“Atentado em Brasília “

Iria Dodde

O cara da bomba estava deprimido com o sistema, e isso o levou à atitude insana. Mas, hoje no Brasil quem não está ? É a direita, a esquerda, o Judiciário e o sistema como um todo, está podre, marginalizado, extorquindo a sociedade, corrompendo valores, defendida hipocritamente pelos bandidos de toga. Estes mesmos que discursam no plenário circense na maior cara de pau defendendo a democracia relativa. O cara da bomba ideologicamente não estava descompensado. A doença dele é a depressão causada por tudo que vem acontecendo no Brasil. E tem milhões nesta mesma situação.

A eternidade de Ary Barroso

*Cesar Vanucci

“Brasil, meu Brasil brasileiro, terra do samba e do pandeiro, vou cantar-te nos meus versos” (Ary Barroso, Aquarela do Brasil).

Uma audição musical da melhor supimpitude. Cuidei, eu próprio, egoisticamente, de organiza-la para exclusivo enlevo pessoal. Selecionei 32 canções inesquecíveis do repertório, de mais de 300 composições, do genialíssimo Ary Barroso. Juntei mais 13 melodias da lavra do magnífico Antonio Carlos Jobim. Passei um fim de semana inteiro em estado de puro encantamento, como é fácil imaginar.
Se os sons musicais conseguem habitualmente conduzir as pessoas a páramos de puro deleite, a música desses dois aí é capaz de provocar arrebatamento que roça o êxtase.
As interpretações de Jobim foram feitas por uma cantora portuguesa excepcional: Carminho, quem não a conhece, não sabe o que está perdendo, com saboroso sotaque, Maria do Carmo Carvalho Rebelo Andrade (seu nome completo), fadista consagrada, descobriu jeito todo especial, personalíssimo com leves toques dramáticos de espalhar os harmoniosos acordes Jobinianos.
As de Barroso são de cantores e conjuntos musicais variados, de diferentes épocas. Entre eles os inigualáveis Silvio Caldas e Carmen Miranda.
Mais do que tristeza, fica uma indignação ao constatar, sobretudo após a imersão melódica reportada que a fabulosa obra de Ary Barroso, autentico gênio da raça, esteja hoje, de certo modo, clamorosamente, encoberta pelas névoas do esquecimento, nas programações das TVs e rádios, nos espetáculos musicais que agregam grandes públicos. A “Aquarela do Brasil”, uma espécie de segundo hino brasileiro, ainda é ouvida com alguma frequência, mas, o restante das maravilhosas canções lançadas por Ary, mineiro de Ubá, por qual motivo não são divulgadas com a intensidade que fazem por merecer?
Não vacilo em proclamar que numa eventual lista das 50 mais belas músicas do cancioneiro popular brasileiro, pelo menos a metade sairia do acervo deste autor, que soube melhor do que ninguém cantar as belezas e os valores de seu país.
Ary Barroso figura obrigatoriamente entre os maiores compositores universais de todos os tempos. Criou tanta coisa bonita que talvez não seja exagero imaginar que seu repertório possa ser cantado, solfejado, cantarolado, assobiado, o tempo todo sem interrupções e sem que finde, de um ponto ao outro, numa viagem que se passa entre Belo horizonte e Ubá.

Vez do leitor. Mensagem do jornalista Orlando de Almeida: “Acompanho com muito interesse seus comentários sobre os ovinis. Não é minha praia e nem sou um estudioso e pesquisador do tema como você. Mas acredito que não estamos sós no Universo criado por Deus.”
*Da leitora Luciana, a propósito do artigo “Sinto muito, muito mesmo” (DC de março de 2023): “ Grande é o ser humano que espalha o amor. Quanta sensibilidade! Que belo texto. Parabéns pelo trabalho sempre impecável! Muito pertinente o artigo de tão grande e querido escritor”.
Aludindo a sequencia de artigos sobre ovin’s, aqui estampados, leitor que se identifica como “Observador dos céus” anota: “Prezado Jornalista, o Sr. saberia dizer mais sobre o caso citado abaixo? Sou fã dos seus artigos – Em 1986, jatos da Força Aérea foram acionados para perseguir 21 objetos luminosos que apareceram nas telas dos radares sobre São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro e que foram vistos pelos pilotos. “Era uma luz muito forte”, descreve um deles.
Proximamente, esse escriba comentará o episódio registrado pelo leitor.

Jornalista ( cantonius1@yahoo.com.br)

STF !!!

Tania Tavares ´Professora – SP

O Supremo Tribunal Federal precisa repensar as decisões monocráticas que devolvem a pessoas e instituições o dinheiro que elas admitiram ter obtido de forma irregular e ofendem nossa inteligência e os cofres públicos.

Bomba nos 3 poderes

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira – Economista – RJ

Há relatos de um suicida como suspeito no “suposto” atentado ontem em Brasília. Talvez Alexandre de Moraes tenha vibrado. Vai ocupar seu tempo relatando mais um besteirol semelhante ao 08/01. Mas as bombas reais partem exatamente de dentro dos 3 poderes. Incapazes de solucionar a crise econômica e moral que assola o país diariamente detonam petardos que assombram , envergonham e empobrecem mais o povo brasileiro. Só um milagre salvará o país.

A idiotice é o único mal que se alimenta de si mesmo!

