por Uberlândia Hoje | dez 8, 2024 | Ponto de Vista |
Antônio Pereira – Jornalista e escritor – Uberlândia-MG
Augusto César foi o deputado que conseguiu a emancipação do município de São Pedro de Uberabinha. Mudou-se para cá, candidatou-se a vereador, foi eleito e escolhido por seus pares como presidente da Casa e nosso primeiro agente executivo. Na segunda legislatura foi reeleito, mas declinou da honra de ser, de novo, o agente e o escolhido foi João Moreira Ribeiro. Lá pelos meados de setembro de 1895, a Câmara deixou de reunir-se. O clima político estava tenso. Era perigoso andar pelas ruas. Os líderes oposicionistas, coronéis Manoel Alves dos Santos, Severiano Rodrigues da Cunha e o capitão Pedro Machado Rodrigues da Silveira, entenderam de banir seus desafetos. Formou-se um batalhão de voluntários que se uniu à força militar para proteger a ordem. Marcada uma sessão da Câmara para o dia 18 de outubro, quase ninguém apareceu. Nem o Presidente. Augusto César assumiu a presidência, como substituto legal, não realizou a sessão por falta de quorum, mas expôs as razões daquela reunião: “…a cidade estava tomada por graves acontecimentos desde o começo do mês espalhando o terror e a desolação no seio da população, deixando a ordem pública completamente alterada.”
Sem número para deliberações, o Presidente limitou-se a apresentar uma moção aguardando reunião ordinária para discuti-la e votá-la.” Ei-la: “A Câmara Municipal profundamente contristada pelos infaustos acontecimentos que se desenrolaram no território deste Município tendo como intuito a deposição de distintas e honestas autoridades judiciárias e policiais, a violentação e a desonra de donzelas e famílias, o saque em estabelecimentos comerciais, o banimento forçado de prestigiosos cidadãos, em resumo, o massacre geral de uma população honesta e ordeira…” Responsabiliza como cabeça e principal responsável, o vereador Cel. Manoel Alves dos Santos e como seus comparsas os Vereadores Cap. Francisco Luiz da Costa e Jacintho Antônio Fernandes.
Ao final da Moção agradece ao tenente Augusto José da Silva por manter em sua integridade a Lei e a Ordem.
A barra esteve pesada. Será que foi assim mesmo, tão violento quanto descreveu nosso valioso vereador? O fato é que não deu em nada a denúncia.(Fontes: Atas da Câmara, Tito Teixeira)
por uberlandiahoje | dez 7, 2024 | Ponto de Vista |
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
É muito triste ver que pagamos pesados tributos que, entre outras coisas, sustentam as nossas forças armadas com seu custo altíssimo. Preocupa ainda muito mais sabermos que ao final de um processo eleitoral limpo e transparente, uma parcela do comando militar brasileiro apoiou o planejamento para um golpe na democracia.
Com isso, tentaram trair a Constituição e o nosso povo ao participarem de diversas reuniões secretas após a derrota de Bolsonaro para Lula nas eleições gerais. Tudo para tentar manter no poder um sujeito que nada fez por eles nem pelo povo, muito menos pela pátria, em quatro anos enfadonhos e improdutivos.
A gestão Bolsonaro promoveu o atraso da educação, da ciência, com 700 mil mortes por falta de aquisição de vacinas e a patética disseminação de medicamentos para supostos tratamentos inexistentes contra a covid-19, como a Cloroquina. Uma gestão que não teve legado, não teve obras, não teve nada de positivo.
E foi para esse sujeito que emergiu do esgoto do baixo clero, expulso do Exército, que contou com a colaboração de alguns membros das Forças Armadas e da sociedade civil para planejar um golpe contra a pátria. Foram enganados ou estavam envolvidos até o pescoço nessa sórdida missão de colaborar com o planejamento de assassinatos de um presidente, um vice-presidente e um ministro do STF?
Graças ao trabalho investigativo da Polícia Federal, contendo áudios, vídeos, documentação farta e provas inquestionáveis, mais de 30 envolvidos foram denunciados por diversos crimes.
Essa gente que usou a religião, esteve em diversas Igrejas, mentiu para os pastores e seus fiéis, porque o projeto não era Deus, Pátria e Família. O projeto era de continuísmo no poder, manipulando essa gente, conquistando seus votos e mantendo o “rebanho” sob rédeas curtas.
Foram todos usados como massa de manobra, foram enganados pelo político mentiroso, ardiloso e golpista. Um dia, daqui há muitos anos talvez, alguns destes façam um mea culpa, por terem acreditado num sujeito que nunca foi cristão, que nunca proferiu as palavras de Cristo, que nunca comungou com os ideais religiosos.
