por uberlandiahoje | out 4, 2024 | Ponto de Vista |
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
A censura está viva, apesar de não estarmos vivendo num regime de exceção ou numa ditadura militar no Brasil. O MP/SP e a Defensoria Pública foram obrigadas a impetrarem ação na Justiça contra o município de São José – SP. E o motivo foi a retirada de um livro das escolas da cidade em junho deste ano. A ação pede uma indenização por danos morais de cerca de R$ 150 mil.
O livro foi escrito por Flávia Martins de Carvalho, juíza que integra os quadros do Tribunal de Justiça de São Paulo e, é juíza ouvidora do Supremo Tribunal Federal, e contém versos e histórias que contam resumidamente a trajetória de mulheres de destaque em diversos campos da sociedade.
Mesmo assim, com toda notoriedade e o cargo ocupado pela autora do livro, apareceu na Câmara dos Vereadores da cidade um vereador com pouca – ou nenhuma – capacidade de compreensão de um texto, daqueles que ao longo da vida raras vezes se defrontou com um livro.
Mas o vereador Thomaz Henrique – PL/SP (Partido de Bolsonaro) não conteve a sua fúria e acusou o livro de “doutrinação ideológica” e “apologia ao aborto”. Tudo isso porque o livro cita a vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada a mando de um deputado bolsonarista no Rio de Janeiro.
As autoridades do MP/SP e da Defensoria Pública não encontraram nada que pudesse desabonar ou justificar a retirada dos livros das escolas. Eles amam armas, pastores charlatães e milicianos, porém odeiam livros, escritores e história.
A Secretaria de Educação constituiu uma comissão para examinar o livro e a conclusão é que “o livro não contém nenhuma conotação político-ideológica” e a citação a Marielle Franco é retratada por ser uma socióloga que contribuiu com mudanças importantes na sua área de atuação.
Quanto a justificativa de que o livro aborda direitos reprodutivos, é completamente descabida, uma vez que não há aprofundamento do tema no livro. Ou o vereador não leu nada do livro e foi levado por algum pai ou mãe histéricos ou precisa voltar aos bancos escolares para tentar aprimorar interpretação de textos.
A censura que os políticos ignóbeis do espectro de direita nacional querem impor à literatura, música e demais artes se assemelha à queima de livros em praça pública promovidas pelo assassino Adolf Hitler na Alemanha nazista ou pelas perseguições promovidas pela Igreja Católica contra mulheres na inquisição.
por uberlandiahoje | out 4, 2024 | Ponto de Vista |
Ana Maria Coelho Carvalho – Bióloga – Uberlândia – MG
Não gosto de enviar mensagens de bom dia, boa tarde, boa noite…Não sei se as pessoas têm tanto tempo assim de ficarem lendo. Mas gosto de muitas que recebo. Por exemplo, desta : -“Se é para viver, vamos viver direito. Com conteúdo. Troque o verbo, mude a frase, inverta a culpa. O sujeito da oração é você. A história é sua, mãos à obra! Melhore aquele capítulo, joque fora o que não cabe mais, embole a tristeza , o medo, aceite seus erros, reescreva-se. Republique-se. Reinvente-se. E transforme-se na melhor edição feita de você.”
É isso aí. Cada um escreve a sua história. Se aquele capítulo não está bom, embola tudo, amassa, joga no lixo e começa a escrever outro. Invente, ouse, sonhe, enfrente desafios. Mesmo que dê muita confusão. Como aconteceu com a minha amiga, que não vou contar o nome, para proteger a personagem.
