Contra um dia especial para homenagear mulheres

Ivan Santos – Jornalista

Na bastou no Brasil ter um Dia da Mulher para comemorar e fazer louvação a elas. Os politiqueiros criaram a Semana da Mulher e não ficarei surpreso de criarem o Mês da Mulher e depois o Ano. Quando se aproximou o Dia da Mulher passado, 8 de março de vários anos passadismo escrevi:
“Aproxima-se o dia 8 de março, considerado no mundo ocidental como Dia Internacional da Mulher. No Brasil, os politiqueiros da politicagem e da politiquice aproveitam para homenagear mulheres com uma intenção: conquistar-lhes os votos para algum projeto eleitoral. Eu não comemoro nem trato esse dia como especial, simplesmente porque entendo que mulher e homem são iguais. Iguais em todos os sentidos, exceto em naturais exceções físicas. Por esta razão elementar não vejo razão para haver um dia especial para homenagear mulheres.
Há alguns anos, quando trabalhei em um grande jornal, não havia mulher na redação. Quando apareceram as primeiras, elas eram novidade e muitos duvidaram, eu inclusive, que tivessem competência para apurar ocorrências em ambientes complexos como delegacias de políticas e campos de futebol. As primeiras repórteres foram impostas pela direção do jornal. Conheci um chefe de reportagem que só escalava mulher para cobrir ocorrências sociais como desfiles de modas, avaliações culinárias e temas próximos de prendas domésticas. As mulheres sentiam a discriminação, mas, pacientemente, foram chegando e penetraram nas redações. Não passou muito tempo e a capacidade delas começou a aparecer.
Na redação participávamos diariamente de uma reunião de “Jornalismo Comparado”. Era uma análise do que fazíamos sobre o trabalho dos concorrentes. Simples: escolhíamos uma matéria de concorrência, por exemplo: um incêndio. Cada repórter via a ocorrência de modo diferente. Então comparávamos a nossa cobertura com as dos outros e assim nos aperfeiçoávamos.
Quando as mulheres começaram a produzir notícias de fatos, começamos a perceber que os textos que elas escreviam eram mais interessantes porque introduziam conteúdos humanos nas descrições. As mulheres na redação do jornal comentavam emoções humanas e assim valorizavam os textos noticiosos que, para os homens, eram restritos às respostas clássicas do lead histórico (que, quando, onde, como e por quê).
Passados alguns anos, numa reunião de avaliação da redação, um colega nosso proclamou, com coragem: “Homens da redação: uni-vos e vos aperfeiçoai porque todos, logo poderão ser substituídos por mulheres. Elas são sérias, estudiosas e mais dedicadas ao trabalho do que nós”. Ele não errou. Hoje, nas redações, principalmente de emissoras de televisão, 80% dos jornalistas são mulheres. E elas são muito competentes e criativas.
Por esta minha experiência pessoal com mulheres na redação de um grande jornal, que se repetiu com o mesmo formato na redação do jornal Correio de Uberlândia, aqui nesta cidade, eu não aprovo um dia especial para homenagear mulher. Mulher e homem são iguais perante a lei e perante a vida. No jornalismo, que foi meu campo de batalha, elas têm sido mais hábeis e mais criativas. Mulheres não precisam de homenagens. Precisam, simplesmente, de serem respeitadas como seres humanos inteligentes. Além disso, o que aparece fora da pauta é pura prosopopeia.

Endividados seguem esperando pelo Desenrola

Ivan Santos – Jornalista]

Uma das promessas de Lula Candidato a Presidente do Brasil continua a espera de decisões do Trono. E o Desenrola, um programa para ajudar milhões de brasileiros a negociarem suas dívidas. Tem muita gente endividada debaixo dos céus da pátria neste instante.
Umm mapa do calote coletivo foi divulgado na semana passada pela Serasa – empresa especializada em informações financeiras nacionais. Em março passado, segundo a Serasa, mais de 43% da população brasileira com mais de 18 anos estava endividada e negativada para comprar a crédito no comércio. Os mais endividados estariam nos Estados do Centro-oeste.
O endividamento começou a aumentar no pico da Pandemia em 2020 e está estacionado prejudicando o crescimento do comércio e da economia. Na campanha eleitoral passada o candidato Lula da Silva, que ganhou as eleições e hoje governa, prometeu criar um programa para ajudar os endividados numa eventual negociação das dívidas. O Desenrola prometido ainda não apareceu.
A realidade nacional, nua e crua indicou que em março passado 70 milhões de brasileiros estava inadimplentes com dívidas na praça, principalmente em bancos, cartões de crédito, lojas e financeiras. Muitos não pagaram nem contas de água, luz e serviços de comunicação.
Uma massa populacional de 70 milhões de pessoas sem crédito para consumir e com baixos salários, não ajuda a economia a sair do buraco onde ainda se encontra. O governo precisa apressar-se e mostrar a cara do Desenrola. Esse programa, que continua na promessa eleitoral, poderá criar condições para que as pessoas voltem a consumir bens econômicos e serviços e movimentem a economia. Como está não pode continuar.