As mortes na pandemia, a gestão improdutiva, os crimes cometidos, as joias desviadas da União, as propinas, nada fez com que milhares de brasileiros percebessem o quão estavam sendo enganados. Ao contrário, promoveram separações familiares e de amizade para defender um pulha, um golpista barato.
As investigações apontam que os acampamentos montados em frente aos quartéis após a derrota de Bolsonaro nas eleições faziam parte de um movimento articulado pelos militares.
“Talvez seja isso que o alto comando, que a defesa quer. O clamor popular, como foi em 64. Nem que seja pra inflamar a massa. Para que ela se mantenha nas ruas”, teria afirmado o General da Reserva Mario Fernandes em outro áudio.
A conspiração também envolvia a obtenção de informações sigilosas. Wladimir Matos, agente da PF, teria repassado ao grupo dados sobre a equipe de segurança e a localização do presidente Lula. Os dados foram usados para planejar ações que culminaram em episódios de violência, como os ataques em Brasília no dia da diplomação de Lula e Alckmin, em 12 de dezembro.
A investigação da PF, concluída em 21 de novembro, resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, o ex-ministro Augusto Heleno, Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) e Valdemar Costa Neto (presidente do PL).
por uberlandiahoje | dez 6, 2024 | Ponto de Vista |
Ana Maria Coelho Carvalho – Bióloga – Uberlândia – MG
Gosto muito deste provérbio: -“Chorei porque não tinha sapatos, mas consolei-me vendo um homem que não tinha pés e sorria”. Mostra a importância de sermos gratos pelo que somos e temos. E, também, de sermos otimistas, o que nem sempre é fácil, pois muitas vezes não vemos o lado bom nas situações do dia a dia.
Por exemplo, quando um dos meus filhos era adolescente e tinha aulas às sete da manhã. Ninguém imagina a novela que era para acordá-lo. Eu chamava, sacudia, gemia, implorava, ameaçava, beijava a medalha da Nossa Senhora Milagrosa e não resolvia. Gostaria de ter um guindaste para levantá-lo. O processo se repetia durante os 200 dias letivos, uma luta árdua e diária. Mas certa vez a minha norinha viajou e o neto, na época com seis anos, ficou comigo e eu deveria levá-lo à escola, também às sete horas. Chamei-o com carinho e ele acordou logo, daí pensei que seria fácil. Mas acordou enfezado. Não iria com aquela meia de jeito nenhum. Arrumei outra. Não queria ir ao banheiro nem vestir a calça do uniforme. Consegui convencê-lo. Não queria sucrilhos com Toddy, tinha que ser com Nescau. Depois de muita conversa, como não tinha Nescau, resolveu. Mas decidiu ele mesmo esquentar o leite no microondas. Ficou quente demais, derreteu os sucrilhos, e ele, bem bravo, abandonou o lanche. Quando por fim entramos no carro, com ele arrastando a pastinha que pesava alguns quilos, viu que tinha esquecido a blusa de frio (eu a tinha entregue em suas mãos). Abriu a porta, arrastou a pastinha de volta, subiu as escadas, sentou na sala e, emburrado, disse que não iria mais. Busquei a blusa e usei mil argumentações para convencê-lo. Chegamos na escola faltando um minuto. Quando pensei que ele ia descer do carro, disse que com aquele cabelo não iria. Argumentei que era o cabelo que ele tinha, não era possível mudar. Mostrou então um tufo de cabelos empinados, sobressaindo no meio do seu lindo cabelo lisinho. Arrumei uma escova, ele escovou, escovou e nada. Busquei água, molhamos o cabelo, ele escovou até ficar tipo “boi lambido”. Desceu do carro, mas quando subia a rampa, puxando a pastinha, viu que não tinha amarrado o tênis (só ele podia amarrar). Parou, ficou ali longos minutos amarrando, eu olhando de longe e o tempo correndo. Quando finalmente chegou na porta de entrada, o porteiro já a tinha fechado. Começou a sapatear de desespero, lágrimas saíram de seus olhinhos. O porteiro viu, abriu a porta, ele enxugou as lágrimas e aleluia, entrou na escola!
Não pude deixar de me lembrar da história do bode, que é mais ou menos assim. Em uma casa pequena e sem conforto, morava uma grande família: pai, mãe, irmãos, sogra, avós, cachorro, gatos. Todos amontoados e com mil conflitos. Um dia, o pai, desesperado, foi pedir ajuda ao padre da cidade. Este o aconselhou a colocar um bode grande e fedorento dentro da casa. Sem entender nada, o pai assim o fez. O bode aprontou: chifrava, comia tudo o que via, deitava na sala, defecava nos quartos. O pai, mais desesperado ainda, procurou o padre novamente. Esse então disse: ”-Agora, tira o bode da sua casa”. Pronto. Felicidade total.