Ela, professora universitária e já na casa dos 60 anos, estava se sentindo fora do contexto social porque não tinha Facebook. Resolveu pedir auxílio à uma sobrinha para entrar nessa rede. Deu certo e já no primeiro dia, muito conhecida e amada pelos alunos, recebeu dezenas de mensagens. Algumas que achou muito estranhas, parabenizando-a e oferecendo apoio por ela ter assumido sua orientação sexual. No segundo dia, a mesma coisa. Sem entender o que acontecia, pediu socorro novamente á sobrinha. Essa chamou-a de “burra” e mostrou o problema. Havia uma pergunta na descrição do perfil: -“Você gosta de menino ou de menina ?” A minha amiga, pensando em meninos e meninas criancinhas, pensou :- ” Uai, claro que gosto dos dois “. E marcou. Pronto, com isso se identificou como bissexual. E recebeu todo apoio. Apavorada, saiu do Facebook e nunca mais voltou. Embolou este capítulo e jogou fora, foi uma reinvenção que não deu certo. Mas continuou tentando se reinventar e transformar-se em uma edição melhor dela mesma. Já com dois cursos de graduação, pós-doutorado no exterior, aposentada, está agora cursando disciplina optativa na universidade. Chega na sala de aula com seus vestidinhos estampados coloridos e de alcinhas, caneta com florzinha de crochê na ponta e senta-se no meio de jovens vestidos de preto e com tatuagem. Dia destes o professor perguntou: ” – Quem é favorável á liberação da maconha?” Todos levantaram a mão, menos ela…Ah, e teve um colega que perguntou : -” Você beija menina? Pediram para eu perguntar pra você.” E ela, espantada: ” Na boca???” Depois, completou : -“Eu beijava menino, mas no momento não beijo mais nada!” Agora ela anda escrevendo o próximo capítulo.
O importante é viver com conteúdo e se reescrever sempre. Eu, por exemplo, tentando enriquecer os capítulos finais da minha história, resolvi ser fazendeira, sem entender do assunto. Vou trocando os verbos, colocando conjunções , mudando as frases e vai dando certo . Por exemplo: “Tenho trinta vacas e não tenho nenhum boi. Não posso comprar outro porque todos os que comprei morreram. ” Daí coloco uma conjunção adversativa, acrescento um verbo e resolvo o problema: “Não posso comprar um boi, MAS posso pedir um emprestado” . E os casos que acontecem por lá dão emoção aos capítulos. Como no caso da galinha. Tenho três galinhas e dois galos. Dia desses, o caseiro enviou um aúdio avisando que o galo foi subir na galinha e escadeirou a galinha (do verbo escadeirar, lesar a bacia abdominal e torácica) . E ele não sabia se podia comer a galinha. Daí, coloco uma interjeição, uma conjunção causal e encerro o drama: “Jesus!Mas isso acontece?? Melhor o caseiro comer a galinha e eu comer o galo quando for na fazenda, PORQUE ainda restará um galo e a galinha não ficará sofrendo”. Lembrando que esse é um período composto e na oração sindética aditiva “e eu comer o galo” , o sujeito é o pronome pessoal reto, “eu”. Porque cada um de nós é sempre o sujeito da oração.
Ana Maria Coelho Carvalho
por uberlandiahoje | out 3, 2024 | Ponto de Vista |
Tania Tavares – pROFESSORA – SP – taniatma@ hotmail.com
Será que Jornalistas investigativos podem averiguar se há mesmo “problemas” no avião Presidencial, ou esta troca é mais um capricho (desejo) da primeira dama?
