acordar!

A pesada carga tributária no Brasil não será reduzida na Era Lula III

Ivan Santos – Jornalista

A carga tributária do Brasil, há muito tempo é pesada. Começou a pesar em 1965, um ano após o surgimento do movimento militar que resultou na Ditadura de 1964. Naquele ano pesava 19,0% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 1965 ocorreu a primeira grande reforma tributária que criou o ICMS e gerou mais recursos para os estados e municípios. Aquela reforma, segundo o Governo dos Militares, foi necessária porque o sistema tributário da época havia se esgotado e não gerava mais receitas destinadas à modernização do governo.
No dia 1º de dezembro de 1965 foi promulgada a emenda Constitucional nº18 que conferiu ares de modernidade ao Sistema Tributário e melhorou o potencial de arrecadação tributária. Em 1970 a carga chegou a representar 26,0 do PIB nacional. O crescimento para a época foi significativo e provocou manifestações desfavoráveis pelo País afora. No entanto, os efeitos da tributação, considerada elevada, foram anulados pelo crescimento da economia que se prolongou até meados da década de 80 resultando que no que se convencionou chamar de “Milagre Brasileiro”. Os agentes econômicos, encantados com o crescimento dos negócios, da produção e do consumo de bens e de serviços, ignoraram o crescimento da tributação.
De 1966 a 1988 o Brasil, praticamente parou, por causa das discussões em torno da nova Constituição que estava a ser elaborada no Congresso. Após votada a Constituição em 1988, as mudanças incluídas no capítulo da arrecadação tributária conferiram enorme potencial arrecadador ao governo. A partir de então a máquina do fisco passou a funcionar e, em 1994 os impostos pesavam 29,8% do PIB, número que pulou para 34,7% em 1994 e 34,7 em 2001. Hoje está na casa dos 35,5% com possibilidade de crescer ainda mais.
Os governantes dos últimos 20 anos prometeram promover uma reforma tributária para desonerar a produção, mas nenhum deles cumpriu a promessa. Lula III também prometeu reforma tributária, mas o cenário da economia e do governo indica que não haverá reforma alguma. Ninguém se surpreendida se tentar criar novos tributos em nome de uma política de mais assistência social.

Um escândalo monumental!

Ivan Santos – Jornalista

Encantada com os discursos radicais de militantes da direita nas redes sociais os eleitores do Brasil, na ultima eleição, elegeram deputados reacionários oportunistas que estão no Congresso dispostos a levar vantagem em tudo, em todas as votações e, por isto se unem e criam dificuldades para o governo.
Unidos aos deputados do chamado Centrão, os que se identificam com a direita bolsonaristas promoveram mudanças no texto da MP – Medida Provisória – que criou novos ministérios para viabilizar o modelo de governo do presidente Lula. As mudanças criaram novos ministérios, mas não alteraram as despesas da estrutura administrativa deixada pelo ultimo presidente da República.
O novo formato de governo criou dificuldade para parlamentares negocistas que reagiram comm mudanças em proposições do governo e alteraram ministérios, principalmente nas áreas ambiental e planejamento da administração.
O presidente Lula tem que encontrar uma saída para promover um acordo no Congresso até quarta-feira. Se não houver acerto a estrutura administrativa do Brasil voltará, a partir de quinta-feira, a ser a mesma deixada pelo presidente Bolsonaro.
Com as dificuldades do governo petista em montar uma base parlamentar aliada, o Congresso Nacional tem cobrado do Palácio do Planalto uma reformulação da articulação política, com mais participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Não há dúvida sobre o que querem os deputados da direita, principalmente os do Centrão. Querem mais dinheiro na forma da Emendas Parlamentares, Dinheiro para gastar nas bases eleitorais a fim de garantir privilégios e votos nas próximas eleições. Se quiser governar com maioria no Congresso o presidente precisa abrir o cofre e liberar muitos milhões para deputados oportunistas. A tal de coalização democrática para governar o Brasil hoje já tem cara de escândalo monumental.

Militar é incompetente demais!

Abro este espaço para publicar um artigo do inesquecível Millor Fernandes, jornalista carioca que se destacou por publicar textos repletos de ironia. Confira este:

Millor Fernandes – Jornalista – RJ
“Militar é incompetente demais!
Militar, nunca mais!

Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério,
honesto e progressista.
Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder,
pelas razões abaixo.

Militar no poder, nunca mais.