Assim, relacionando filho, neto e bode, concluí que meu filho adolescente dava muito trabalho para acordar e sair da cama, mas depois de cinco minutos estava prontinho, sem criar caso. Encontrei o lado bom.
por uberlandiahoje | dez 6, 2024 | Ponto de Vista |
José C. Martelli – Advogado e Professor – Espírito Santo do Pinhal – SP
Nos dias 4 e 11 de maio e 18 de junho, eu escrevera nestas páginas 3 crônicas sob os títulos OVO DE COLOMBO I, II E III. Do número III destaco o trecho abaixo para aduzir comentários que se seguirão:
“As crônicas, sob este mesmo título, de números I e II, relataram que o Instituto Volta ao Campo de Desenvolvimento Rural-IVC, tem uma proposta para um Programa de Governo que, num tempo relativamente curto, promoverá o pleno emprego, colocando a roda da economia para girar na região em que se situe, exatamente na direção em que o atual Governo vem buscando de todas as formas”.
A par disso estamos estudando, em nome da SSA- Soluções Sócio Ambientais, empresa sediada em Uberlândia(MG), uma “VISÃO PROSPECTIVA DOS BIOCOMBUTÍVEIS AVANÇADOS NO BRASIL” como é o caso do Diesel Verde (HVO) e do Querosene Verde (SAF). , calcados num trabalho do Professor José Honório Accarini, figura anônima que contribuiu, e muito, para o lançamento do Programa Biodiesel, pelo Governo Federal, em janeiro de 2005.
Temos o intuito de interessar, seja na área governamental ou privada, quem tenha a percepção da importância para o Brasil e, por consequência, para o mundo, da consecução das ideias contidas nesse trabalho.
Porém, antes de adentrar no assunto a que esta crônica se propôs cabem alguns esclarecimentos sobre este BLOG.
Há algum tempo resolvi encerrá-lo. Mas pretendia, como pretendo, antes de fazê-lo, por sugestão de amigos e colaboradores, selecionar alguns de seus escritos quer em forma de crônicas ou artigos e publicá-los em um livro.
Tomei essa resolução quando, em virtude de um pequeno acidente que me custou uma vértebra fraturada, o que me deixou temporariamente fora das atividades rotineiras, inclusive a de escrever aqui, semanalmente.
Para minha surpresa e satisfação muitos desses leitores habituais sentiram a minha falta e quando lhes expliquei os motivos, sugeriram o que reportei anteriormente, a publicação de um livro.
Aqui, retomemos a escrever sobre IVAN SANTOS, cujo nome encima esta crônica e lhe dá o título.
Como não teríamos palavras pra descrevê-lo com a propriedade que merece, vamos “roubar” as palavras iniciais do Advogado Oscar Virgilio Pereira, ao prefaciar o livro de IVAN “Texto, Contexto e Entrelinhas”.
Ei-las: “ Conheço e admiro o jornalista Ivan Santos desde que chegou a Uberlândia em 1973, como observador do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, trazendo a missão de acompanhar a evolução do projeto de desenvolvimento do cerrado. Não viera para ficar, mas daqui nunca mis saiu.
Na cidade, acontecia, então, uma reviravolta não apenas agrícola, mas um avanço predominante nos aspectos de urbanização e da transformação em polo, causando implicações políticas, culturais, econômicas e outras que são típicas desses momentos. O âmbito municipal, despreparado para tantas novidades, se debatia em conflitos que o jornalista de espírito atilado percebeu, mas sem neles se envolver. Com isenção e independência, passou a comentar em prosa fina os acontecimentos, sem contaminar seus textos de jornalista da capital com picuinhas provincianas. Desde sua chegada, Ivan tratou de superar a velha e opressiva tendências dos maiorais, resumida na máxima aliciadora de – quem não está por mim, está contra mim -. Com dignidade, soube fazer se respeitar e manter sua opinião livre, sobre qualquer assunto, sem procurar agradar ou desagradar, mesmo passando por dissabores”
Pois bem, quando em 2003, estávamos neste mesmo dilema, procurando viabilizar uma ideia do então presidente do IVC, Mário Sérgio Trento (http://www.institutovoltaaocampo.org.br/depoimentos),
no que viria a se tornar em janeiro de 2005 o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB, procuramos IVAN SANTOS, então editor do jornal CORREIO de Uberlândia (MG) para que, se convencido, nos ajudasse na busca de quem se interessasse pelo assunto. Ele abraçou a ideia e mais de uma vez nos mencionou em seus editoriais e com isso sensibilizou o então Prefeito Dr. Zaire Rezende que abriu as portas da Prefeitura para que trabalhássemos junto ao Governo Federal no convencimento e sua consecução.