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Políticos mal intencionados, verdadeiros abutres, têm conseguido êxito em diversos locais do planeta. Em sua maior parte, são do espectro de direita ou extrema-direita e usam normalmente alguns expedientes para se firmarem ou vencerem eleições.
Maus políticos sempre existiram em toda parte do planeta, mas impossível de entender é o fato de milhões de eleitores os seguirem, votarem e apoiarem, mesmo após gestões desastrosas.
Eles espalham mentiras e esse contingente de alienados que não procuram informações em sites, jornais e televisões, acreditam piamente e saem pelo mundo afora espalhando essas mentiras contra adversários, países e políticos.
Nos EUA, recentemente uma eleitora de Trump afirmou que a tempestade denominada de Milton que varreu a Flórida havia sido plantada pelo governo Biden. O interlocutor ficou absolutamente incrédulo diante de tamanha idiotice proferida por alguém que supostamente frequentou escolas.
Não precisamos viajar tanto e atravessar o oceano atlântico para ver e ouvir sandices muito parecidas com essas aqui no Brasil. O bolsonarismo através de seus zumbis walking dead tem muitas pérolas que dariam um livro de terror caso fossem copiladas.
A coleção de mentiras usadas à exaustão para fazer lavagem cerebral nos tolos é enorme: “O comunismo vai voltar”, “Lula vai fechar as Igrejas evangélicas”, “Lula morreu e esse que aí está é sósia”, “Os professores estão doutrinando alunos”. A lista é longa, tanto quanto inútil e sem noção.
Afinal o bolsonarismo formou patriotários através de muitas teorias da conspiração e usou como estratégia de formação de grupo ataques constantes a sistemas de verificação e de construção de conhecimento entre pares; logo, jornalistas e docentes foram usados como alvos para mobilizar por meio do medo e do ódio.
Teorias da conspiração foram tomando o lugar do pensamento crítico no entendimento da realidade. Onde diminuiu a legitimidade da educação sobre bases científicas confiáveis, proliferou o conspiracionismo base da visão de mundo bolsonarista.
O espantalho da “doutrinação” foi uma das teorias da conspiração de maior eficácia: ela colocou as crianças, símbolos da inocência, como atacadas justamente pelos/as profissionais com os/as quais elas passam um período fundamental da sua formação. Esse medo de “professores doutrinadores” que estariam “corrompendo” a infância foi cultivado por uma longa campanha onde, pouco a pouco, desde 2004, tudo que não fosse conveniente pôde ser considerado “doutrinação”, conforme a categoria docente perdia legitimidade no sistema educacional do país. (Fonte: A violência contra professores de Fernando Penna e Renata Aquino)..

A causa é a nossa casa

*Cesar Vanucci

“.O meio ambiente é a herança de nossos filhos, não uma propriedade de nossos pais.”
( Provérbio africano)

As mudanças climáticas extremas chegaram mais cedo do que se supunha. Fizeram-se amarga realidade. As tormentas e inundações no Rio Grande do Sul, somadas agora às secas causticantes e à pandemia de incêndios florestais irrompidas na paisagem brasileira devem ser vistas, com temores como advento daquilo que muitos denominam o “novo normal”. Noutras palavras: vêm vindo aí mais cataclismas. Todas as instituições precisam se aparelhar para enfrentá-los.
Todas as paragens deste nosso belo planeta azul, tão maltratado pelo desmazelo de seus povoadores, registram na hora presente diversificadas ocorrências climáticas que colocam em risco as pessoas e seus pertences, ou seja, ameaçam seriamente a vida humana e nossas conquistas.
Estiagens prolongadas, ondas de calor, queimadas intensas, umidade do ar abaixo de padrões toleráveis, inundações, violentas tempestades, têm causado situações de feroz dramaticidade. Vamos buscar na África, esquecida dos homens e, às vezes, até dos próprios deuses de sua devoção religiosa, um exemplo bastante cruel do que vem ocorrendo numa área territorial atingida em cheio pela inclemência das variações climáticas. A opinião pública mundial, tomou ciência, estarrecida, de que num país localizado no sudeste do continente, já açoitado por problemas sociais, políticos e econômicos, por conta das intempéries climáticas, a fome atingiu grau inimaginável de degradação. Faltando cereais nos armazéns, produtos vegetais nas feiras e mercados, as autoridades ordenaram fosse colocado em execução um esquema de abate indiscriminado de animais selvagens, elefantes, leões, tigres, crocodilos, girafas e assim por diante para distribuição de postas de carne à população faminta. Escusado registrar a contribuição significativa do fator desigualdade social, sempre imperante na distribuição das riquezas provenientes do laboro humano, para a deplorável circunstância relatada.
As anomalias climáticas observadas na geografia brasileira apontam aspectos merecedores de atenção especial. Um deles é o fato de as queimadas eclodirem ao mesmo tempo em todos os biomas. Isso aconteceu pela primeira vez. Por outro lado, revelam-se fortes as evidencias de que, em alguns lugares, os focos de incêndio surgiram em razão de ato criminoso deliberado, o que carece ser devidamente explicado à sociedade.
O desafio está posto. O enfrentamento é tarefa de todos. As chamas e as águas revoltas não fazem distinção política, ideológica, religiosa ou social.
As mudanças, induzidas pelo desvario humano, provocam impactos devastadores na saúde, na segurança alimentar, na segurança energética e no desenvolvimento econômico. A gravidade do problema, repita-se, convoca todos nós, independentemente de quaisquer conveniências, a unir esforços, nossos talentos, nossa disposição de luta em prol de uma causa comum. Nossa casa.

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)