por uberlandiahoje | out 2, 2024 | Ponto de Vista |
Gustavo Hoffay – Agente Social
Em pequenas e médias cidades brasileiras, se alguns eleitores quiserem tomar conhecimento dos mais recentes fuxicos, novidades e babados políticos do bairro onde moram, basta que marquem uma breve presença em algum bar ou barbearia e onde, diariamente, dezenas de pessoas analisam e expõem os seus pontos-de-vista a respeito de assuntos diversos e dentre os quais, ultimamente, é claro, sobressaem assuntos relativos à política local. Acredito que esse mesmo assunto esteja corrente em salões de beleza e onde representantes do sexo feminino tratam, regularmente, os seus naturais atributos estéticos. Locais esses, aliás, onde políticos à caça de votos dispensam especial atenção e terminam, quase sempre, por eleger cabos eleitorais de primeira grandeza: os profissionais que ali prestam os seus serviços…diariamente. É ali que, passivamente sentados, grande número de eleitores torna-se alvo de politiqueiros e tal e qual a maioria dos eleitores de passagem por táxis e ônibus urbanos, totalmente a mercê de um rosário de fatos, indagações, observações e fofocas. Naqueles pequenos e restritos recintos pactua-se de tudo um pouco em relação à política municipal e onde, também, línguas indômitas são regularmente afiadas. Em ambos aqueles veículos de passageiros já ouvi casos cabeludos e pactua-se de tudo um pouco, desde receitas low carb a comentários maliciosos e até sugestões para o fim da onda de criminalidade que assola esta nossa metrópole, além de conspirações contra o regime político vigente e um “corre-chão” a respeito de quem ganhou, perdeu, quebrou, encarou, enriqueceu, bateu, apanhou, apalpou ou mordeu. Recentemente, durante breve visita a uma pequena cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, estive em uma das barbearias ali existentes. Lá chegando indagaram-me quem eu era, de onde eu vinha, qual o ano de fabricação do meu carro, a razão da minha visita àquela cidade, quem eu conhecia naquelas paragens e até qual o partido do candidato em quem eu votaria. E mais uma vez, em mais uma eleição, me senti como a um alvo de laçadas políticas. Claro, afinal, essa é uma época propícia para a prática de exercícios de sedução, de caça aos votos, quando candidatos e cabos eleitorais tentam conquistar os eleitores enquanto projetam uma aura de bons entendedores da complicada seara política tupiniquim. É em lugares como aqueles onde- passivamente – o eleitor fica à mercê de cabos eleitorais que dão aos seus candidatos um caráter excepcional, atribuindo-lhes características de provedores de sonhos e operadores de utopia. Francamente…! Os apelos insistentes e demagógicos de certos cabos eleitorais podem ser comparáveis a uma violação do desejo alheio, por meio de adjetivos, subterfúgios, exclamações peremptórias e, não raras vezes, conseguem a adesão de muitos aos seus discursos. Lamentavelmente os paladinos de promessas mirabolantes enquanto numa frenética busca por votos, conseguem iludir grandes contingentes de eleitores de boa-vontade, inocentes e éticos; são pessoas que enxergam naquela oportunidade as chaves que poderão abrir as portas da fortuna e do seu bem-estar. Mas há, evidentemente, políticos e campanhas decentes, honestas, mas também capazes de se esconder na hipocrisia de crocodilos que, em lágrimas, atraem as presas para devorá-las. Esses últimos fazem da política um grande espetáculo e mediante retoques cosméticos, extraem o máximo proveito possível dos meios de comunicação social , tergiversam, omitem e ridicularizam adversários para esconder os seus próprios defeitos. Que os eleitores uberlandenses e uberlandinos saibam separar o joio do trigo e exorcizar milagreiros, falsos profetas e distinguir aqueles que deixam escorrer lágrimas de crocodilo. Precisamos, sim, de uma campanha política sem demagogia, sem baixarias e sem golpes psíquicos, firulas cosméticas, apelos de fácil comoção e uso inescrupuloso da religiosidade do povo. Quanto à insistência de alguns candidatos em usar o nome de Deus em suas campanhas, penso que o povo deseja-O em seu devido lugar, sim, lá no Céu e não de maneira a servir de mote na captura de votos.
por uberlandiahoje | out 2, 2024 | Ponto de Vista |
Tania Tavares – professora – SP – taniatma@hotmail.com
Eu só quero entender.Se o Elon Musk vinha devendo há algum tempo ao governo brasileiro em relação ao X, porquê só agora estão querendo cobrar? Os motivos seriam eleitores usarem o X nas eleições?
por uberlandiahoje | out 2, 2024 | Ponto de Vista |
Tania Tavares – Professora – SP – taniatma@hotmail.com
Se toda vez que alguma demanda do governo não for atendida pelos Congressistas que foram eleitos pelo povo, e o governo Lula apelar para o STF, que não são eleitos pelo povo, e este mudar seu entendimento, e onde a maioria foi escolhida por Lula, que nome daremos a isto?* *Ditadura da Toga pró Lula.