Só fizeram lambanças.
Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista,
que foi duplicada e recebeu melhorias;
acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos
estimulantes provocados pelos buracos na pista.

Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.

Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de
crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara,
que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

Criaram esse maldito do Proálcool, com o medo infundado de que o
petróleo vai acabar um dia.

Para apressar logo o fim do chamado “ouro negro”,
deram um impulso gigantesco à Petrobras,
que passou a extrair petróleo 10 vezes mais
(de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil);
sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.

Enfiaram o Brasil numa disputa estressante,
levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª,
trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros,
que, com a gigantesca oferta de emprego,
ficaram sem a desculpa do “estou desempregado”.

Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo
maior construtor de navios no mundo.
Uma desgraça completa.

Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os
índices de roubos e assaltos.
Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os
nossos passeios perderem completamente a graça.

Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a
construção de hidrelétricas gigantescas
(Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu),
o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de
nomes esquisitos.

O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de
lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de
alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia
elétrica a quem nunca precisou disso.

Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e
Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o
trânsito nestas cidades.

Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas,
que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade

dos russos, cubanos e chineses,
em cujos países as pessoas se reuniam em fila
nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio
para nenhum outro país.

Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes,
só porque soltaram uma
“bombinha de São João”
no aeroporto de Guararapes,
onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

Os militares são muito estressados.
Fazem tempestade em copo d’água só por causa de alguns assaltos a
bancos, sequestros de diplomatas…
ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e
senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos
escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

s de hoje é que são bons e honestos.
Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram!
Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a
ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra
os seus patrões.

Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL,
tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu
futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para
sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:
Trouxeram a TV a cores para as nossas casas,
pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército,
formado pelo Instituto Militar de Engenharia,
que inventou o sistema PAL-M.
Criaram ainda a EMBRATEL;
TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.

Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo.
Pensa!!
Depois que entregaram o governo aos civis, estes,
> nos vinte anos seguintes,
> não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
Graças a Deus!
Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Tem muito mais coisas horrorosas que eles,
os militares, criaram,
mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:
“Militar no poder, nunca mais!!!”,
exceto os domesticados.

Ainda bem que hoje estão assumindo o poder
pessoas compromissadas com os interesses do Povo.

Militares jamais!
Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas e foram
injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militares
com armas às escondidas com bandeiras de socialismo.

Os países socialistas são exemplos a todos.

ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES
CONSEGUIU FICAR RICO.
ÊTA INCOMPETÊNCIA!!!

Se não comprar apoio no Congresso Lula não governa

Ivan Santos – Jornalista

Quem acompanhou os dois primeiros governos do presidente Lula sabe eu foi ele o político executivo que criou o Governo de Coalizão. Por este modelo o Poder Executivo passou a liberar recursos do Orçamento da União para que os senadores e deputados que apoiavam o governo no Congresso pudessem oferecer obras e serviços nas suas bases eleitoras.
Com o passar do tempo alguns parlamentares foram pedindo mais dinheiro, cargos e favores do Poder Executivo para garantirem o apoio. O presidente Bolsonaro, no começo do governo ameaçou acabar com o Orçamento Participativo. Os parlamentas fizerem corpo mole na Câmara e no Senado e Bolsonaro, ameaçado por impeachment abriu o cofre e criou o Orçamento Secreto. O governo prometia liberar uma certa quantia do orçamento e, no final do governo reteve o dinheiro programado…
Lula reassumiu o governo e pensou em fazer diferente. Sem base de apoio político o governo enfrenou primeiras derrotas na Câmara Então passou a negociar com pequenos partidos que mostraram que querem ministérios, secretarias, cargos e mito dinheiro para apoiar o governo; Ninguém atua por amor a pátria. O amor maior é a reeleição.
O presidente Lula apressou-se e liberou R$ 9 bilhões em emendas negociadas ex-presidente, Jair Bolsonaro, a serem repassadas sem transparência e a conta-gotas, conforme o resultado das votações e a fidelidade dos parlamentares. Em outras palavras, trata-se da reciclagem do orçamento secreto.
O esquema consistiu em reconhecer as do relator do Orçamento (RP9) de R$ 19 bilhões, distribuídos para os parlamentares a aliados sem critérios técnicos nem transparência. Esse modelo de acordo político é uma violência aos princípios da publicidade, da impessoalidade e da eficiência. Só quem vota com o governo é beneficiado e os municípios sem padrinho no Congresso ficam ser assistência. Isto é uma vergonha!