A sensibilidade e o descortínio sempre foram o apanágio das crônicas e dos editoriais de Ivan Santos.
Em uma delas ele escrevera “O pessoal do governo, especialmente o das Reforma Agrária deveria ouvir o IVC. Essa gente sabe o que fala e tem ótimas sugestões.”
Fora a senha pra que o Prefeito Dr. Zaire nos contratasse e dali em diante deu no que deu. Estava nascendo o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel-PNPB que ( Lei Federal nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005), introduziu o biodiesel na matriz energética nacional e deu início ao Programa que representa hoje uma parcela considerável no PIB nacional, com uma produção aproximada de 7 bilhões de litros anuais, em sua quase centena de Usinas, disseminadas pelo Brasil, gerando milhões de empregos diretos e indiretos, especialmente na Agricultura Familiar, responsável pelo fornecimento de 30% da matéria prima utilizada naquela produção.
Pois bem . Cá estamos nós outra vez, com outras ideias, como referido no início.
Hoje não existe mais o jornal CORREIO. Mas IVAN está firme e forte. Formos procurá-lo. Recebidos com muita gentileza por ele e também pela Doutora Shirley Pimenta, psicóloga e pedagoga, colaboradora do jornal CORREIO, enquanto existia.
No prefácio já referido do livro: “Texto, Contexto e Entrelinhas”, com muita sabedoria, o Advogado Oscar Virgilio Pereira também escrevera : “ No debate, os assuntos muito áridos, assim como os menos, são tratados com seriedade e sem impróprias falsetas”, “Tudo isso sobre a personalidade do autor foi dito para comemorar a qualidade do trabalho que ele, como jornalista e HOJE CONSELHEIRO MUITO OUVIDO POR INSTITUIÇÕES SÉRIAS (destaque nosso)tem desenvolvido há quarenta e quatro anos”.
Pois é. Esse é o “cara” que fomos procurar. Infelizmente, dois dias depois de nosso encontro sofri o acidente aqui mencionado e fiquei fora de atividades por mais de 3 meses. Mas voltarei breve a Uberlândia para retomar nossa busca por interessados e voltar a ter contato com esse jornalista de escol.
Ei-lo aqui, numa foto que também “roubei” de seu livro mencionado.
IVAN SANTOS (esse é o cara) 27.08.2023
Nos dias 4 e 11 de maio e 18 de junho, eu escrevera nestas páginas 3 crônicas sob os títulos OVO DE COLOMBO I, II E III. Do número III destaco o trecho abaixo para aduzir comentários que se seguirão:
“As crônicas, sob este mesmo título, de números I e II, relataram que o Instituto Volta ao Campo de Desenvolvimento Rural-IVC, tem uma proposta para um Programa de Governo que, num tempo relativamente curto, promoverá o pleno emprego, colocando a roda da economia para girar na região em que se situe, exatamente na direção em que o atual Governo vem buscando de todas as formas”.
A par disso estamos estudando, em nome da SSA- Soluções Sócio Ambientais, empresa sediada em Uberlândia(MG), uma “VISÃO PROSPECTIVA DOS BIOCOMBUTÍVEIS AVANÇADOS NO BRASIL” como é o caso do Diesel Verde (HVO) e do Querosene Verde (SAF). , calcados num trabalho do Professor José Honório Accarini, figura anônima que contribuiu, e muito, para o lançamento do Programa Biodiesel, pelo Governo Federal, em janeiro de 2005.
Temos o intuito de interessar, seja na área governamental ou privada, quem tenha a percepção da importância para o Brasil e, por consequência, para o mundo, da consecução das ideias contidas nesse trabalho.
Porém, antes de adentrar no assunto a que esta crônica se propôs cabem alguns esclarecimentos sobre este BLOG.
Há algum tempo resolvi encerrá-lo. Mas pretendia, como pretendo, antes de fazê-lo, por sugestão de amigos e colaboradores, selecionar alguns de seus escritos quer em forma de crônicas ou artigos e publicá-los em um livro.
Tomei essa resolução quando, em virtude de um pequeno acidente que me custou uma vértebra fraturada, o que me deixou temporariamente fora das atividades rotineiras, inclusive a de escrever aqui, semanalmente.
