AO MESTRE, COM CARINHO

Ana Maria Coelho Carvalho – Bióloga – Uberlândia – MG

Assisti ao vídeo de um menininho esperto falando da importância dos professores. Explica de forma coerente e entusiasmada que se não fossem os professores, não existiria nem médico, nem bombeiro, nem policial. Que são eles que ensinam como curar e tratar as pessoas, como fazer para apagar fogo e como prender os ladrões.

Concordo com o menininho e acrescento que ser professor é uma questão de paixão. Como disse Rubem Alves, “o educador é como uma velha árvore, como um jequitibá, por exemplo. Viceja e floresce num lugar que lhe é próprio. Ninguém o plantou e nem o viu nascer. É mistério e profundidade. Exerce sua função com amor e paixão. Assim como o estudo da gramática não faz poetas, o estudo das ciências da educação não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos, educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer.”

Assim, para o professor que é educador, a sua profissão é gratificante. É saber que o sonho é possível, é ter esperanças em um mundo melhor, é ser gente formando gente, é tornar o ato de ensinar um ato de alegria. De ensinar a construir pontes ao invés de muros.

Fui professora durante anos e anos, sempre tentando ser uma educadora. Trabalhei desde a educação pré-primária até a universidade. Comecei numa cidadezinha do interior, numa classe com 40 crianças de seis anos. Todas chamando “tia, tia” sem parar, correndo pela sala, derrubando cadeiras, rabiscando o quadro, beliscando o colega. Aquela vontade de sair correndo e nunca mais voltar. Mas tudo era esquecido quando um aluno escrevia o nome pela primeira vez. Ou, então, quando davam um beijo lambuzado e presenteavam com um desenho amassado, cheio de monstros e mal colorido, mas feito com carinho. Depois, as aulas de Ciências e de Biologia no Bueno Brandão e no Museu. Turmas grandes e muitas vezes difíceis, alunos “tô nem aí”. Centenas de provas e trabalhos pra corrigir, diários pra preencher, noites mal dormidas, aulas a preparar, dinâmicas de grupo que nem sempre funcionavam. Necessidade de entender cada aluno como ser único e a total falta de tempo para isso. Mas valeu a pena e, se pudesse, faria tudo novamente.

Depois, as aulas na UFU. Experiências marcantes, como a homenagem que recebi dos alunos em uma Semana Científica, quando cantaram para mim “Maria, Maria”, de Milton Nascimento. Pura emoção. Ou então, quando corrigia os trabalhos dos alunos e me deparava com alunos poetas. Como o André, que cursava Prática de Ensino e assim registrou no seu memorial as primeiras experiências como professor de Ensino Médio: “Percebi que adorava ser amigo da turma. Acho que era aquele cheiro de espinha e de piada boba apimentada com a safadeza ingênua das primeiras paixões. Uma época imortal que acaba passando e a gente só volta pra ela quando vira pai, professor ou redescobre algo verdadeiro perdido nos desamores da vida. Tenho escutado muito os Beatles para ver se redescubro algum amor perdido, mas só me lembrei de minha adolescência quando entrei em sala de aula. Deu vontade de mudar a vida sacudindo o mundo e por isto sou grato a meus alunos.”

Por tudo isso e muito mais, sobrevive a paixão que impulsiona os professores educadores. Aqueles que sabem, como disse Galileu Galilei, que “você não pode ensinar nada a um homem; você só pode ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo.”

Poderes independentes?

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira – Economista – RJ

As ultimas movimentações da república mostram que no Brasil os poderes não são harmônicos nem independentes. O poder executivo embora tenha perdido algumas batalhas é ainda o poder supremo no país. Indica ministros no judiciário quando este é que deveria escolher seus membros. Designa congressistas para ocupar cargos no executivo para compor interesses quando na verdade foram eleitos para cumprir seus mandatos. Judiciário e Legislativo decidindo seus salários e mordomias bagunçando orçamentos e interferindo diretamente no executivo jogando por terra qualquer possibilidade de um ajuste fiscal decente. Executivo praticando políticas predatórias de acolhimento de imigrantes enquanto grassa a miséria no país.Então não fiquem ofendidos quando dizem que somos uma republiqueta de bananas pois a promiscuidade está sem precedentes..

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A precarização da educação em andamento no Brasil!

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Professores não são pessoas comuns e pessoas comuns não são Professores. Não escolha ser Professor até que você esteja preparado para isso. Professores na Alemanha recebem os maiores salários do país. E quando juízes, médicos e engenheiros reivindicavam à chanceler Angela Merkel equiparação salarial, ela respondia: “Como eu posso comparar vocês com quem ensinou vocês?” Angela Merkel

Como que nós podemos alcançar um nível de excelência na Educação em nosso país, se os governadores de diversos Estados estão promovendo a precarização do ensino? No Brasil, 15 redes estaduais priorizam contratação ‘por temporada’, sem garantir estabilidade ou plano de carreira aos professores. Resultado: eles dão aula em mais de uma escola, ganham salários inferiores e trocam de emprego com frequência.
A condição de contratação de professores temporários é exceção, porém, os governadores que acham que estão “economizando” adotam a regra como oficial, não contratando professores concursados. Educação não é gasto, eles deveriam e talvez até saibam que educação é investimento no mais amplo sentido da palavra.
O Brasil possui centenas de milhares de escolas e, de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica de 2023, o país possuía aproximadamente 178.500 escolas. Esse número inclui escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, tanto da rede pública quanto da rede privada.
Segundo o mesmo Censo Escolar, o Brasil possuía aproximadamente 670 mil professores nas redes estaduais. Esse número engloba todos os professores das escolas públicas e privadas do país.
Os governadores não querem investir, motivo pelo qual não contratam professores concursados, não investem em modernização das escolas, compra de novas tecnologias e o aperfeiçoamento dos professores e dirigentes escolares com treinamentos e capacitações.
Na contramão do mundo civilizado, desprezam tudo isso e “gastam” recursos primordiais com a contratação de professores temporários. Com isso, o número de professores concursados é o menos nos últimos dez anos. O número de professores temporários é maioria nas escolas em diversos Estados, fazendo com que o número de temporários aumentasse 55% e o de concursados reduzisse 36%.
Nada existe contra os valorosos professores em condição de serviço temporários, são importantes e prestam serviço essencial. O que está errado são os governadores deixarem de contratar professores, médicos e demais profissionais para driblarem as leis e reduzirem seus custos. Educação é investimento, nunca foram gastos.