A Reforma Tributária vai ficar só na promessa como há 20 anos

Ivan Santos – Jornalista

Há muito tempo todo vivente humano do Brasil já ouviu falar que o Congresso e o governo do Brasil estão emprenhados em aprovar uma Reforma Tributária Modena que desonere a produção e permita às empresas brasileiras competirem em igualdade de condições com os concorrentes internos e externos.
Muito já se falou em criar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) — para substituir ISS, ICMS, PIS, Cofins e IPI — e devolver parte desse tributo às pessoas de baixa renda. Nos últimos 20 anos só houve promessa de Reforma Tributária e muita discussão acadêmica e politiqueira sobre o assunto. O Congresso não aprovou até agora nem uma reforma para simplificar as tributação para as empresas que no Brasil hoje é uma parafernália fiscal. Cada Estado tem um regime para cobrar ICMS.
Hoje está no Congresso para ser discutida e votada uma geringonça fiscal proposta pelo governo para substituir o Teto Fiscal e permitir que o Governo gaste mais do que arrecada. Para os cidadão que assistem, perplexo, as manobras políticas o governo diz que procura preservar o equilíbrio fiscal e favorecer o desenvolvimento econômico.

No Congresso, parlamentares experientes e novados, unidos em partidos oportunistas, enrolam o jogo e esperam que o Governo esperam que o Governo apareça para discutir com eles como será o Jabaculê. Esse jabá é “quantos milhões o Governo está disposto a liberar para cada deputado e senador” para aprovar a Reforma Fiscal. O tal governo de coalização só se movimenta com liberação de emendas parlamentares para deputados e senadores gastarem à vontade nas bases eleitorais.
O cenário atual indica que não haverá reforma tributária neste governo e que a economia do Brasil vai continuar a crescer para baixo como rabo de cavalo até o final do governo de Lula. Igual foi nos governos de Lula I , Lula II, Dilma I, Dilma II, Temer e Bolsonaro. Nada de novo na Terra Brasililis. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.

A VERDADE COM RESPEITO AO PRÓXIMO OU A MENTIRA SEM RESPONSABILIDADE

Ivan Santos – Jornalista

Quando dei meus primeiros passados para aprender a profissão de jornalista, ouvi várias vezes do meu chefe esta advertência: Aqui respeitamos a liberdade de pensamento e de manifestação, mas com responsabilidade. Como jornalista fosse pode escrever livremente, mas respeite a verdade e o direito das outras pessoas. E concluía sempre: “O seu direito termina onde começa o direito a outra pessoa com quem você fala. Para ser respeitado você precisa saber respeitar.
Eram recomendações simples e evidentes. Todo o processo de coleta de fatos e de divulgação de informações era dentre de um princípio simples: liberdade com responsabilidade. Assim aprendemos que uma acusação deveria ser revestida de provas. Acusação sem prova era difamação ou calúnia e que isso era crime.
Hoje, na era das Redes Sociais, em nome da liberdade de pensamento, uma posso, sem prova e sem conhecimento de votos, acusa outra e não se sente culpada. Pior se defendem nome de uma suposta liberdade de pensamento. Este assunto está na ordem do dia é é tema em discussão no Parlamento da República através de um Projeto de Lei das Fake(falsa) News (notícia).
A Câmara Federal marcou para hoje, terça-feira, 2 de maio, a votação o do PL (Projeto de lei) das Fake News. É uma tentativa de criar uma regulamentação para plataformas digitais e introduzir o critério de liberdade com responsabilidade em vigor no jornalismo tradicional nacional.
O PL já causou muitas discussões porque muitos congressistas defendem as informações falsas como direito de cada um falar e escrever o que quiser sem responsabilidade. A regulamentação das informações tem apoio do governo e forte resistência na oposição e das grandes redes sociais. O assunto está quente e nos próximos dias vai dar muito o que falar. Muitos astros e estrelas nasceram e cresceram como divulgadores de mentiras e falsidades. O povo deve meter o bedelho nessa discussão e dizer o que quer. A verdade com respeito ao próximo ou a mentira sem responsabilidade