Para minha surpresa e satisfação muitos desses leitores habituais sentiram a minha falta e quando lhes expliquei os motivos, sugeriram o que reportei anteriormente, a publicação de um livro.
Aqui, retomemos a escrever sobre IVAN SANTOS, cujo nome encima esta crônica e lhe dá o título.
Como não teríamos palavras pra descrevê-lo com a propriedade que merece, vamos “roubar” as palavras iniciais do Advogado Oscar Virgilio Pereira, ao prefaciar o livro de IVAN “Texto, Contexto e Entrelinhas”.
Ei-las: “ Conheço e admiro o jornalista Ivan Santos desde que chegou a Uberlândia em 1973, como observador do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, trazendo a missão de acompanhar a evolução do projeto de desenvolvimento do cerrado. Não viera para ficar, mas daqui nunca mis saiu.
Na cidade, acontecia, então, uma reviravolta não apenas agrícola, mas um avanço predominante nos aspectos de urbanização e da transformação em polo, causando implicações políticas, culturais, econômicas e outras que são típicas desses momentos. O âmbito municipal, despreparado para tantas novidades, se debatia em conflitos que o jornalista de espírito atilado percebeu, mas sem neles se envolver. Com isenção e independência, passou a comentar em prosa fina os acontecimentos, sem contaminar seus textos de jornalista da capital com picuinhas provincianas. Desde sua chegada, Ivan tratou de superar a velha e opressiva tendências dos maiorais, resumida na máxima aliciadora de – quem não está por mim, está contra mim -. Com dignidade, soube fazer se respeitar e manter sua opinião livre, sobre qualquer assunto, sem procurar agradar ou desagradar, mesmo passando por dissabores”
Pois bem, quando em 2003, estávamos neste mesmo dilema, procurando viabilizar uma ideia do então presidente do IVC, Mário Sérgio Trento (http://www.institutovoltaaocampo.org.br/depoimentos),
no que viria a se tornar em janeiro de 2005 o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB, procuramos IVAN SANTOS, então editor do jornal CORREIO de Uberlândia (MG) para que, se convencido, nos ajudasse na busca de quem se interessasse pelo assunto. Ele abraçou a ideia e mais de uma vez nos mencionou em seus editoriais e com isso sensibilizou o então Prefeito Dr. Zaire Rezende que abriu as portas da Prefeitura para que trabalhássemos junto ao Governo Federal no convencimento e sua consecução.
A sensibilidade e o descortínio sempre foram o apanágio das crônicas e dos editoriais de Ivan Santos.
Em uma delas ele escrevera “O pessoal do governo, especialmente o das Reforma Agrária deveria ouvir o IVC. Essa gente sabe o que fala e tem ótimas sugestões.”
Fora a senha pra que o Prefeito Dr. Zaire nos contratasse e dali em diante deu no que deu. Estava nascendo o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel-PNPB que ( Lei Federal nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005), introduziu o biodiesel na matriz energética nacional e deu início ao Programa que representa hoje uma parcela considerável no PIB nacional, com uma produção aproximada de 7 bilhões de litros anuais, em sua quase centena de Usinas, disseminadas pelo Brasil, gerando milhões de empregos diretos e indiretos, especialmente na Agricultura Familiar, responsável pelo fornecimento de 30% da matéria prima utilizada naquela produção.
Pois bem . Cá estamos nós outra vez, com outras ideias, como referido no início.
Hoje não existe mais o jornal CORREIO. Mas IVAN está firme e forte. Formos procurá-lo. Recebidos com muita gentileza por ele e também pela Doutora Shirley Pimenta, psicóloga e pedagoga, colaboradora do jornal CORREIO, enquanto existia.
No prefácio já referido do livro: “Texto, Contexto e Entrelinhas”, com muita sabedoria, o Advogado Oscar Virgilio Pereira também escrevera : “ No debate, os assuntos muito áridos, assim como os menos, são tratados com seriedade e sem impróprias falsetas”, “Tudo isso sobre a personalidade do autor foi dito para comemorar a qualidade do trabalho que ele, como jornalista e HOJE CONSELHEIRO MUITO OUVIDO POR INSTITUIÇÕES SÉRIAS (destaque nosso)tem desenvolvido há quarenta e quatro anos”.
Pois é. Esse é o “cara” que fomos procurar. Infelizmente, dois dias depois de nosso encontro sofri o acidente aqui mencionado e fiquei fora de atividades por mais de 3 meses. Mas voltarei breve a Uberlândia para retomar nossa busca por interessados e voltar a ter contato com esse jornalista de escol.