REVANCHE?

Tania Tavares- Professora – SP – taniatma@ hotmail.com

Gostaria de entender. O sr. Lula em nenhum momento condenou Nicolás Maduro como Ditador e vai ao Brics encontrar com vários ditadores, mas não quer a entrada de Maduro no bloco? Será uma revanche por ter sido considerado pelo “Procurador-geral da Venezuela que diz que Lula é agente da CIA e que foi ‘cooptado’ pelos EUA na prisão”.

AGORA, AO TRABALHO!

Gustavo Hoffay*

Foram-se as eleições e, além da aguardada paz e do silencio decorrentes do fim de campanhas que apelavam para estridentes alto-falantes, além de outros incomodantes assédios realizados em proveito único de candidatos diversos, agora é chegado o momento de (mais) reflexões e expectativas acerca do que teremos pela frente quanto à administração deste município. Passamos por fases distintas, principalmente no decorrer dos trinta dias que antecederam as eleições. Uma delas foi o já tradicional e infeliz período de acusações e comportamentos indevidos e que surgiram de ( e para quase ) todos os lados, o que causou grande espanto e frustrações entre uma considerável parcela de eleitores. Sim, um tsunami de ataques que infelizmente embotou a divulgação de propostas e programas para o desenvolvimento desse município e as soluções para grandes problemas que, muito infelizmente, ainda insistem em enervar uma considerável parcela da população desta que é a segunda maior cidade do segundo maior estado brasileiro – a nível de arrecadação de tributos diversos. Ao contrário de aproveitarem do seu tempo durante o horário gratuito de propaganda eleitoral, para buscarem de maneira positiva e gloriosa a conquista dos preciosos votos, o que vimos foram candidatos que preferiram enveredar pelos soturnos caminhos de julgamentos morais desfavoráveis em relação aos seus concorrentes, muito provavelmente pela escassez de pontos positivos que poderiam ter citado sobre si mesmos. Mas o lado bom desse viés foi o fato de que ocorrências que estariam ocultas ou mal explicadas vieram à tona, trazendo em seu rastro a ilusão ( ou a esperança) de que um tsunami moralizador possa ser lançado sobre a Câmara de Uberlândia, talvez ocupando corações e mentes diversos; sugeria-nos que tais acusações serviriam para expurgar a nossa sociedade de alguns políticos , tais aqueles vereadores que em passado recente infestaram a Câmara Municipal de Uberlândia e terminaram sendo expurgados ou melhor, encaminhados para o presídio Jacy de Assis, durante as operações denominadas “Má Impressão” e “ Poderoso Chefão”. Teríamos então, a partir da recente eleição, pessoas melhores capacitadas ocupando os cargos diretivos deste glorioso município. Diante do recente quadro de acusações e que rechearam as campanhas de um e outro candidato, houve quem aplaudisse a revelação de escândalos e mesmo alguns outros tumores que foram duramente lancetados. Depois veio a segunda fase das campanhas: a queda na real! Quaisquer que fossem as acusações e não poucas delas caindo ou sendo retomadas, restaram apenas aquelas que nenhum perigo representavam aos candidatos perante o corpo de jurados ou melhor: eleitores! Muito raramente, em toda a minha vida de votante, assisti em acusações contra candidatos políticos diversos, qualquer intuito honesto e sincero de tentativas de desmoralização da política mas, sim, algo como a uma briga pessoal e de foice, onde (quase) tudo era válido, até sucessivas ocorrências de cobiça que tentavam denegrir a honra de adversários. Em Uberlândia vi, sim, em algum e outro candidato, algo parecido a tratoristas eleitoreiros que, na sanha de se elegerem, não importavam quantos feridos ou ruínas ficassem pelo caminho. Resta agora rezarmos para que o povo uberlandense tenha sido de fato consciente no exato momento do voto e ciente de que esse não lhe pertence mas, sim, à coletividade da qual ele é partícipe. Agora, senhores vencedores….. ao trabalho e que, de acordo com ao menos algumas das mirabolantes promessas anunciadas durante as suas respectivas campanhas, estejamos todos aptos a viver na Dubai tupiniquim: mais creches, mais educação, melhor trânsito, mais segurança, mais escolas, mais saúde, mais oportunidades profissionais para todos, mais, mais, mais…..! Sim, conclamo a todos que, indiferente da pessoa que em breve vier a ocupar o trono do Palácio Administrativo, continuemos a viver em prol das nossas ilusões, enquanto criando relações e pensamentos que sirvam como a bálsamos para muito daquilo que está por vir e possa não ser do nosso agrado.

*Agente Social

POPULISMOS!

Tania Tavares – Professora – SP – taniatma@ hotmail.com

Lá nos Estados Unidos Donald Trump vai para uma rede de lanchonetes servir hamburguers, enquanto aqui, Guilherme Boulos diz que até as eleições vai dormir na casa de eleitores. Haja populismos lá e cá!