O Brasil espera a instalação, amanhã, da CPMI do Vandalismo

Ivan Santos – Jornalista

O mundo político e os cidadãos preocupados com o Brasil no presente e no futuro esperam, para amanhã, a leitura na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) a leitura do pedido de instalação das investigações sobre os atos de vandalismo na sede dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, no dia 8 de janeiro passado, em Brasília.
No princípio, o governo resistiu à instalação da CPMI sob a alegação de que as investigações poderiam atrapalhar o andamento natural das votações de projetos essenciais no Congresso.
A sociedade democrática do Brasil pressionou os congressistas e os fez ver com clareza que os atos de vandalismo ocorridos no passado 8 de janeiro e as acusações da oposição de que o governo fora conivente com os vândalos, obrigou a camada esclarecida do Congresso a optar pela CPI. Então que se instale a CPI e que as investigações apliquem a lei sobre os responsáveis pelo vandalismo e por agressões antidemocráticas. Quem violou a lei e a ordem democrática que pague pelo que vez com irresponsabilidade seja da esquerda, do centro ou da direita.
Os membros do Poder Legislativo não poderão ignorar os atos de vandalismo cometidos irresponsavelmente no passado dia 8 de janeiro. Atos que ignoraram as leis em vigor no País e resultaram em desordem sem responsabilidade. Que cada ator e atriz preso em Brasília ou que a distância financiou a desordem responde pela maldade que praticou ou ajudou a praticar. A CPMI tem tudo para virar um circo, mas a sociedade poderá se posicionar e cobrar responsabilidade de todos os parlamentares.
Tem gente que espera a instalação da CPMI para iniciar um espetáculo mistificador para encobrir a realidade. Muitos não querem investigar nem apurar a verdade sobre o que ocorreu. Querem, sim, é criar uma parafernália para confundir a opinião pública e denegrir adversários políticos.
Se não houver acidente de percurso, a CPMI da Verdade vai começar amanhã e os deputados e senadores nela envolvidos terão a responsabilidade de passar o Brasil a limpo e garantir que quem cometeu vandalismo pague na forma da lei após submeter-se ao devido processo legal. É hora de mostrar ao mundo que a democracia no Brasil não é uma formula desclassificada e enganosa. É democracia de verdade com responsabilidade de todos.

Haddad parece assustado com as fantásticas renúncias fiscais do Governo

Ivan Santos – Jornalista

Por falsa generosidade e politicagem sucessivos governos passados entre os quais os do PT ofereceram benefícios fiscais e hoje o Tesouro da República deixa de arrecadar mais de R$ 600 bilhões por ano. É muito dinheiro que vai para o bolso o o caixa de alguns espertinhos nacionais e estrangeiros.
No fim da semana passada, assustado com essa farra com dinheiro público, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse sobre as renúncias fiscais mantidas neste ano: “Queremos abrir benefícios fiscais CNPJ por CNPJ”. Foi uma declaração enfática que revelou apenas um desejo. O que ainda ninguém sabe é se o ministro vai ter força política para por em prática a intenção e acabar com os famosos benefícios fiscais.
Segundo o ministro da Fazenda, a Advocacia Geral da União, a pedido dele, prepara uma lista de CNPJs das empresas que hoje são beneficiadas por renúncias fiscais e subsídios que os políticos denominam simplesmente como “gastos tributários”.
Muitos setores organizados da sociedade civil já protestaram contra os benefícios fiscais que se favorecem a alguns privilegiados amigos do trono. Na hora de acabar com as maracutaias os beneficiários acenas com desemprego em massa e fuga de empresas para o exterior até o Governo recuar e deixar as benesses como estão. Agora chegou a hora de Haddad mostrar se tem ou não força política para acabar com maracutaias, algumas quase centenárias.
A renúncia fiscal federal no Brasil é uma maracutaia maior do que o escandaloso “Orçamento Secreto e desvia mais dinheiro dos cofres públicos do que o escandaloso Mensalão e envolve gente muito poderosa que goza de benefícios incalculáveis;
O ministro Haddad sabe que tem à frente um vespeiro com abelhas ferozes. Por isto que tem por meta cortar um quarto dos privilégios – R$ 150 bilhões neste ano. Os cortes poderão começar pelos famosos “jabotis tributários”. Haddad manifestou a intenção fechar as brechas que levam muitas empresas a pagar menos impostos no Brasil. Um exemplo e a redução do pagamento de ICMS nos Estados.
Alguém já disse que rico no Brasil não paga impostos porque são premiados com incentivos fiscais e anistias reduções tributárias, abatimentos e até suspensão do pagamento de impostos, taxas e contribuições fiscais. No imposto de renda as maracutaias para os ricos são generosas.
Tem também a Tabela do Imposto Simples que nenhum político quer mexer com ela. A parafernália fiscal brasileira é tão majestosa que muitos políticos e empresários acreditam que a Reforma Tributária anunciada pelo ministro da Fazenda não passa de uma fantasia. É melhor esperar com paciência para ver que bicho vai dar até sexta-feira